Capítulo 17

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- Nicoli!!! - ouvi minha mãe gritar.
- Argg! - olhei pra tela do celular, 6:30. Pulei da cama e fui ao banheiro. Sete horas em ponto eu estava arrumada, desci com a mochila nas costas, sentei-me na mesa mamãe veio e me deu um beijo na testa.
- Oi meu amor, bom dia. Dormiu bem? - ela disse toda carinhosa.
- Bom dia. Acho que sim, eu estava dormindo aí não deu pra ver como eu dormia. - rimos.
- Parece que sim, raramente você está bem humorada durante a manhã.
- Ah isso é verdade. - eu ri.
Eu sempre estava de mal humor durante a manhã, eu estava feliz e animada, não sei porque pois eu saberia que esse ano seria como qualquer outro: Larissa ia continuar correndo atrás do Mateus e ele nem 'tchum' pra ela, os professores continuram chatos, o professor de educação física então sem comentários. A Eliza continuaria implicando comigo e jogando aquele cabelo escovado dela todas as vezes que passasse perto de mim. Isso! Eu tinha me esquecido: ela havia terminado o colegial. Quase pulei de felicidade quando me lembrei desse detalhe. Não que eu a odiasse, mas se certas pessoas não te fazem bem é melhor ficar longe. É assim que sempre pensei a respeito.
- Quer que eu te leve?
- Não precisa, a mãe da Lari vai passar aqui. - ela assentiu.
Alguns minutos depois ouvi uma buzina na rua, e reconheci.
- Mamãe, beijos. Que você tenha um bom dia. - dei um beijo nela e um abraço.
- Obrigado Nick, boa aula. - eu sorri.
Sai no portão e Larissa me aguardava do lado de fora do carro e parecia ansiosa.
- Nick!!! - ela veio correndo e pulou em mim - que saudade!
- Lari!! Também estou morrendo de saudade de você miguxa.
***
- Nossa, pensei que você não iria voltar para o seu colégio. Na boa, sua mãe errou em colocar ver naquele lá. Ficar na escola durante 5 horas já é chato, imagine só ficar o dia todo. Cruzes. - ela dizia já dentro do carro.
- É ainda bem, eu estava com saudade de estudar com vocês. Naquela colégio eu vivia sozinha, não sou o tipo de pessoa que faz amizade só pra não ficar sozinha. - ela riu.
***
O sinal tocou fomos correndo, correndo não seria a palavra certa, fomos andando rápido. Escolhemos os lugares um perto do outro. Pra variar a Mel escolheu um lugar ao meu lado. Nem sequer falou um oi. Cadu não parava de me olhar, seu olhar chegou a ser algo intimidante de tanto que olhava, eu sorria toda vez que nossos olhares se cruzavam, eu ainda era apaixonada por ele, por cada centímetro daquele corpo, pelo seu sorriso, resumindo por tudo que envolvia o Cadu. Mesmo estando ficando ou sei lá o que com o Júnior o toque dele não fazia eu sentir o que eu sentia com o Cadu. Posso dizer que ele foi o único menino que eu me apaixonei, foi ao lado dele que tive os melhores momentos da minha vida, vivi minha infância e adolescência ao lado dele, éramos amigos até os meus 13 anos, fiquei com ele e logo após comecei a sentir algo a mais e ele também, mas logo depois de tantas vezes e tanto tempo que só ficamos sem algum compromisso, eu senti que era hora de ter algo sério, aí ele como um bom moço pediu aos meus pais permissão para namorar. E claro meus pais levaram aquele susto, tipo "Meu Deus que filha safada pegando o melhor amigo". Mas eles compreenderam que nos amavamos muitissimo e então deixaram. Essa era a nossa história, e ele simplesmente trocou tudo isso por uma desqualificada. De repente comecei a chorar, a Larissa viu e veio até minha mesa.
- O que foi Nick? - eu olhei pro Cadu sem ele ver e voltei a olhar pra Larissa e ela então entendeu.
- Oh Nick fica assim não, esquece ele. - ela disse como se isso fosse a coisa mais fácil o mundo.
- Que vontade de me matar. - eu disse baixinho.
- Amiga, calma. Ela se abaixou ao meu lado e colocou a mão sobre o meu braço.
- Milhares de casais no mundo se separaram todo dia no mundo inteiro. E nem por isso todos eles se matam.
- Boa parte sim. - ela riu.
- Ei vocês duas aí parem com a conversa e você Larissa já pro seu lugar. - disse a professora de português que explicava seu plano de aula. Larissa voltou parar o lugar sem protesto. Vi na hora que Cadu levantou a mão.
- Pois não Carlos Eduardo? - ele se levantou e foi até a frente e ficou lado à lado com o professora.
- Me dá um minutinho?
- Sim, claro - a professora voltou para a sua mesa, e todos os alunos que conversavam ficaram em silêncio para ouvir o que ele tinha a dizer.
- Bom, primeiramente peço desculpas a senhora Carla, mas o que tenho a dizer é super importante e urgente. - ele deu uma pausa e voltou a falar. - Nick, pode vir aqui? - todos me olhavam e eu fiquei temerosa pois não sabia o que estava por vir. Eu assenti e fui. Ele me colocou em sua frente, pegou minha mão e ficou me encarando por alguns segundos. - Eu sei que errei com você, e também sei que você ficou arrasada comigo. Nick, à todo momento estou pensando em você. Me sinto uma pessoa terrível por ter te causado tanta tristeza e desgosto. Já faz algumas semanas que nos separamos, mas eu confesso esses tem sido os piores dias da minha vida. Sei que tem sido pra você também, só te peço uma coisa: não desiste de mim, por favor... Eu te amo, te amo como nunca amei ninguém, você foi a única menina que me fez sentir borboletas no estômago. - quando percebi já eu estava chorando - foi a única que eu amei, a única que eu desejei e desejo passar os resto dos meus dias. E eu só queria uma coisa agora, que você me perdoe e me dê mais uma chance de te fazer feliz. Eu prometo te fazer a garota mais feliz do mundo. - ele chorava e eu estava sem saber o que dizer. - Eu te amo, pelo simples fato de você ser essa garota sensacional, meiga, linda... Se for preciso faço de tudo pra ter você como minha namorada novamente. - todos observavam atentos esperando uma resposta positiva. Mas eu não podia voltar a cometer o mesmo erro duas vezes. Sai correndo e ele veio atrás de mim.
- Nick espera!!!
- Sai daqui seu idiota. Eu já falei que não quero nada com você mais! Você me traiu Carlos Eduardo! Me traiu...
- Eu sei que errei mas eu quero só o seu perdão, não vou fazer você sofrer nunca mais.
- Cadu você dizia isso quando a gente estava namorando, e olha só! Suas palavras foram todas em vão, foram todas enganadoras e eu, caí feito patinha. - eu já ia saindo mas ele segurou meu braço.
- Me solta ou eu grito. - ameaçei.
- Pode gritar, eu não vou te soltar até você me dar o último beijo.
- Último beijo?! Como assim? Não mesmo. Me soltaaaa. - tentei me desvencilhar de suas mãos mas foi impossível quando vi ele já estava me beijando. 
Oii amorecos me desculpem a demora, e será pq o Cadu falou o ú ltimo beijo ? :o aguardem até o próximo capítulo!!! Bjss e n se  esqueçam das estrelinhas ♡♡

Querido Coração ConfusoOnde histórias criam vida. Descubra agora