Capítulo 25

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Cada dia que se passa é como se tudo mudasse, e realmente mu

da. Nada é como foi no dia anterior. Eu mudei, por uma causa: deixar de ser a menina boba que eu era. Eu queria ser levada mais a sério e mudar o quadro de "menina idiota que todos a enganam". Pessoas frias se relacionam menos, ou seja se fodem menos.

  Eu sabia que não valia a pena revirar o passado, mas eu queria a todo custo descobrir o que real e verdadeiramente aconteceu entre o Cadu e a Eliza. Talvez eu não fosse descobrir coisas que me alegrasse, mas eu precisava disso. É como se eu me libertasse de uma dúvida que me assombrava.

  No mesmo dia liguei para Eliza e disse a ela que precisávamos conversar. Ela disse que eu poderia ir até sua casa. Concordei. Quem diria!!! eu indo a casa da Eliza, jamais imaginei chegar a essa grau de intimidade, poderia até não ser lá grandes coisas, mas em comparação com o passado e o presente, podemos nos considerarmos amigas (e intimas)

  Aproveitei que era sábado e fui para casa dela depois do almoço. Dessa vez eu disse a mamãe que iria a casa da Eliza. Por pouquíssimo ela não deixou.

- Manhê! É assunto seríssimo.

- Tá Nicoli. Vai mas não demora. - dei um beijo em seu rosto e quando já estava saindo ela se ofereceu de me levar, claro que aceitei.

  Ela me deixou em frente ao apartamento de Eliza. Encontrei com ela chegando na portaria.

- Oi Nick! Cheguei da padaria agora - ela deu um risinho - fui comprar um lanche para nós. Estou sozinha em casa aí já sabe né...

- Oi Eliza, não precisava eu não devo demorar.

Subimos e ela guardou as compras.

- Bom, Eliza. Me desculpe em estar tocando nesse assunto, eu sei que ele foi o motivo da nossa rivalidade aumentar ainda mais - Desde criança não nós dávamos bem, ela queria mandar na escola e se achava, e eu cresci com aquela imagem ruim dela, na nossa pré-adolescência ela se achava a rainha das patricinhas, mas isso foi uma fase! Depois de iniciar no colegial eu percebi a grande mudança, as pessoas amadurecem com o passar do tempo, percebemos que não vale a pena não mudar, sempre tem algo de ruim em nós, mesmo que seja coisa simples, nunca conseguimos chegar do nível máximo de perfeição. - Eu quero saber, preciso saber tudo que aconteceu naquele noite entre você e o Cadu.

- Tudo bem, você precisa mesmo saber.  É até bom, me esclareço de uma vez por todas com você. Não sei se você vai acreditar em tudo que eu disser mas é a verdade. Você devia achar que eu era uma monstra, mas sempre fui uma pessoa de bem e a favor da verdade, mas como você sabe teve um tempo em que eu me distanciei desses princípios, foi apenas uma fase. Eu tentava dar uma de durona, que não se abatia por nada, mas esse era um modo de não demonstrar o vazio que havia no meu interior, mas bom não estamos aqui para falar dos meus problemas pessoais. - ela pausou a sua fala, respirou fundo e continuou. - No aniversário do Cadu, onde foi o que tudo aconteceu como você sabe. Antes de continuar eu quero pedir-lhe desculpas, não queria ter atrapalhado seu namoro.

- Ah esquece isso, passado é passado. - ela assentiu e continuou.

- Naquele dia, segundo informações chegadas até mim você estava no aniversario da sua avó, que é no mesmo dia de Cadu. Não é? - balancei a cabeça indicando sim.

- Eu não conhecia bem a casa, e pedi a Cadu para levar-me ao banheiro, bom, ele levou. Ah, e que eu saiba a Melina disse que ele estava bêbado, e você sabe muito bem que ele não estava bêbado, mal tinha bebidas alcoólicas na festa. - assenti. - quando me virei para entrar no banheiro ele me puxou e aí já sabe, ele falou também que você não era o suficiente para ele, e que você só ficava com essa coisa de amorzinho, enquanto ele queria muito mais do que isso. Nick, eu não estou inventando absolutamente nada. Não acrescentei nada, talvez só diminui um pouco... - vi que ele se arrependeu em dizer a última frase.

- Diminuiu? Aconteceu mais do que isso?! - eu perguntei já indignada.

- Ai meu Deus! Eu e minha boca grande. Nick. Não. É. Nada. Do. Que. Você. Está. Pensando. Eu tentei me desvencilhar de seus braços,  mas ele era muito mais forte do que eu! E quando vi já era tarde. Teve um filho de uma boa mãe que fotografou a merda daquele momento de merda, enviou pra merda do seu whatsapp, e aí... Deu merda! Nossa quanta merda. - ela riu.

  Minha vontade era sair correndo dali, que idiota eu fui! Achando que ele realmente gostava de mim. "Ah mas eu vou sair daqui e vou direto pra casa de Cadu matar ele" esse foi meu primeiro pensamento. Mas mantive a calma. Eu vi que Eliza estava sendo sincera, e eu não tive o porque de desconfiar dela. Fora isso que havia acontecido eu não tinha o porque de não acreditar nela.

- Eliza não preciso mesmo saber, já foi o suficiente.

- Tudo bem.

- Obrigada. Desculpe-me por tudo, por ter acusado você. Eu realmente não conhecia o Cadu longe da Nick, só conhecia aquele garoto divertido e carinhoso que eu convivi muitos anos. - Dei lhe um abraço apertado.

- Ele não te merece. - ela sussurrou em meu ouvido. E ela estava certa.

  Eu estava muito triste. É incrível como a gente se engana com as pessoas.

Fechei a porta e encontrei com Júnior saindo do elevador.

- Oiii! Tudo bem Nick? Vichi pelo cara você não parece estar bem mesmo.

- Oi Júnior. Não está nada bem. - ele me abraçou.

- Pois eu estou melhor agora. Você quer entrar? Podemos conversar?

- Você não estava com raiva de mim?

- Não, aquilo foi momentâneo.

- Acabei de sair do seu apê. Deixa pra outra hora tenho que ir.

  Cheguei em casa, fui logo para o meu quarto. Tirei minha sapatilha,deitei na minha cama e apoiei o queixo sobre uma almofada de coração escrito "eu te amo" que Cadu me deu. Quando me dei conta disso, peguei ela e joguei a no chão. Me amava nada, se amasse não teria me traído, afinal: quem ama não trai.

- Idiota! Você vai se arrepender. A partir de agora eu odeio você Carlos Eduardo! ODEIO VOCÊ! - minha sorte que eu estava sozinha em casa, ninguém podia me ouvir.

Cadu já havia mandado muitas mensagens e eu não respondi nenhuma delas, logo depois me liga.

- Nick? Por que você não me responde?

- Nunca fui o suficiente pra você.

- Que papo é esse Nicoli? Claro que foi e é, você é mais do que o suficiente pra mim, eu te amo.

- Não foi o que eu fiquei sabendo.

- Ah meu Deus Nicoli! fala sério, você vai ficar acreditando no que as pessoas dizem.

- Por que não? Eu acreditei em você.

- Mas você pode confiar em mim.

- Por que você fez aquilo? Você podia simplesmente, ter chegado pra mim e ter dito que eu não era o que você queria, e fim, a gente terminava e você ficava com quem quisesse. Mas não, você preferiu me fazer de idiota, e ainda pra piorar sair falando idiotices com a Eliza. Você me surpreendeu, sinceramente nunca esperei isso de você, e quer saber! Agora o nosso fim é definitivo! enquanto vida eu tiver, nunca mais me procure Carlos Eduardo.

- Nick você pirou. Eu nunca disse isso, e naquele dia na festa foi a Eliza que veio me beijou, eu nunca faria nada que prejudicasse nós dois.

- Para com isso! Chega de mentiras!- eu disse chorando. - Confessa, você falando ou não pra mim vai dar no mesmo, eu já sei de tudo! E pode falar o que quiser que eu não estou nem aí pra você. Seu merda.

- Você quer a verdade?! Então tá, eu vou falar a verdade...

Oi gente! Tudo bem com vocês? comigo está tudo bem, retirando a parte que estou passando mal pacas, mas o que veio falar não é sobre isso. Eu queria pedir desculpas por não estar postando muito, como eu havia prometido iria postar duas vezes por semana, mas realmente não está dando! Eu escrevo quase todos os dias, o problema é a edição, eu demoro a editar e com isso acabo atrasando as postagens, se eu não postar nos dias marcados me perdoem! Mas vou fazer o máximo para postar mais vezes na semana. Ahh e estou com alguns planos bons para QCC, e devo revelar mais no fim do livro, beijooooos e até mais!

Querido Coração ConfusoOnde histórias criam vida. Descubra agora