- Ela está bem? Eu senti desde lá de cima a dor dela, o que foi que aconteceu?! - Indaguei mais irritadiço do que esperava, era difícil pensar em me controlar quando eu estava sentindo meu peito pegar fogo. Tinham roxos no meu corpo que não me pertenciam, e eu podia sentir que a Alícia estava com um corte grotesco no peito, fora a sensação de medo. Nossa conexão estava ficando forte de novo com a morte se aproximando e cada sentimento dela estavam reagindo em mim sem dó. Aquilo era perigoso para a saúde dela. Precisava se curar depressa e se afastar desse lobo medíocre da terra dos ogros.
Complicações naquela altura do plano poderiam mandar tudo por água abaixo agora.
- Mais um daqueles gnomos. - Levi comentou enquanto me deu a mão para que pudéssemos efetuar a troca de fisionomia. - Ela vai ficar bem, mas não é pra deixá-la fazer muito esforço pra não estourar os pontos. E inclusive, - Levi deu uma pausa para me segurar pelo pulso quando eu estava prestes a tomar a mochila dele. Estava com pressa para ver a Alicia e sair dali - Avisa ela que trocamos de lugar, isso é só pra eu surpreender meu irmão no plano e não as meninas. Avisa a Alícia, e vê se fica esperto também. Dependendo do que você aprontar, eu quebro a sua cara quando voltar. - Ameaçou Levi e eu arqueei uma sobrancelha tirando com brutalidade a mochila de equipamentos de sua mão. Esse filhote de Pug além de se achar o rei da cocada, agora tá pensando que vai defender a Alícia? A minha Alícia! E ainda mais defender ela de mim!
- Pra quem é desapegado com as mulheres você parece comprometido demais meu caro. - Dei um sorriso torto, com maldade o bastante para começar a envenenar ele e Levi soltou a bolsa, segurando ao máximo para não me fulminar com os olhos dourados - Acalme-se Levi, eu não vou transar com ela, a não ser que ela queira é claro.
- Vai se ferrar Mark. E volta logo lá, antes que elas estranhem.
Dei as costas pra Levi, mostrando o dedo do meio pra ele, e então sai de trás daquelas árvores, dando de cara com o carro, as meninas e Tae já estavam lá dentro. Por um instante me perguntei o que Levi devia ter dito que ia fazer no mato ali atrás quando saiu do carro e deixou as meninas sozinhas com aquele anjo boboca. Eu devia ter perguntado...
Por via das dúvidas fingi estar fechando o zíper da bermuda como se tivesse acabado de me aliviar e fui na direção delas no carro. Pelo visto eu iria ter que dirigir.... Algumas horas depois...
- Kim Taehyung-
Engolindo em seco mais uma vez, eu cocei a garganta, buscando alguma coisa que a Alícia pudesse usar contra o Levi enquanto fazia uma varredura no banco da frente com os olhos. Nada.
Ela estaria indefesa se ele se descontrolasse de novo. Isso se conseguisse reagir, afinal o maluco era um baita de um brutamontes e ela estava caidinha demais por ele para querer confronta-lo pelo que parecia.
Ao favor dela não havia nem mesmo uma fração de objetos cortantes, a faca da Mallya não estava no alcance possível para quem estivesse dirigindo também.
Mas eu tinha algo.
Uma peça importante que eu peguei na mata quando a fera atacou as meninas e a Alícia caiu. Provávelmente no momento em que a fera partiu para cima das meninas ela não viu, mas devia ter deixado a arma cair. E eu a peguei. E não contei pra ninguém por sorte. Simplesmente esqueci, estava cansado e com a cabeça latejando quando saímos da floresta. Não contei nem mesmo pra Mallya.
Coloquei a mão na cintura onde estava escondido o cano frio do revólver e senti como se ele estivesse me chamando para colocar as mãos nele.
- Mallya me passa sua mochila, eu queria um pouco de água. - Pedi pra tentar disfarçar e ela pegou a mochila com a mão livre e me passou depressa. Levi se mantinha imóvel no banco do passageiro, com a mão apoiada na orelha direita que provavelmente já havia parado de sangrar. E então eu peguei a garrafinha de água bebendo do conteúdo. E quando fui guardar a garrafa, já estava bem escondido com as mãos atrás do banco da Alícia, encaixando calmamente um silenciador no revólver e depois coloquei o cano frio na ponta do cotovelo dela. Passando a arma pelo outro lado esquerdo de seu banco. Longe das vistas de Levi.
- Quer água Levi? - Tentei disfarçar para ver se o distraia e o mesmo virou para me encarar por um momento, estava menos sombrio do que antes, mas não deixava de parecer aquele rapaz bacana que conhecemos. Mesmo parecendo que tinha alguma coisa errada agora, era como se estivesse mais frio.
As vezes era impressão. Não o conhecíamos bem o bastante mesmo.
- Não, obrigado Tae. Não quero nada.
- Ok então, vou guardar a garrafa. - Rebati e senti a mão da Alícia apalpando a arma. E pelo peso que tinha estava completamente carregada.
A jovem pegou no cano com muita cautela para a arma não fazer barulho e a colocou na parte de baixo do banco, disfarçado o bastante para ficar fácil de pegar depois e não ficar aparecendo.... Alguns dias antes...
- Alícia on-
Rolei para o lado, respirando fundo enquanto ainda era capaz de sentir os espasmos do meu corpo. Incapaz de decifrar muitas palavras com a sensação prazerosa do orgasmo me arrepiando por completo.
- Mas já está ficando assim gatinha? - Levi caçoou passando o indicador pela linha do meu queixo e então depositou um selinho suave nos meus lábios. Sua boca carnuda roçou na minha e então eu o agarrei de novo, mordendo o lábio inferior do mais velho enquanto o olhava bem fundo nos olhos. Estava incendiando as minhas veias com fogo puro.
- Levi?
- Sim gatinha? - Ele me fitou devagar, encaixando seu membro na entrada do meu sexo.
- Promete que vai me contar quando começarmos o plano B? Você promete? - Indaguei, arfando quando senti ele escorregar para dentro de mim. Arqueando as costas com a sensação de prazer almiscarada com a sensação inebriante do último orgasmo no meu ventre. Levi segurou meu rosto, apoiando os cotovelos ao meu redor enquanto me fazia olhar nos seus olhos mais uma vez. Aquele olhar felino me fez contrair o abdômen com a sensação do choque atravessando minhas veias com ansiedade.
- Claro gatinha. Eu prometo pra você. - E então começou a estocar novamente.
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Prison IV
Mystery / ThrillerO pior dos piores, o fim dos tempos. Nada vai poder mudar o que aconteceu, e sobreviver é mais necessário que viver. Agora mais do que nunca a Alícia e a Mallya vão ter de se unir contra todos, ninguém mais escapa dos monstrengos que assolam a c...