52 - A Escolha Certa

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  Levi estava sentando em um lindo gramado, mais verde do que qualquer jardim que eu já tenha pisado. Os dedos esmiuçando a grama enquanto os pés descalços repousavam.
  Ele estava tão contemplativo que me perguntei se realmente devia abrir a boca para falar alguma coisa. Não precisei já que ele tomou a frente assim que sentiu o cheiro da minha presença.
  — Oi.
  — Oi... — Respondi sentando ao seu lado na grama e senti meu coração acelerar, o ar ficar mais preenchido conforme eu me virava para encarar o lindo rosto dourado de elfo ao meu lado. Sempre pareceu tão certo...
  — Eu sempre achei que minha terra era um lugar bonito, mas cada dia que eu passo longe dela encontro mais beleza do lado de fora. — Ele suspirou e me olhou de volta, o dourado estava tão vivo naquele semblante que mal dava para imaginar a fera que existia embaixo daquele brilho felino e inocente.
  — Eu achei que quisesse conversar. — Comecei nervosa, sentindo as palmas das mãos começaram a suar. Torcia para que esse suor não começasse na minha testa ou em lugares piores.
  — Estamos conversando.
  — Não esse tipo de conversa.
  — Ah. — Ele suspirou alto, dando ênfase e então desviou o olhar de mim e voltou a encarar o coreto do outro lado do jardim. Estava vazio. As tulipas roxas em volta do mesmo ainda não haviam desabrochado. — Você quer falar sobre a flor que eu pretendia levar para você. Achei que seria gentil, afinal eu sei que você gosta. Foi só isso. Flores. — Levi respirou fundo pensativo como se estivesse em dúvida sobre o que dizer a seguir.
  — Eu gosto. Mesmo... Depois de tudo. — Uma lembrança velha de um serial killer de muito tempo atrás invadiu meus pensamentos, parecia que faziam séculos desde aquela época. Séculos desde que encontramos Dragon e eu descobria em meus plenos 16 anos que era filha de um Alpha, e que meu pai tinha uma alcatéia.
  — Então qual é o problema? O que eu fiz de errado para você me substituir tão rápido? Achei que depois de ontem... Depois de tudo que ele te fez... O que você quer Alícia? O que eu sou pra você?
  — E-eu... - Ele mal me deixou começar e voltou a me encarar, os olhos dourados ficando entristecidos. Um lampejo da fera ameaçando vir á superfície.
  — Eu achei que seriamos leais um ao outro. Não sabia que havia mais espaço na sua cama enquanto eu estivesse aqui. — Essa doeu como um tapa, e a surpresa no meu semblante era genuína quanto a ele se abrir tão facilmente.
  — Eu não.
  — Me deixa terminar mulher! — Pediu ele frustrado e olhou pra cima como se estivesse rezando por forças divinas para continuar — Eu sinto algo diferente por você. Algo que nunca senti por outra pessoa. Não é apenas sexo pra mim, eu comecei a gostar de você desde quando me mandou me ferrar pela primeira vez e por todos os dedos do meio na minha direção. Eu amo a maneira que você faz as coisas, como fica extremamente fofa quando coça os olhos quando está ansiosa, e quando olha pra mim desse jeito... Como se eu te desse o mundo apenas por olhar de volta. Você me vê, lá no fundo você vê. Você enxerga ao vivo e há cores todas as partes horríveis e monstruosas e mesmo com medo, você não foge.
  — Você também sente algo a mais...
  — Eu sinto Alícia, mas eu também vejo como você tem medo de mim. Você nunca vai dormir uma noite inteira em paz sabendo que eu posso estar transformado perto de você. Eu jamais te faria mal, e pelo seu próprio bem talvez vai ser melhor quando eu for embora mesmo. Eu não consigo respirar quando sei que o causador do seu maior medo sou eu, o que está lá dentro.
  — Levi, — Comecei e enquanto dizia segurei sua mão, insegura e um pouco suada, mas mantive o aperto firme, enquanto deslizava meus dedos menores em pequenas cicatrizes naquela mão enorme — A conexão com o Mark é uma merda. E ela me confunde o tempo inteiro, e tudo que eu faço parece que eu sempre faço errado. Minha mãe pensa assim, meu pai pensa assim... Mas quando eu estou com você... Ah Levi, nada nunca me pareceu tão certo.
  Eu percebi como os olhos dele brilharam diferente ao terminar de me ouvir falar.
  — Podemos ir devagar. — Sugeri, — Eu tenho certeza que vou perder o medo, mas eu preciso que me dê a chance antes de partir, de ver se realmente pode existir um a gente. E depois nós vemos o que fazer em seguida.
  — A sua ideia sempre parece melhor que a minha. — Ele sorriu, um sorriso aberto e lindo que mostrava todos os dentes e enrugava os cantos dos olhos. Meu coração virou manteiga derretida.
  — Tem mais uma coisa velhote. — Comecei rindo e ele desmanchou o sorriso.
  — Você vai pagar por esse velhote. — Ele me derrubou na grama e rolou por cima de mim para me encarar — Por onde eu devo começar... — Ponderou ele pensativo e então passou a me dar mordidas nas bochechas, e depois beijinhos doces na ponta do meu nariz.

— Minha mãe vai fazer um churrasco hoje a noite, também vai ter tipo uma reunião depois da comilança, e tem que ir de parzinho. E eu queria saber se você quer ir comigo, conhecer a minha família melhor e ver onde está se enfiando. — Quando terminei de falar Levi depositou um último beijo na minha testa. Eu notei como ele estava todo cuidadoso para não apoiar todo o seu peso em meu abdômen, afinal os pontos ainda não tinham cicatrizado completamente.

— Você quer que eu conheça seus pais? — Perguntou ele rindo e roubou mais selinhos da minha boca, a boca volumosa mordiscando meu lábio inferior. Se ele descesse esses beijos para o meu pescoço eu com certeza podia perder a linha.

— Eu quero. — Confirmei sorridente e ele mordeu o lábio inferior, ficava ainda mais lindo fazendo isso. Não consegui conter a inundação que começou a se formar em minha calcinha.

— Eu vou adorar cada minuto, desde que não nos desgrudemos a noite inteira, tenho planos pra você. — Disse e desceu para a minha garganta, passando os dentes de leve na minha jugular, pendi a cabeça para trás e me expus a ele, me oferecendo.

— Levi... — Choraminguei, meus bicos dos seios rígidos imploravam por algum toque, era difícil ficar perto de todos esses músculos e não desejar que ele me tocasse.

— Porra Alícia. — Levi mordeu a minha orelha e desceu os dentes pela minha garganta de novo rosnando, faminto enquanto sua ereção pressionava minha barriga — Se você não estivesse com todos esses pontos, eu ia te foder até você perder a cabeça.

— Por favor... — Choraminguei outra vez, mordendo a boca e Levi me olhou novamente, o rosto corado de contentamento. Os olhos brilhando de fome. Uma fome animalesca e selvagem que prometia não ceder até se satisfazer por completo. Eu queria ronronar de desejo.

— E eu preciso provar você. — Disse ele e então foi trilhando beijos, descendo pelo meu colo enquanto as mãos acariciaram meus seios, apertando eles naquelas mãos enormes e calejadas, meu clitóris pulsou em antecipação só de imaginar a boca dele me tocando... Era um lugar tão sensível.

Levi me impulsionou a levantar o quadril e puxou minha calça para baixo, até tirá-la completamente. Então olhou em volta do jardim para conferir se não havia ninguém nos espionando. Quando terminou a busca meticulosa ele olhou para mim, os olhos felinos devorando cada pedaço da minha linda calcinha de renda toda rosa. Ele se livrou da última peça e se abaixou, deitando no gramado novamente de barriga para baixo, de forma que sua cara ficasse bem na minha frente.

Comecei a estremecer assim que senti a respiração dele na minha carne inchada e assanhada. Eu estava tão molhada que podia sentir escorrer, bem lentamente.

— Eu posso gatinha? — A voz rouca dele, fazendo mais vento na pele quente me fez ronronar e arreganhar as pernas em resposta. Eu estava a ponto de começar a implorar se ele demorasse mais. Não precisou por pouco.

Levi afundou a cabeça loira entre as minhas pernas e eu mal contive meu grito quando senti a língua dele roçar meu clitóris e sugar. Sem aviso um dos seus dedos deslizaram para dentro. Eu não precisava pedir, ele era tão bom que sabia exatamente onde pressionar e quantos dedos eu queria sem nem mesmo pedir.

Me contraí de desejo arfando conforme arqueava o corpo e pressionava os calcanhares apoiados em seus ombros. Levi rosnou em mim, deliciando-se enquanto eu me desmanchava na boca dele, naquela língua maravilhosa e naqueles dois dedos que ele tinha acabado de enfiar.

— Levi! — Gritei arrancando a grama nos dedos quando ele me ergueu e passou a morder meus lábios e chupar o clitóris como se fosse um sorvete delicioso no verão. Meu ventre contraiu de tesão e senti que estava perdendo a linha quando agarrei os dedos naqueles fios louros e comecei a puxar, balbuciando que queria ele, o membro dele. Levi levantou a mão livre e agarrou um dos meus seios por baixo da blusa, apertando o bico duro, eu só soluçava. Implorando mais. Decidido ele tirou os dedos da outra mão de dentro de mim e agarrou a minha coxa. O braço musculoso se flexionando para conter meu rebolado em sua boca e a visão espetacular daqueles ombros fortes e do rosto incrível no meio das minhas pernas foi a gota d'água. eu senti ele vindo, violento e incontrolável e me joguei do abismo, aceitando de bom grado o orgasmo que rasgou meu baixo ventre e me fez cerrar os olhos com força até ver estrelas.

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