capítulo 20

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Passou alguns meses e acabamos voltando para o morro, a investigação sobre o roubo ainda estava rolando, só que tinha tanta treta morro pra resolver, que primo decidiu que voltaríamos antes da mesma acabar.

Estava super nervoso, os soldados estavam atrás de x9 e procuravam qualquer passo falso de qualquer um pra matar.

Toda hora o radinho dos meninos tocam avisando quanto mais gente morreu, porque os soldados achavam que estava sendo X9.

Um dos meninos infiltrados voltou para o morro e os meninos descobriram a missão dele, aí desde então só fodeu mais meu plano.

Eles estão tirando muita gente da jogada, quase não faço nada aqui na boca, só a segurança do Bobô mesmo, e porque o mesmo pediu, porque se não, estaria em casa esses dias todos.

O cuzão voltou por simplesmente achar que iriam descobrir sobre ele, aí mataram ele lá no CDD.

Não estou indo mais encontrar ninguém da facção, tudo que estou sabendo é porque está rolando lá pela boca mesmo.

As vezes pisava fora do morro pra não dar nada na cara, mas também era ir pra banco "depositar" o tal dinheiro da minha vó e ficar andando na praia só pra despistar eles.

Primo estava a todo momento encima de mim, se não era ele, era algum soldado ou até mesmo a loirão, eu me fazia de sonsa sempre.

A quem não sabia de nada.

Bobô: Tá chapando em que? Tô falando contigo - chegou falando.

Chapadona: Tava marolando aqui, solta o verbo - falei olhando para o mesmo.

Bobô: Missão pra tu, vender essa bolsa até o final do dia de hoje na pista - falou me entregando uma bolsa cheia de droga.

Literalmente, cheia.

Mas não recusei, precisava de grana e de confiança, então mesmo que seja pra me meter em merda, iria botar minha cara nessa "missão".

Chapadona: Onde? Qual horário?

Bobô: Na pista, perto da praia, agora!

Falou todo arrogante.

Chapadona: Tá bom, só vou ir em casa tomar um banho e....

Bobô: Eu disse agora, não depois de você tomar banho.

Chapadona: Tá ok lindo, vou ir agora.

Peguei a bolsa e fui saindo da sala, assim que fechei a porta vi alguns soldados no corredor.

Sai da boca e já fui descendo o morro,  pedi um moto-taxi e fui para a praia, paguei a corrida e sai andando pela praia como quem não queria nada.

Vi alguns meninos dando bobeira na praia e me sentei perto deles, eles começaram a falar sobre querer usar e eu olhei pra eles discretamente.

.......

Chapadona: Ta aí, todo o dinheiro e a sua bolsa sem nenhuma droga - falei entrando na sala dele.

Primo: Vendeu até às que estavam no forro falso?

Perguntou e eu concordei.

Ele olhou a bolsa de ponta a ponta enquanto o Bobô contava o dinheiro, me sentei e fiquei esperando eles me liberarem.

Bobô: Vendeu por quanto?

Chapadona: Aumentei pra três reais a mais o preço das drogas, por isso tem quantia a mais.

Primo: E quem me garante?

Chapadona: Seus soldados que estavam me vigiando.

Primo: Nunca te disse que tinha alguns te vigiando.

Chapadona: Então tem que estar vendo né, porque alguém tava me perseguindo hoje, a cada canto que eu ia.

Bobô: E os polícia?

Chapadona: Não vendi perto deles, tá suave, eu acho.

Primo: Como assim cê acha?

Chapadona: Se não era soldado seu me perseguindo, era quem então?

Perguntei e ele ficou quieto na hora.

Bobo: Pode vazar, sua cota vai chegar no final do mês.

Chapadona: Obrigada, até amanhã lindos.

Falei e sai da boca, estava no ódio por saber que eles não estavam confiando em mim, mas por um lado fui esperta e consegui vender tudo hoje.

Até porque fui na praia dos playboyzinhos né e não das daqui de perto.

Poderia vender nas daqui sim, mas não renderia tanto e o povo ainda pediria pra baixar o preço.

Vida Bandida (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora