capítulo 27

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Passou uns meses e até que as coisas por aqui tinham melhorado, mas ainda sim tava foda tudo por aqui.

Um erro que cê comete, eles não estão perdoando e tão mandando direto pra vala.

Eu até poderia ficar em casa, só sair pra trampar e pá, mas aí o povo só sabe querer me foder né?

Tive que vim dar notícias para minha "família".

Perninha: Cê tava onde esses meses quem nem por mensagem compareceu?

Chapadona: Queria oque? Os caras estavam na minha cola o tempo todo!

Chefia: Mas podia mandar uma mensagem pelo menos dizendo que ta viva né?

Chapadona: Tá, na próxima eu lembro disso, fica tranquilo.

Cafajeste: Tá com medo do seu amante te matar?

Perninha: Que amante?

Chapadona: Também quero saber.

Falei e cruzei os braços olhando pra ele.

Cafajeste: Tá ligado que ela ainda tá pegando o cara lá né, ou já esqueceu?

Perninha: Meu parceiro, isso aqui é uma missão e não uma história de romance, ela tá fingindo sobre tudo que está acontecendo lá, nada é verídico.

Chefia: Enfim, isso não importa agora.

Falou e me olhou, já sabia até oque ele queria.

Chapadona: Não está rolando nada demais lá ainda, eles pararam com vários assaltos depois do que vocês fizeram no último.

O cafajeste, tinha sido preso naquele assalto, mas pagaram pros vermes e eles soltaram ele.

Cafajeste: Tá lá esses meses todos só sentando na pica de bandido, considerado né?

Falou e eu olhei pra ele com ódio no olhar.

Chapadona: Não sei nem o porque você está puxando assunto comigo, cê quase me matou naquela merda de assalto.

Chefia: Foi tu que levou o tiro?

Chapadona: Sim, e quase que eu não saio viva de lá.

Cafajeste: Eu tava tentando acertar no seu amantezinho de merda, foi mal aí.

Chapadona: Você é retardado? Nossa, só pode né?

Falei negando.

Perninha: Vamo falar sobre bagulho importante, não dessas merdas.

Chapadona: Quem mais tá infiltrado?

Chefia: Como assim?

Chapadona: Quem tá lá no morro comigo, ué?

Perninha: Ninguém, passa as informações que tu tem aí, nós não temos muito tempo.

Chapadona: Não tem nada, assim como também não tem ninguém comigo.

Chefia: O filha da puta, sua obrigação é passar as informações e tomar cuidado pra não morrer, o resto é só a gente que tem que saber.

Chapadona: Incrível que quem tentou me matar, não foi um deles.

Falei negando.

Chapadona: Já que vocês não vão falar, eu também não vou, tô indo embora.

Falei e sai do quarto, desci as escadas rápido e fui andando.

Tava sentindo a sensação que tinha alguém me olhando, fiquei procurando por um tempo e quando olhei pra trás do outro lado da rua, tinha um cara me olhando.

Parei pra chamar um Uber e fiquei olhando pra ele, que assim que percebeu entrou no seu carro e acelerou.

Quando passou na minha frente desacelerou e assim eu pude ver a cara dele atravéz do vidro.

Não sabia quem era, mas assim que passou por mim, acelerou o carro e logo sumiu da minha vista.

Peguei o Uber uns minutos depois e fui embora.


Vida Bandida (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora