Twenty Fifth Chapter

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Martin Santinelle

- Temos que ir para o Brasil agora - digo olhando para ele  

Antes mesmo de deixar que Arthur fale alguma coisa, eu saio correndo para o quarto e começo a arrumar as minhas malas.

- Martin o que está acontecendo? - perguntou ele vindo atrás de mim uns segundos depois, ele parecia preocupado demais.

- Depois eu te explico - prometo olhando para ele - mas antes preciso chegar até São Bento do Sul o mais rápido possível. Falando nisso a onde fica São Bento do Sul? - pergunto olhando para ele. 

- Eu não sei - respondeu o mesmo. Arthur pega o celular e pesquisa alguma coisa - bom de acordo com essa rápida pesquisa diz que é uma cidade de Santa Catarina, vai demorar mais ou menos vinte e duas horas de voo para chegarmos lá. 

Assinto com a cabeça e volto a arrumar a minha mala. Arthur arruma a dele logo depois finalmente partimos para pegar o barco, que graças a Dios estava na ilha para trazer alguns suprimentos para nós dois.

Vinte e Duas Horas Depois

Olho para frente completamente nervoso, faz dezessete anos que eu vi aquele menino, ele era apenas um bebêzinho bem pequenininho, tinha acabado de sair da incubadora, era a coisa mais linda que eu já tinha vindo.

Eu olho para Arthur, ele estava inquieto, sei que queria perguntar alguma coisa, faz bastante tempo que ele quer perguntar, mas ainda não ousou fazer. 

- Pergunte de uma vez - digo batendo o pê no chão mais alto do que deveria.

- Não sabia que tinha um sobrinho - disse ele depois de uns segundos 

- Minha irmã estava gravida de sete meses quando meu pai bateu e deu um tiro nela - digo dando um suspiro - o menino sobreviveu.

- Ele tem quantos anos? - perguntou sorrindo brevemente para mim. 

- Acabou de fazer dezessete - respondi - não posso deixá-lo agora Arthur. Acha que ele poderia morar com a gente até fazer dezoito? - perguntei olhando para ele meio em dúvida.

- É claro Martin - disse ele como se minha pergunta fosse idiota - Martin é seu sobrinho, e claro que ele pode ficar com a gente por algum tempo, a única coisa é que vamos ter que trocar de apartamento - constatou ele.

- Por quê? 

- Estava planejando que morássemos no meu apartamento, só que ele só tem um quarto, uma sala e uma cozinha pequena - explicou ele - com o seu sobrinho indo morar com a gente eu tenho que comprar um apartamento de dois quartos no mínimo - completou ele sorrindo.

- Quando você vai comprar? - pergunto sorrindo para ele.

- Bom agora que eu sei que vamos ter que lidar com um adolescente de dezessete anos acho que assim que desembarcamos eu vou ligar para a minha corretora comprar uma casa, e para um designer para decorar a casa ao nosso gosto - disse ele olhando para o celular.

- Nossa tudo isso quando voltarmos da nossa lua de mel? - perguntei sorrindo para ele.

- É, vamos ter bastante coisa para fazer quando chegarmos - concordou ele sorrindo para mim também. 

__________*__________

Assim que pousamos mandamos nossas malas para um hotel, eu realmente não me importava com isso, Arthur que resolveu tudo, eu estava com a cabeça em outro lugar.

Assim que estamos na frente o serviço social eu simplesmente travo olhando para frente.

Olho para Arthur, ele também me olha me dando forças, com isso nós seguimos para dentro. Vou em direção a recepção, e olho para Arthur, eu não sei falar português.

Arthur Santinelle

Cara, eu e Martin - que somos recém-casados e cheios de hormônios e se descobrindo - e agora nós vamos viver com um adolescente de dezessete anos que nem eu e nem Martin sabemos como é ou qual é o temperamento.

Assim que chegamos no serviço social percebo que Martin está completamente nervos, e o sobrinho que ele não vê desde que era um bebezinho. 

Assim que entramos e chagamos no balcão Martin me olha nervoso.

Olho para Martin que assente.

- Olá - digo chamando a atenção do recepcionista - eu sou Arthur Santinelle e esse e meu marido Martin Santinelle, estamos aqui por causa de Gabriel Lennox - completo assim que ele me olha.

- Seu marido que é o parente mais direto - disse ele olhando para Martin, que estava com uma careta no rosto por não entender o que estávamos dizendo. 

- Meu marido não fala português - constato olhando para ele.

- What did he say? (O que ele disse?) - perguntou Martin me olhando curioso.

- He needed to talk to you, but I said you didn't speak Portuguese (Ele precisava falar com você, mas eu disse que você não falava português) – expliquei.

- Tell him I spoke to a social worker on the phone who spoke English. (Diga a ele que eu falei com uma assistente social no telefone que falava inglês) - instruiu ele me intercalando o olhar entre mim e o recepcionista - Ananda Campos - ele disse.

- Martin disse que falou com uma mulher no telefone quando nos ligaram avisando, Ananda Campos - digo olhando para ele.

- Vou chamar - disse ele pegando o telefone. 

Martin Santinelle

Uns minutos depois uma mulher vem até nos.

- Martin e Arthur Santinelle? - perguntou ela em um inglês perfeito. 

- Eu sou Martin - digo olhando para ela - lamento ser indelicado, mas eu quero saber onde está meu sobrinho - digo ansioso.

- Sei que deve estar ansioso - disse ela me olhando - ele ficou em um orfanato de uma amiga minha, posso levar vocês até lá assim que confirmarem a sua identidade.

Olho para ela dando um suspiro aliviado, pelo menos eles não dariam meu sobrinho para alguém que não se identificasse como eu.

Nos apresentamos as nossas identidades. Assim que ela conclui que as identidades são verdadeiras ela nos conduz até um orfanato que fica praticamente do lado do serviço social.

Campos fala alguma coisa para a mulher do orfanato, que assente com a cabeça e nos conduz para uma sala lá dentro. 

- Martin - chamou ele chamando a minha atenção - o menino não falou uma única palavra desde que foi comunicado a ele que o pai estava em cirurgia.

- Ele não fala português - digo olhando para ele - o pai dele era australiano a mãe mexicana, e embora tenha crescido no Brasil ele estudou em casa a vida toda, tendo contado com o pai e professores que falavam em sua maioria inglês 

- Isso explica algumas coisas - disse ele abrindo a porta.

Ali dentro eu vejo um menino lindo. Cabelos loiros bem aparados, com os olhos cor de mel igual as da minha irmã. Dios esse menino é igual a minha irmã, igualzinho. 

- Olá Gabriel. 

Prometido da Mafia (Serie Filhos Da Mafia - Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora