Forty Ninth Chapter

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 Martin Santinelle

Olho para o médico por alguns segundos esperando que ele diga que isso e uma grande mentira é que eu sou idiota por acreditar nisso.

- Ta de brincadeira, não é mesmo? - perguntei olhando para ele, como se ele realmente tivesse com duas cabeças e a cara fosse de um urso nesse exato momento.

- Não Sr. Santinelle, estou falando muito mais do que só sério - disse o médico me olhando. 

Gabriel ao meu lado estava no mesmo estado que eu naquele momento, ele estava completamente desacreditado do que aquele médico estava nos dizendo. 

- Mas como isso é possível? - perguntei com a pouco voz que eu tinha depois de uns segundos e dois meus olhos começarem a transbordar em lagrimas.

- Quando a barra atravessou o seu abdômen causou a morte instantânea do primeiro feto que estava no seu abdômen - a médico ao lado do dr. Wilson estava uma outra médica que eu realmente não sei o nome - mas pelo que parece esse segundo feto estava entre as suas costelas. A barra de um jeito inacreditável não comprometeu nenhum vaso e nem a medula ou seus órgãos e parece que as costelas protegeram esse feto também - ela explicou me olhando no fundo dos olhos.

Eu fecho os olhos por alguns segundos tentando ficar calmo.

Nossa eu perdi um bebê e agora tenho outro bebê.

Realmente é uma coisa muito inacreditável.

- E por isso que eu estava com dores na região do abdômen? - perguntei olhando para os dois. 

- Quando retiramos a barra não vimos o segundo feto só vimos o primeiro - dr. Wilson disse depois de uns segundos - o feto está em desenvolvimento e o espaço entre as costelas é pequeno com todos os órgãos então com esse pouco espaço você estava tendo um começo de aborto, mas paramos ele e começamos a dar remédios para o feto vá para um lugar onde ele tenha mais probabilidade de se desenvolver saudável - completou o mesmo me fazendo ficar calmo.

 Dois Meses Depois

Depois daquele dia as coisas ficaram completamente caóticas. 

Eu tive que ficar no hospital por mais duas semanas e depois finalmente fui liberado, mas Arthur ainda estava lá, em estado de coma. 

Eu estou nesse exato momento ao lado dele apenas olhando para o mesmo e segurando a sua mão. Minha barriga estava enorme, afinal eu já estava com cinco meses de gestação e Por Dios esse bebê não parava de chutar por um segundo, só parava quando eu vinha visitar Arthur.

Eu estava a umas cinco horas parado olhando para Arthur quando minha sogra chega e me olha por alguns segundos. 

- Acha que ele vai acordar algum dia? - perguntei olhando para a mesmo e depois volto para o olhar para Arthur. 

- Eu peço a Dio todos os dias que sim - disse ela me olhando - vá tomar um banho e dormir um pouco Martin, eu fico até você voltar - completou ela.

Eu queria muito contrariar a mesma, mas eu realmente precisava de um belo banho e dormir um pouco. Eu me levanto e dou um beijo na testa dele e saio do quarto.

Foi um longo caminho até em casa, e quando finalmente chego vou direto para o banheiro, porque eu realmente preciso de um banho relaxante. 

Assim que eu acabo a minha hora de banho eu saio apenas de toalha depois de passar alguns segundos na frente do espelho passando a mão na minha barriga, onde está o meu lindo bebê.

Olho para o meu celular e vejo que tinha uma chamada perdida da minha sogra.

No mesmo momento eu já começo a me desesperar, ela realmente não demora muito para atender, o que me deixa muito feliz. 

"O que aconteceu? - perguntei assim que ela atendeu, completamente desesperado".

"Ele acordou Martin...".

Arthur Santinelle

Quatro Horas Depois

- Mas como? - perguntei olhando para ele com os olhos completamente arregalados - o acidente, você estava de menos de três meses, como? - indaguei olhando para ele.

- Eu acordei sete dias depois do acidente - disse ele com os olhos de novo cheio de lagrimas - uma barra de aço atravessou meu abdome e com isso eu cheguei no hospital tendo um aborto a barra atravessou um feto, mas o outro não - disse ele engolindo em seco.

- Eram dois bebês? - perguntei sorrindo brevemente para ele.

- Era sim - disse ele - mas como ele eram bivitelinos um estava no meu abdome e o olho estava nas minhas costelas - disse ele sorrindo - parece que do mesmo jeito que elas protegeram e mus órgãos elas também protegeram o bebê.

- Isso é bom - digo olhando para ele - mas é dolorido.

- Sei que é - responde ele me olhando - vou chamar seu pais.

Antes que ele saísse eu o seguro e dou um beijo demorado nele.

- Estava com saudade - disse ele baixinho.

- Também estava com saudades.

Isabella Santinelle Gonzalez

Cidade do México, México

- O que vai fazer? - perguntou Esteban me olhando preocupado.

- Você não tem uma reunião com o seu pai e as pessoas mais importantes dentro da máfia em meia hora? - perguntei olhando para ele.

- Na verdade eu tenho que estar lá em dez minutos - disse ele não me entendendo nem um pouco.

- Coloque uma cadeira a mais, eu tenho umas palavras para trocar com todos eles - digo olhando para ele e discando um número importante logo depois.

- O que vai fazer? - perguntou ele me olhando preocupado.

- Vou fazer o que deveríamos ter feito a cinco meses atrás - respondi bufando - só coloque a cadeira a mais e pode ir à minha frente, comece a reunião do jeito normal, vou chegar lá daqui a pouco - digo saindo da sala.

"Soube que está na Cidade do México - digo assim que ele atende o telefone".

"E como exatamente eu posso te ajudar? - perguntei sorrindo para o nada com as palavras do mesmo".

"Preciso de você na empresa da família Gonzalez agora - digo dando um suspiro - assim que chegar lá eu te conto - constato".

"Estarei lá daqui a dez minutos - disse ele desligando o telefone".

__________*__________

Eu e Luccas estamos na empresa da família Gonzalez.

Assim que o elevador para no último andar do prédio eu o abandono e sigo andando graciosamente para até a sala de reuniões.

Ninguém ousa me parar, as pessoas apenas me olham com um pouco de medo e não falam nada.

Assim que chego todos tentam falar, mas com a minha cara nada feliz.

Vejo que a única cadeira fazia e a da ponta, então eu apenas me sento lá e dou um suspiro olhando para Jose Luís.

- Acho que temos coisas para conversar. 

Prometido da Mafia (Serie Filhos Da Mafia - Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora