Seventh Chapter

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Arthur Santinelle

Dois Meses Depois

Parado nesse altar um penso na minha liberdade, no meu antigo emprego e acima de tudo no menino que vai entrar a qualquer momento. Penso nas minhas obrigações com essa família, com essa organização.

Eu tenho obrigações para cumprir, minha família precisa de mim para evitar essa guerra, esse é meu dever de nascença, minha obrigação, eu irie a cumprir.

É por essas obrigações que eu estou parado aqui no altar nesse exato momento, esperando o homem que eu só vi uma vez, em um único dia, aquela única noite, aquelas únicas horas de conversa, é a única coisa que tenho de lembrança dele.

Martin Gonzalez é um enigma para mim dês da nossa primeira e única conversa.

Olho para minha irmã e vejo que ela também estava me olhando, se tem uma coisa que eu e minha irmã fomos criadas para saber é que a família vem em primeiro lugar.

Abandonei a administração para assumir como o principal assassino dessa famiglia, e claro também estou assumindo uma boa parte das torturas com Isabella.

Não que eu esteja reclamando, minha família é importante para toda a organização, somos a família Santinelle afinal. Administração de um dos hospitais foi uma boa e esclarecedora experiência, contudo sempre soube que não era apenas isso que o destino reservava parra mim.

Olho para o meu olhou lado e vejo Pietro e Luca, não sou uma parede de músculos igual Luca, que gosta de armas de fogo, e claro, o Capo Pietro que gosta da tortura, mas não é uma especialidade dele, ele prefere estar no controle. Rebecca ao meu lado gosta de tortura mental, e a arte dela e Isabella além de nunca errar um alvo tem uma queda por facas, mas eu sou uma mistura perfeita dos dois, eu nunca erro, sou bom em política e tenho uma queda por armas, mas bem pequena.

A marcha nupcial começa a tocar e sou trazido de volta a realidade, e agora ou nunca. As várias e várias fileiras de convidados diante de mim começam a se levantar a minha frente, membros da famiglia dos Estados Unidos, Rússia, Alemanha, Itália e Reino Unido, todos aqui obviamente para ver um membro direto da família se casando, uma parta da máfia mexicana também estava aqui, o que deixava todas em estado de alerta.

No outro extremo do corredor de patelas de rosas vermelhas, como o Martin pediu, surge meu noivo de braços dados com o seu pai, uma coisa que não me passa despercebido e o olhar atento de seu irmão Esteban sobre os dois. Eu queria ver novamente o rosto de Martin, mas ele o mate abaixado, o que me intriga.

Meses sem sexo estão me deixando faminto, meu lado carnal é inapropriado não deixam uma segunda vez passar despercebido que ele tem um belo corpo, muito bonito e bem desenhado, para alguém que vive dentro de casa ele tem um corpo bem malhado.

O rosto abaixado poderia fazer um mistério se eu já não tivesse visto ele, o pai dele sabe que eu já vi o seu rosto, contudo parece que esse homem não entendeu ainda. Eu já estou parado no altar com a minha mãe e minhas irmãs a poucos passos de mim, realmente esse homem acha que se que fugisse haveria alguma chance de minha linda progenitora atirar em minha direção? Eu sou um homem que tem amor a vida, além do mais Martin me intriga demais, eu não fugiria de qualquer maneira.

Já estou começando a ficar impaciente quando finalmente aquele filho da puta chega com Martin até mim. Gonzalez tira as mãos do filho perto dele e entrega a mim como se aquilo não significasse nada.

Martin tremia levemente, o que não passa despercebido por mim, finalmente meu noivo levanta o olhar para mim, ele está igualzinho como me lembro, o que me faz sorrir internamente.

- Santinelle - cumprimentou ele, mesmo não parecendo gostar nada.

Pietro lança novamente para ele um aviso silencioso, o que o faz se calar logo, agradeço não irá querer matar ele em frete ao padre e na casa de Deus.

- Gonzalez - cumprimento com o mesmo nojo para ele, forço-me a um movimento rápido de cabeça antes que ele se afaste e eu termino guiando o noivo até o padre.

Paramos diante o servo de Dio e Martin se vira para mim, mesmo não me olhando nos olhos. Normalmente sou um homem paciente, entretanto essa postura submissa dele de manter sempre a cabeça abaixada está me dando nos nervos.

Com a mão eu levanto seu rosto e finalmente vejo ele novamente.

O homem a minha frente é lindo.

Esses olhos são com a maior certeza lá porta dell'inferno (a porta dos infernos), esse homem parece um anjo mais do que da primeira vez que o vi.

O que diabos esse homem está fazendo solteiro? Pior ainda, casando-se comigo? Quem é louco e burro o suficiente para rejeitá-lo como seu marido? Per l'amor di Dio (Pelo amor de Deus).

- Senhor, podemos começar? - o padre chama a minha atenção em voz baixa e finalmente percebo que estive avaliando Martin por um longo tempo.

Martin me olha um pouco assustando antes de olhar para frente. Algo aconteceu nesses dois meses, e eu não estou gostando, ele está diferindo do menino obstinado que eu conheci alguns meses antes, o menino que queria viajar o mundo, e provavelmente morar em Las Vegas, mas Dio ele parece ter medo de que eu simplesmente levante a mão e bata nele.

Dio Santo, prefiro cortar meu próprio braço antes de levantar a mão para bater nele, eu me mataria se ao menos pensa-se nisso, sem contar o que minha mãe faria se sonhasse com essa possibilidade. Não eu tenho amor a minha vida.

- Claro – respondi.

Nós viramos para o padre, eu mantenho a minha mão sobre a sua carinhosamente dando o máximo de confiança que eu posso.

Eu quero muito acariciar a mão dele, mas não quero que ele me ache um pervertido pensando apenas na noite de núpcias. Posso ser um idiota, na maior parte das vezes pelo menos, de várias maneiras possíveis, porém, se há algo sagrado para mim é o casamento. Eu sei que meu dever como um dos parceiros, uma relação é honrar e proteger meu marido, fazer o possível e o impossível para que ele sempre esteja seguro.

Martin agora é um Santinelle e me encarregarei pessoalmente de cortar a garganta de qualquer um que tente contra ele. Nem mesmo conto seu pai nisso, porque para mim esse homem já é um cara morto.

Não hoje, não aqui, não agora, hoje é o momento feliz meu e de Martin, amanhã pode ser o velório de seu pai.

- Estamos aqui reunidos hoje, nesse dia tão especial...  

Prometido da Mafia (Serie Filhos Da Mafia - Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora