Martin Santinelle
Três Meses Antes
Quando entro naquele quarto eu soube, eu vi Arthur começando a desistir, e eu realmente queria me bater por não ter vindo antes e mostrado para ele que eu estava ao seu lado, que eu sempre estaria ao seu lado.
Juntando todas as forças que eu ainda tenho, ignoro completamente a dor que eu estou sentindo no abdômen, eu apenas me levanto e dou Tae para Nicolas e vou até o lado da cama onde Arthur estava deitado, do mesmo jeito que da última vez que eu estive ali, nesse mesmo quarto, só que naquela ocasião ele estava lutando pela vida, e agora ele está apenas desistindo dela.
Assim que eu chego ao lado da cama e pego a mão dele e percebo o quanto ela estava fria, como da última vez que a toquei.
- Você não pode ir - digo assim que peguei a mão dele - você tem que lutar mais um pouco amor, só mais um pouquinho - implorei com os olhos já transbordando em lagrimas.
Mas parece que mesmo comigo implorando para que ele fique parece que Arthur não estava me escutando. Martin tinha 100% de certeza que Arthur já estava indo em direção a luz.
Fico mais alguns segundos implorando para que ele fique, mas uns segundos depois o monitor cardíaco para.
Eu fico completamente desesperado, os médicos chegam no quarto e começam a atender Arthur. Uma enfermeira me tira de perto do mesmo e começa a ressuscitar Arthur, mas isso não parece estar fazendo o menor efeito.
Quando finalmente consigo me afastar da enfermeira e ir até ele.
- Per favore Tesoro. Per favore Arthur Santinelle devi resistere (Por favor meu amor. Por favor Arthur Santinelle você tem que resistir) - digo baixinho olhando para ele - Sono qui con te, giuro che sono qui con te (eu estou aqui com você, juro que estou aqui com você) – completo.
Uns segundos depois finalmente o monitor cardíaco começa a dar sinais novamente. As lagrimas novamente já estavam transbordando nos meus olhos.
Do um beijo na testa de Arthur, e logo depois a exaustão toca conta do meu corpo, e depois disso eu não vejo mais nada, tudo fica completamente escuro.
Duas Horas Depois
Assim que começo a recuperar a consciência fica claro que estava em uma cama confortável e que não estava ao lado de Arthur.
Olho para todos os lados assim que abro os olhos. Vejo que Esteban e um médico conversando do lado de fora do quarto.
Assim que ambos veem que eu estou acordado vem até mim um pouco tensos.
- Você realmente quer me matar de susto Martin - disse Esteban assim que chegou até mim.
Eu não respondo nada, o médico me avaliava por alguns segundos e quando ele finalmente me libera falando que estava tudo bem comigo.
- O que aconteceu? - perguntei olhando para Esteban assim que o médico sai do quarto.
- Você e aquele menino... - eu o interrompo.
- Nicolas - digo e ele me olha sem entender - o nome dele é Nicolas - digo depois de uns segundos.
- O coração de Arthur parou com você ao lado dele - disse Esteban com cautela.
Eu apenas olho para ele por alguns segundos. Eu não me lembro de nada disso, só lembro de Marcio, Nicolas e de Nicolas me convencer a ir ver Arthur, depois eu não me lembro de mais nada.
- ¿Murió? (Ele morreu?) - perguntei finalmente depois de uns segundos, com muito medo da resposta.
- El no murio (Ele não morreu) - afirma ele me olhando.
No mesmo momento e como se eu começasse a respirar novamente.
Ele não morreu.
Dios ele não morreu
- Como ele está? - perguntei depois de uns segundos.
- Fraco, mas estável - disse o mesmo.
Duas Semanas Depois
Eu estava com um pouco de dor no meu abdômen, eu relatei isso para o médico e ele apenas me deu um pouco de morfina, entretanto a dor não estava parando.
Gabriel estava dormindo ao meu lado nesse exato momento quando a dor veio muito mais forte.
Eu soltei um grito no mesmo momento pela dor avassaladora que me atingiu, o que fez Gabriel pular da cadeira.
- Martin o que foi? - ele perguntou enquanto eu ainda choramingava de dor começando a me encolher na cama - eu vou chamar o médico - disse ele assim que eu não respondi a sua pergunta.
A dor era realmente avassaladora, eu lembro do médico entrar na sala assim como as enfermeiras.
- Sr. Santinelle pode me dizer o que está sentindo? - perguntou a enfermeira começando a me dar mais morfina.
- Minha barriga... Dói - eu digo devagar entre os dentes.
- Doutor ele está sangrando - disse uma voz feminina que eu não consigo distinguir nesse momento.
- A ferida do abdômen já está quase cicatrizada - disse o médico.
- O sangue não está vindo do abdômen - disse a mesma voz feminina de antes.
Foi nesse momento que eu fico completamente inconsciente.
Autora
O Dr. Wilson não sabia o que fazer.
Ele não era burro, sabia que não estava lidando com pacientes normais, ele estava lidando com duas pessoas da família Santinelle. E além disso Pietro Santinelle - um dos donos e atual administrado do hospital - estava bem atrás do dr. Wilson, as vezes ele achava que Pietro estava realmente só esperando ele cometer um erro no primo e no cunhado dele.
Wilson estava nesse exato momento querendo realmente se bater por não ter reparado nisso antes, ele realmente estava querendo se bater por não ter reparado nisso antes.
- Doutor olha aqui - disse a dra. Carter - isso não é um... - ela se interrompeu me olhando.
Nesse exato momento olho para a imagem e o meu pior pesadelo e confirmado.
- Isso realmente é um feto - digo dando um suspiro - tire ele de lá e vamos fazer um ultrassom - completei sabendo que daqui a pouco eu vou ter que falar com a família deles.
Uns dez minutos depois Martin Santinelle já estava deitado na cama no quarto dele e a dra. Carter estava começando a ultrassonografia.
- Não estou achando nada - disse a residente olhando para o dr. Wilson.
- Porque o feto não está no abdômen dele - disse o médico.
O médico pega o aparelho da mão da residente e leva ele um pouco mais para cima das costelas de Martin, e ali eles vêm os o pequeno feto e conseguem ouvir os batimentos.
- Como esse feto sobreviveu? - perguntou Carter completamente maravilhada.
- Eu não sei dra. Carter - disse ele ainda olhando para a máquina - eu realmente não sei.
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Prometido da Mafia (Serie Filhos Da Mafia - Livro 03)
RomanceÀ beira de uma encruzilhada entre o passado tumultuado e um futuro incerto, Martin González se vê enredado em um emaranhado de dilemas e responsabilidades. A sombra de um pai abusivo paira sobre sua vida, lançando uma nuvem de temor e angústia sobre...