Forty Eighth Chapter

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Martin Santinelle

Três Meses Antes

Quando entro naquele quarto eu soube, eu vi Arthur começando a desistir, e eu realmente queria me bater por não ter vindo antes e mostrado para ele que eu estava ao seu lado, que eu sempre estaria ao seu lado.

Juntando todas as forças que eu ainda tenho, ignoro completamente a dor que eu estou sentindo no abdômen, eu apenas me levanto e dou Tae para Nicolas e vou até o lado da cama onde Arthur estava deitado, do mesmo jeito que da última vez que eu estive ali, nesse mesmo quarto, só que naquela ocasião ele estava lutando pela vida, e agora ele está apenas desistindo dela.  

Assim que eu chego ao lado da cama e pego a mão dele e percebo o quanto ela estava fria, como da última vez que a toquei.

- Você não pode ir - digo assim que peguei a mão dele - você tem que lutar mais um pouco amor, só mais um pouquinho - implorei com os olhos já transbordando em lagrimas. 

Mas parece que mesmo comigo implorando para que ele fique parece que Arthur não estava me escutando. Martin tinha 100% de certeza que Arthur já estava indo em direção a luz.

Fico mais alguns segundos implorando para que ele fique, mas uns segundos depois o monitor cardíaco para. 

Eu fico completamente desesperado, os médicos chegam no quarto e começam a atender Arthur. Uma enfermeira me tira de perto do mesmo e começa a ressuscitar Arthur, mas isso não parece estar fazendo o menor efeito. 

Quando finalmente consigo me afastar da enfermeira e ir até ele. 

- Per favore Tesoro. Per favore Arthur Santinelle devi resistere (Por favor meu amor. Por favor Arthur Santinelle você tem que resistir) - digo baixinho olhando para ele - Sono qui con te, giuro che sono qui con te (eu estou aqui com você, juro que estou aqui com você) – completo. 

Uns segundos depois finalmente o monitor cardíaco começa a dar sinais novamente. As lagrimas novamente já estavam transbordando nos meus olhos.

Do um beijo na testa de Arthur, e logo depois a exaustão toca conta do meu corpo, e depois disso eu não vejo mais nada, tudo fica completamente escuro.

Duas Horas Depois

Assim que começo a recuperar a consciência fica claro que estava em uma cama confortável e que não estava ao lado de Arthur. 

Olho para todos os lados assim que abro os olhos. Vejo que Esteban e um médico conversando do lado de fora do quarto.

Assim que ambos veem que eu estou acordado vem até mim um pouco tensos. 

- Você realmente quer me matar de susto Martin - disse Esteban assim que chegou até mim.

Eu não respondo nada, o médico me avaliava por alguns segundos e quando ele finalmente me libera falando que estava tudo bem comigo.

- O que aconteceu? - perguntei olhando para Esteban assim que o médico sai do quarto. 

- Você e aquele menino... - eu o interrompo.

- Nicolas - digo e ele me olha sem entender - o nome dele é Nicolas - digo depois de uns segundos. 

- O coração de Arthur parou com você ao lado dele - disse Esteban com cautela.

Eu apenas olho para ele por alguns segundos. Eu não me lembro de nada disso, só lembro de Marcio, Nicolas e de Nicolas me convencer a ir ver Arthur, depois eu não me lembro de mais nada.  

- ¿Murió? (Ele morreu?) - perguntei finalmente depois de uns segundos, com muito medo da resposta. 

- El no murio (Ele não morreu) - afirma ele me olhando.

No mesmo momento e como se eu começasse a respirar novamente.

Ele não morreu. 

Dios ele não morreu

- Como ele está? - perguntei depois de uns segundos. 

- Fraco, mas estável - disse o mesmo. 

Duas Semanas Depois

Eu estava com um pouco de dor no meu abdômen, eu relatei isso para o médico e ele apenas me deu um pouco de morfina, entretanto a dor não estava parando. 

Gabriel estava dormindo ao meu lado nesse exato momento quando a dor veio muito mais forte.

Eu soltei um grito no mesmo momento pela dor avassaladora que me atingiu, o que fez Gabriel pular da cadeira.

- Martin o que foi? - ele perguntou enquanto eu ainda choramingava de dor começando a me encolher na cama - eu vou chamar o médico - disse ele assim que eu não respondi a sua pergunta. 

A dor era realmente avassaladora, eu lembro do médico entrar na sala assim como as enfermeiras.

- Sr. Santinelle pode me dizer o que está sentindo? - perguntou a enfermeira começando a me dar mais morfina.

- Minha barriga... Dói - eu digo devagar entre os dentes.

- Doutor ele está sangrando - disse uma voz feminina que eu não consigo distinguir nesse momento. 

- A ferida do abdômen já está quase cicatrizada - disse o médico. 

- O sangue não está vindo do abdômen - disse a mesma voz feminina de antes.

Foi nesse momento que eu fico completamente inconsciente.

Autora 

O Dr. Wilson não sabia o que fazer.

Ele não era burro, sabia que não estava lidando com pacientes normais, ele estava lidando com duas pessoas da família Santinelle. E além disso Pietro Santinelle - um dos donos e atual administrado do hospital - estava bem atrás do dr. Wilson, as vezes ele achava que Pietro estava realmente só esperando ele cometer um erro no primo e no cunhado dele.

Wilson estava nesse exato momento querendo realmente se bater por não ter reparado nisso antes, ele realmente estava querendo se bater por não ter reparado nisso antes. 

- Doutor olha aqui - disse a dra. Carter - isso não é um... - ela se interrompeu me olhando.

Nesse exato momento olho para a imagem e o meu pior pesadelo e confirmado.

- Isso realmente é um feto - digo dando um suspiro - tire ele de lá e vamos fazer um ultrassom - completei sabendo que daqui a pouco eu vou ter que falar com a família deles.

Uns dez minutos depois Martin Santinelle já estava deitado na cama no quarto dele e a dra. Carter estava começando a ultrassonografia.

- Não estou achando nada - disse a residente olhando para o dr. Wilson.

- Porque o feto não está no abdômen dele - disse o médico.

O médico pega o aparelho da mão da residente e leva ele um pouco mais para cima das costelas de Martin, e ali eles vêm os o pequeno feto e conseguem ouvir os batimentos. 

- Como esse feto sobreviveu? - perguntou Carter completamente maravilhada. 

- Eu não sei dra. Carter - disse ele ainda olhando para a máquina - eu realmente não sei. 

Prometido da Mafia (Serie Filhos Da Mafia - Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora