Tenth Chapter

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Arthur Santinelle

Em um movimento rápido eu abro a porta do escritório que meu pai e todos os outros estavam com a maior força que eu tenho e jogo o cadáver dentro.

Meu pai e Dimitri olham para o morto como se não fosse mais do que uma mancha completamente indesejada no carpete, mas assim que percebem o sangue manchando o carpete eles me lançam um olhar mortal pela mancha que levaria um tempo para sair, ou melhor ainda eles provavelmente terão que trocar todo o carpete depois dessa sujeira toda.

Por outro lado, Bernardo nem mesmo estava lingando para isso, ele tinha Samuel em seu colo que olhava atentamente para o corpo. Luca e Pietro pareciam um pouco interessados. Amelie só revirou os olhos para aquela pequena demonstração de raiva.

Esteban por outro lado ergueu a sobrancelha em surpresa e Gonzalez se levantou furioso assim que reconheceu o cadáver a minha frente.

- O que é isso seu desgraçado? - perguntou Gonzalez olhando para mim com puro ódio nos olhos. Eu nem mesmo me dou o trabalho de responde no primeiro momento, apenas uso a manga do terno para limpar um pouco de sangue do meu queixo.

- Isso aqui - aponto a adaga ensanguentada que ainda estava em minhas mãos para o corpo - e o que acontece quando alguém toca no que não deve no território que não é dele – digo.

- Mas Fernando... - eu o interrompo antes que ele fale mais besteira

- Não vale mais do que isso - jogo a mão decepada de Muniz no colo do Capo mexicano - é o que acontece quando alguém toca em algo que e meu - digo pegando o copo de uísque das mais de Amelie que resmunga um pouco - Martin agora é meu marido e se você acha que eu toleraria esse monte de merda vir até o nosso território tocar no meu marido então você perdeu seu maldito celebro para a bebida e as drogas - completo bebendo um pouco.

- Ele era o seu segundo no comando, não era? - perguntou Bernardo tomando uísque. Esteban assente com a cabeça respondendo pelo pai.

- Então sugiro que encontro outro agora - disse Dimitri nem um pouco interessado na conversa.

- Espero que não exija reparação - disse Amelie gesticulando em direção ao corpo - afinal antes de ser o marido do Arthur, Martin é o seu filho se alguém o toca indevidamente você deveria ter mais sede de sengue que ele nesse momento -completou ela.

Gonzalez não diz nada, ele parece pensar depois, o que estava começando a enfurecer Dimitri.

- Se você Gonzalez prefere seu segundo no comando ao seu filho não entendo por que ainda está em nossa presença - disse ele com uma cara ainda nada feliz.

- Até você decidir que quer uma reparação eu lhe darei um bom tiro limpo a distância. Mas até você decidir eu estarei levanto meu marido para nossa lua de mel - digo ajeitando o terno, mesmo sabendo que eu tenho que tirar ele logo porque ele está cheio de sangue.

- Nossos convidados não estão escandalizados? - perguntou Pietro não demonstrando tanto interesse assim.

- Claro que não - digo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo - não quero que meu marido veja sangue manchando as pétalas e o chão na festado do nosso casamento. Eu usei a lateral e depois a passagem secreta para chegar aqui - informo - mas acho melhor avisar a tia Emma que tem que mandar limpar esses lugares.

- Avisarei ela - disse Luca com um pequeno sorrido no rosto - mas acho que ela não ficara nem um pouco feliz com essa notícia - completou.

- Martin já está se aprontando - digo olhando para eles - tenho que ir se não quiser perder o meu voo.

Antes que eu possa sair, um ser pequeno que chama atenção pelos cabelos ruivos vem correndo até mim agarrando a minhas pernas.

- Tio Arthur - disse Samuel com aquelas grandes bochechas - Vorrei aver preso le fedi nuziali (queria ter levado as alianças do casamento) - disse ele com um biquinho que faz meu coração que estava cheio de ódio se derretesse e ficasse cheio de fofura.

- So che volevo piccola (Eu sei que queria bebezinho) - respondi dando um beijo na bochecha dele - Ma le cose sono state sistemate e tu eri impegnato con il tuo... ehm nuovo papà? (mas as coisas foram feitas as presas, e você estava ocupado com o seu... hum novo papai?) - perguntei.

Samuel sorri animado em meu colo enquanto dava leves pulinhos.

- Non ho chiesto se potevo chiamarlo papà, ma voglio davvero zio (Ainda não perguntei se poderia chamar ele de papai, mas eu quero muito mesmo tio) - disse o menino sorrindo para mim.

- Presto osi chiedere, ma ora lo zio deve andare, il tuo nuovo zio mi sta aspettando (Logo você tomar coragem de perguntar, mas agora o tio tem que ir, seu novo tio está me esperando) - digo sorrindo para ele e o colocando no chão, tomando cuidado para ele não pisar no sangue.

- Guarda che si svolge in Italia per me incontrare tuo marito zio (Vê se passa na Itália para mim conhecer o seu marido tio) - disse ele antes de correr até o pai.

- Puoi lasciare il piccolo capo (Pode deixar chefinho) - digo antes de sair.

Vou até um quarto, tomo banho um pouco demorado, assim que saio a minha mala já estava pronta. Coloco um terno limpo e uma gravata, junto com uma calça linda e um sapato confortável, já que pode ser longas horas de voo.

A porta do meu quarto e aberto, olho para ela e vejo que minha mãe acabou de entrar.

- Como se senti amor? - perguntou ele me ajudando com a gravata.

- Acho que já gosto dele - admito sorrindo para ela - ele é uma coisa... não sei como explicar, mas é como se ele me domina-se sem nem mesmo tentar - digo sorrindo para ela.

- Foi a mesma sensação que eu tive quando eu me casei com o seu pai - disse ela sorrindo para mim - se o menino for virgem vá com calma, e deixe ele ver que realmente está gostando dele.

- Acho que com um pai daquele eu vou ter muito trabalho mesmo - resmungo fazendo uma careta - vou fazer de tudo para provar para ele que realmente gosto dele.

- Esse sim é o homem que eu crie. 

Prometido da Mafia (Serie Filhos Da Mafia - Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora