Thirty Third Chapter

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Nicolas Geronimo

Quarenta e Oito Horas Depois

Olho para aquela linda casa, ela está arrumada, é fresquinha e arejada.

Não sei como me convenceram a ficar com ela, logo depois que concordei uma crise de consciência me bateu forte e eu neguei, mas com uma boa conversa tudo foi resolvido para que eu morasse aqui.

Essa casa é enorme, espaçosa, vai ser um ótimo lugar para criar o meu bebe. Só eu e ele como eu prometi no momento em que sai daquele país. Assim que entro ali dentro vejo que a casa está linda.

Quando os encontrei nem me dei conta que se tratava de Arthur e Martin Santinelle, contudo agora não consigo me arrepender, e não fosse eles Marcio teria me encontrado e sabe-se lá o que ele faria comigo, não confio mais nele, não depois de tudo isso, não depois daquelas palavras.

Sou tirado dos meus pensamentos quando escuto meu celular tocar, penso em nem atender, não sabia quem poderia ser na verdade, só me passa uma pessoa na realidade na cabeça.

Penso mais um pouco e chego a conclusão que sei que é.

Pego meu notebook e invado a rede, transformando a minha localização em nada além de um ponto que muda a cada sete segundos no mapa do mundo, prevenção sempre.

Respiro fundo para olhar a tela do celular, o identificador de chamada brilhava com uma foto minha e de Marcio que coloquei na foto de identidade, aas lagrimas queriam sair de meus olhos, contudo me contenho, não o quero pensando que ele me afeta mais.

"O que você quer? - perguntei assim eu atendo o celular, de uma forma nada sutil eu tenho que admito".

"Onde você está Nicolas? - perguntou Marcio do outro lado com aquela voz grossa".

Meu Deus eu achei que nunca mais ouviria essa voz novamente.

Eu sinto todos os pelos do meu corpo se arrepiarem do cabelo aos pês. Eu não queria me sentir assim, mas parece inevitável nesse momento, o que faz com que eu me xingue muito.

Mas o pior nem mesmo é meu corpo se arrepiando, o pior mesmo é quando as minhas pernas começam a ficar completamente bambas, me sento no sofá rapidamente antes que dessabeu no chão.

"Isso realmente não é da sua conta - digo me ajeitando no sofá".

"Claro que isso é da minha conta - disse ele do outro lado da linha - eu sei que saiu da Inglaterra e foi para os Estados Unidos, mas depois que você desceu em Washington D.C, eu perdi para onde foi - disse ele".

O sr. Arthur já tinha me avisado que ele sabia sobre eu estar nos Estados Unidos, mas ouvir isso dos próprios lábios dele me deixa desesperado internamente.

Respiro e inspiro devagar tentando me acalmar, o que passa pela minha cabeça é que eles apagaram para onde estou indo, não teria que encontra-lo, nem eu nem nosso filho. Não teremos.

"Eu não quero que você me ache - digo com o tom mais firme que eu conseguia - eu não te quero perto de mim Marcio. Você já deixou mais do que claro o seu ponto de vista sobre mim e sobre ele - com isso eu desligo o telefone".

Olho para frente e penso em tudo.

Passo a mão na minha própria barriga, ela tem apenas uma pequena, bem pequena elevação, tento me acalmar um pouco mais, contudo tudo parece estar errado, as lagrimas escapam antes mesmo que eu pudesse conte-las, é tudo tão doloroso.

Arthur Santinelle

- Será que foi uma boa ideia isso? - perguntei olhando para a nova mesa da nossa casa.

- Eu gostei da mesa - respondeu Martin olhando para mim e Gabriel.

O mesmo parecia dividir da mesma opinião que eu, e estava achando que atender ao desejo de Martin para comprar essa bendita mesa cantoneira alemã, que não era bonita, nem um pouco.

- Acha que podemos pelo menos trocar a cor? - perguntei olhando para o designer.

- Qual cor seria? - perguntou ele me olhando um biquinho, sabia que viria um não.

- Estofado cinza e mesa preta, para combinar com o resto da sala - disse Gabriel olhando para o mesmo.

- Acho que ate o final do dia pode ser instalado - disse digitando no celular.

- Acho que era a única coisa que faltava, não era? - perguntou Martin se sentando no sofá.

- Tudo estará pronto ate o fim da tarde - disse o designer olhando para nos dois.

Ele se despede e todos nós e vai embora

- O quarto ficou como você queria Gabriel - perguntou Martin olhando para o sobrinho.

- Ficou bem legal - disse ele dando no ombro - eu gostei de como tudo ficou. Como você disse ficou do jeito que eu queria, igual eu imaginei quando você disse que eu poderia escolher tudo dentro dele - completou olhando para o nada.

- Isso é bom - digo sorrindo para ele – amanhã a assistente social vai vir ate, eu não sei se estarei então serão só vocês dois, a menos que Simon ou Brian resolvam fazer uma visita - aviso olhando para ele.

- Quem é Simon? - perguntou Martin me olhando confuso.

- Dio como ainda não te apresentaram para o Simon? - pergunto para mim mesmo - Simon é o marido do meu primo Luca, o irmão mais velho do Pietro.

- Eu acho que eu não conheci ele - disse Martin sorrindo levemente para mim.

- Acho que você conheceu, mas não se lembra dele - digo sorrindo - você estava ao lado dele na nossa festa de noivado - ele me olha bastante confuso com a minha fala - o ruivo ao lado do moreno alto que e a cara do Pietro.

Ele me olha uns segundos antes de fazer aquela cara de quem esta segurando a risada.

- Martin acho que vou te apresentar ao primo do meu primo - digo olhando para ele - ele e esquecido igual a você -completei sorrindo .

- Primo do seu primo? - ele pergunta confuso.

- Eu tenho um primo russo chamado Dimitri - digo dando no ombro - a mãe do Dimitri e uma Santinelle, só que o pai dele e um Petrov, e ele tem um irmão que tem dois filho, a Catarina e o Nicolai. Você se parece com o Nicolai, ele também é bem esquecido - completo olhando para ele com um sorriso.

- Acho que eu quero conhecer eles - disse Martin me olhando também sorrindo.

- Vou te apresentar assim que possível. 

Prometido da Mafia (Serie Filhos Da Mafia - Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora