Third Chapter

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Martin Gonzalez

Dezesseis Anos Depois

Depois daquele dia as coisas pioraram, meu pai passou de mal a pior dês da morte da minha mãe, como ele amava Esteban passou a descontar a sua raiva quando bebia em mim, inteiramente, ele não encostaria em seu herdeiro, seu filho homem.

Meu sobrinho passou dois meses em uma incubadora, um menino que o pai dele deu o nome de Gabriel, que significa enviado por Dios.

Depois que o bebê foi liberado ele sumiu com o meu sobrinho, mesmo assim todos os meses eles mantem contato, todos os meses ele manda uma carta de como ele está se desenvolvendo e uma foto, é apenas isso que tenho de lembrança de Alicia.

Eu sorrio comigo mesmo só de lembrar de quando Gabriel saiu do hospital, ele era tão gordinho e rechonchudo, a coisa mais linda do mundo.

No começo foi difícil esconder do meu pai, mas eu e Esteban conseguimos esconder dele até hoje. Para José Luís Gonzalez minha irmã Alicia, meu sobrinho e minha mãe morreram naquele dia

Sou tirado dos meus pensamentos quando escuto alguém bater na porta. Saio do banheiro e vejo meu irmão me esperando dentro do quarto.

- Não sabia que já tinha voltado Esteban - digo me sentando na cama o olhando.

Olho a cara do meu irmão, ele estava tenso, parecia muito tenso mesmo me analisando como se quisesse me falar alguma coisa séria.

- Você não parece bem Esteban - digo me sentando ao seu lado - o que está acontecendo? - pergunto depois de uns minutos.

Esteban me olha ainda tenso por alguns minutos antes de começar a falar.

- Eu estive nos Estados Unidos ontem, e falei com Pietro Santinelle - disse ele me olhando.

- Pietro Santinelle? - pergunto e ele acento - o novo Capo americano?

- Ele mesmo - disse Esteban agora mais tenso ainda - nosso amado pai vem fazendo coisas que não deveria e mexendo com pessoas perigosas, inclusive os americanos, porém, como eu conheço Pietro eles estão dispostos a fazer um acordo – completou.

Analiso alguns segundos as suas palavras

- Derrubar o nosso pai? - perguntei e ele assente - como pretende fazer isso? - pergunto depois de uns minutos.

- Vai ser quase uma guerra civil dentro do México para derrubá-lo - constatou Esteban e eu apenas assenti - falei que faria isso, derrubaria nosso pai, mas primeiro você tinha que estar em segurança - disse ele e depois ficou quieto por alguns segundos e suspirou pesadamente.

O olhar dele varia entre arrependido e feliz, o que no mesmo momento me deixa preocupado.

- O que você fez exatamente para garantir a minha segurança? - perguntei me levantando e começando a ficar nervoso.

- Eu fiz um acordo de casamento para você - disse ele dando outro suspiro.

Eu paro completamente.

Um casamento?

UMA CASAMENTO DE VERDADE, NUNCA IMAGINEI QUE ESSE DIA CHEGARIA.

Um casamento de verdade?

NÃO PODE SER REAL, QUEM IRIA QUERER SE CASAR COMIGO? NEM NA ESCOLA EU FUI, EDUCAÇÃO EM CASA NÃO É UMA DAS MELHORES.

Um casamento.

Dios um casamento arranjado com um mafioso?

Claro que é um mafioso, meu irmão é um, meu pai, as pessoas a minha volta, se eu não me cassasse com um mafioso seria estranho, mas me casar com um Santinelle é uma elevação muito grande da minha classe social.

Se bem que sempre imaginei que seria um mafioso, não sei se fico feliz em não ser um mexicano, entretanto apesar de não ser alguém submisso a Jose ainda é um americano, um Santinelle, uma família grande e perigosa, contudo, agora eu farei parte dela.

Meu cérebro grita comigo, estou surtando muito.

- Você fez o que? - perguntei caído sentando na poltrona do meu quarto - repete que eu acho que eu não entendi - peço olhando nos olhos do meu irmão.

- Foi exatamente isso que você ouviu - disse ele também me olhando - você vai se casar com Arthur Santinelle

Olho para ele mais alguns segundos, eu realmente queria gritar com ele nesse momento, contudo eu ainda não tinha decidido se eu só queria gritar com ele mesmo, ou se queria gritar e matar ele lentamente.

- Se eu te matar lentamente seria que eu consigo sozinho desovar o corpo? - pergunto olhando para ele com a cara mais seria que eu posso.

- Acho que você não conseguiria não deixar rastros com o quão nervoso você está nesse momento - disse ele sorrindo para mim.

- Por que me casar agora? - perguntei depois de me acalmar.

- Preciso de você seguro - disse ele me olhando sério - sei que você estará seguro se for um deles, a partir do momento que você for um Santinelle nem mesmo Deus vai encostar em você e sair em pune - explicou ele sorrindo brevemente para mim.

- Acha mesmo que é a única saída nesse momento? - perguntei depois de uns segundos.

- Ik wil onze vader net zo hard neerhalen als jij. Ik haat hem net zo veel als jij, maar op dit moment kunnen we hem alleen uitschakelen en wraak nemen, eerst ben je veilig en ten tweede ben je uit Mexico (Quero derrubar nosso pai tanto quando você. O odeio tanto quanto você, mas nesse momento o único jeito de derrubarmos ele e de nos vingarmos é primeiro você estar seguro e segundo e você estar fora do México) - disse ele sorrindo para mim.

Olho para ele uns segundos. Eu posso até não querer isso, mas eu não tenho mais o que fazer, eu sei que o que ele diz e verdade.

- Eu poderia te ajudar - resmungo com um biquinho nos lábios.

- Sei que poderia - respondeu ele – entretanto não vou conseguir fazer o que eu tenho que fazer se você estiver muito próximo desse maldito pais, preciso de você seguro Martin para mim fazer o que eu tenho que fazer – completou.

Eu sabia que ele estava certo, eu não tenho treinamento, eu não posso ajudar ele nisso eu só posso atrapalhar ele com isso.

- Não temos outra saída, não é mesmo? - perguntei dando um suspiro.

- Não se quiser se livrar dele.

- Mierda (Merda). 

Prometido da Mafia (Serie Filhos Da Mafia - Livro 03)Onde histórias criam vida. Descubra agora