31 - toda banda que se preze tem um comeback

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EU AMO A Dona Eunice

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EU AMO A Dona Eunice. E amo igualmente todos os doces que essa mulher faz. Sério, eu poderia facilmente viver o restante da minha vida apenas comendo esses biscoitos de canela. São a melhor coisa que já provei em todos os meus dezessete anos de existência.

A ideia de marcar uma reunião na casa da Frida foi minha, e por dois motivos muito bons: ninguém ousaria começar uma discussão com a Dona Eunice sob o mesmo teto, e com seus biscoitos de aperitivo é impossível que alguém fique de mau humor. É o plano perfeito.

Só preciso que a Lana aceite o meu convite.

— Era pra eu tá fazendo isso, não você — Frida repete as mesmas palavras que disse pelo menos umas vinte vezes só hoje. Se senta ao meu lado no sofá, levando logo a mão até o meu cabelo pra começar a fazer o melhor cafuné do mundo todo. — Sou eu quem precisa resolver meus problemas com ela, Super-Homem.

— Mas os seus problemas com a Lana começaram por minha causa, e foi essa a forma que eu encontrei pra me desculpar. Por favor, me deixa fazer isso.

Ela perde a fala por um segundo, sorrindo em seguida.

— Não tem como dizer não pra você quando me olha desse jeito.

— Ah é, é? Bom saber disso.

De surpresa, Dona Eunice aparece na sala de estar com mais um prato de biscoitos, abrindo um sorriso assim que nos vê.

— Eita, casal bonito — elogia, o que deixa tanto Frida quanto eu envergonhadas, mas de um jeito bom. — Fico feliz demais vendo as duas juntas, viu?

— Obrigada, Dona Eunice. Eu fico feliz demais também.

A mesa de centro já tá lotada de comida, só esperando as nossas convidadas. Tem bolo, três pratos de biscoito, até docinhos de festa. Eu vou ficar tremendamente chateada se decidirem não aparecer.

— Você acha que elas vão aceitar assim, tão fácil? — Frida pergunta do nada, me fazendo olhar pra ela com minha expressão de impaciência.

— Amor, pelo amor de Deus, é claro que elas vão aceitar. Não é só você que tá sentindo falta da banda.

— Mas e se elas não confiarem mais em mim? Eu não confiaria.

Seguro seu rosto com as duas mãos, a forçando a olhar bem nos meus olhos. Devia ter pensado melhor antes de fazer isso já que a ação me faz ter um ataque cardíaco bem sério, mas tento me concentrar.

— Fri, para de supor o que você não sabe. Eu confiei em você mesmo depois de tudo, não foi? As meninas vão fazer isso também.

— Mas você é diferente. Tava boba apaixonada por mim.

Sorrio, apertando meus olhos.

— Isso não vem ao caso, bobalhona.

Antes que ela rebata, ouvimos as batidas na porta. Trocamos um olhar rápido antes de Frida levantar, toda nervosa, e atender a visita. Ainda parada na entrada, Jasmine dá um abraço apertado na amiga, parecendo já ter deixado pra lá toda a bagunça que foi a última reunião. Mas isso eu já esperava, não é ela com quem me preocupo de verdade.

Garotas Rebeldes em CombustãoOnde histórias criam vida. Descubra agora