Violet
Violet viu o momento em que Everi foi ao estábulo e logo saiu cavalgando. Balançando a cabeça com desgosto, foi atrás dela.
A diferença de idade entre elas era pouco, apenas dois verões, mas se sentia bem mais velha, principalmente em momentos como aquele onde a preocupação a levava a seguir Everi.
Quando criança Everi fazia de tudo para ganhar a atenção e a aprovação da mãe, o que foi inútil.
Já na adolescência, quando enfim compreendeu o quanto as ações de sua mãe eram destrutivas, ela pôs em sua cabeça a ideia de nunca ser igual à mãe.
Violet via dia após dia a verdadeira Everi desaparecer. Ela não expressava mais suas opiniões, tentava agradar todo mundo, o que não era saudável.
Ela agia como se dissesse "minha mãe é má, eu sou boa."
Violet aprenderá desde cedo a ser feliz sendo quem era. A senhora Davina a ensinou a olhar sempre pelo lado bom de cada situação. Juntas, elas conversaram com Everi, mas de nada adiantou. Tentar ganhar o amor ou a aceitação das pessoas mudando nossa essência, ou ideais é algo instável, pois nunca conseguimos agradar a todos.
Mesmo tendo a atenção e o amor do pai, Everi cresceu carente e insegura. E o fato de tentar satisfazer a todos é um fardo pesado para ela conseguir carregar por muito tempo.
Ao viver para os outros ela se isolou e uma pessoa isolada e como uma planta no meio do deserto, muita areia em volta, mas pouco alimento. Ela está lá linda, sorrindo, um ponto de cor em meio ao ambiente, mas as raízes estão esgotadas, não conseguem encontrar água. E pouco a pouco a areia continuará a ser areia, mas a planta vai murchar, perder a cor... Violet temia por Everi, pois uma hora ela não ia aguentar.
Devemos ajudar as pessoas, sim, mas não ao ponto de nos perdermos pelo caminho.
Ela observou Everi por um tempo e quando percebeu onde estava a deixou, ela ia ficar bem...
Kyle
Como chefe da guarda, a segurança da comitiva era sua responsabilidade. Esse acordo não lhe parecia bem, kyle estava ansioso olhava ao redor constantemente, seus homens que o acompanhavam notando o seu desconforto também se mantinham atentos. Ele tinha escolhido dez de seus melhores guerreiros, entre eles dois arqueiros.
Hian havia decidido trazer para o noivado sua tia Beca por parte de pai, seu esposo Dougal e suas primas Ariel e Aila com seus maridos, sendo um total de dezoito pessoas do clã Donald.
Duas Carruagens onde viajavam suas primas e seus tios. Hian cavalgava ao lado de Kyle e dos homens. Não havia brincadeiras, nem parabéns como era costume entre os homens. Eles seguiam em silêncio.
Por volta das quatro e trinta da tarde eles avistaram o castelo do Clã Rooco. Era uma construção surpreendente para quem nunca a tinha visto.
Kyle por ser muito observador e viver planejando defesas já observava aos pontos fortes e os poucos fracos, sua mente buscava por rotas de fuga e sinais de perigo, mas mesmo atento à grandiosidade do castelo ainda o encantava. Era quase impossível de ser invadido.
Ele parecia ter sido construído, esculpido nas pedras de um despenhadeiro. As torres
todas de pedras iam se erguendo de forma harmoniosa com os declives do terreno. O muro extremamente largo e alto descia e circulava por toda a construção. Kyle visualizoualgumas ameias com vigias, soldados. "Com certeza arqueiros". Pensou Kyle estreitando os olhos.
Enquanto se aproximavam, um soldado se posicionou à frente com o emblema do Clã Donald.
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O ACORDO
RomanceSINOPSE Um contrato pode gerar inúmeras mudanças e nem todas positivas. Comarc Senhor do Clã Rooco propõe um acordo a Hian Senhor do Clã Donald. Um casamento com sua filha. Comarc tem segredos, arrependimentos e está sem tempo para repara-los...