Dois dias depois, Hope já estava mais alerta. Violet não deixou Evelin dar mais de seus chás calmantes para ela.
Durante esse tempo ela também fez a pequena tomar caldos nutritivos com carne, legumes e algumas ervas fortificantes e curativas como o manjericão e a sálvia e isso já estava fazendo a diferença, Hope já estava mais corada.
Violet também conversou seriamente com Evelin, ou melhor, falou e ela praticamente ouviu. Ela tentou amenizar o
medo da jovem e a instruiu sobre muitas coisas.A moça começou a relaxar em torno dela, e devagar ia fazendo tudo que Violet falava, já não questionava.
Partia o coração de Violet a falta de emoção e de ação da pequena Hope. Ela basicamente só as seguia com olhos, e brincava com as suas mãozinhas. Ela era muito
calminha. Não reclamava, não chorava... Violet a queria conversando, correndo, vivendo...No décimo quarto dia Violet decidiu começar as mudanças, para horror de Evelin ela decidiu tirar Hope do quarto. Elas iriam tomar o café da manhã na cozinha, decretou.
Violet Fora praticamente criada em uma. A cozinha era um lugar movimentado, todos os funcionários passavam por ali. É o lugar onde também há uma imensa variedade de cores, cheiros, sons e muitas conversas. Seria bom para Hope.
Ela tinha assumido os cuidados da pequena e enquanto a trocava conversava com ela sem parar. Nomeava tudo o que fazia e tudo o que elas podiam ver. Violet também estava lendo para pequena. Ao terminar de vesti-la a pegou no colo e acompanhada por um
assustada, Evelyn desceu para a cozinha.Ela amava estar ali, para ela tinha cheiro de lar de aconchego... quando passaram pela porta o burburinho cessou, todos olhavam para elas com a boca aberta. Até a Senhora Deves, que sempre tinha resposta para tudo, estava em choque.
Violet não aguentou e começou a dar risadas da situação.
- Acho que meu cabelo não mudou muito de ontem para cá para vocês me olharem assim, ou tem um ninho de passarinho aqui em cima? Brincou rindo e logo todos riam com
ela.
Hope, que olhava para tudo com curiosidade desde que saiu do quarto, abraçou forte seu pescoço escondendo a cabecinha em seus ombros. Violet sentiu o coração apertar. " Essa criança era prisioneira em seu sua própria casa. Até sorrisos a assustava." Pensou
triste.- Violeta, você tem certeza sobre trazer a menina para cá? O senhor Hian pode não gostar. -
Questionou a Senhora Deves.- Fique tranquila, ele não vai se importar, vai ser bom para ela. - Virando para Ada, a cozinheira perguntou com um sorriso. - Esse cheiro que sinto por acaso é daqueles seus pães maravilhosos?
- Sim, minha jovem, vou pegar alguns para vocês e mais algumas coisinhas. - Respondeu piscando para ela. - Sente-se ali que eu já volto. - falou apontando para uma pequena mesa.
Em poucos dias Violet já tinha conquistado quase todos naquele castelo.
Ela tinha um jeito de deixar todos a vontade, sempre agradecia e elogiava tudo que era feito para ela. Com gentileza ela fazia pedidos, não ordenava.
Era respeitosa com os mais
velhos, e pela forma que estava cuidando da futura Senhora, muitos lhe eram agradecidos.Muitos estavam ali a gerações e amavam aquela família. Ada e a Senhora Deves estavam nessa categoria.
Violete, Evelyn com Hope em seu colo se sentaram e logo como ela previu muitos se aproximaram para ver a pequena Senhora.
A conversa voltou.
Com cuidado e voz baixa começou a falar com Hope, apontando e falando o nome das pessoas. O nome dos utensílios e quando Ada colocou o café da manhã para elas que além dos pães continha geleia, ovos, mel, frutas, mingau...
Devagar e com pequenos pedaços ela começou a ensinar a pequena a mastigar. Falava
o tempo todo sobre os alimentos e sobre tudo que estava fazendo.Após engasgar um pouco e jogar comida da boca fora, Hope começou finalmente a pegar o jeito.
Violet se assustou com todo o barulho da comemoração atrás dela. Estava tão focada na pequena que nem percebeu que eram observadas. E ela chorou de alegria ao ver Hope
sorrindo e batendo palminhas com as pessoas que estavam em volta comemorando.Era um pequeno gesto, uma pequena interação, mas para ela foi uma Vitória.
Quando resolveu voltar para o quarto, ambas estavam lambuzadas e precisavam de um banho. Deixando Hope com Evelin foi tomar banho em seu quarto.
Enquanto se vestia, seus pensamentos iam até o senhor Hian, ele ainda não tinha visitado Hope, e ela estava ficando sem paciência. Ia falar com ele de novo, decidiu, mas primeiro.
" -Pai, obrigado pela Vitória de hoje. O Senhor é bom. O seu amor é incondicional. Eu sou falha, mas o Senhor me ama, obrigada. Estou perdendo a paciência com o senhor Hian, o Senhor me conhece, ter paciência não é muito eu. Me ajude a ajudá-los. Que eu possa ser usada pelo Senhor para incentivar ele a prosseguir. Que eu possa ser um instrumento do Senhor nesse lugar, percebi que não é só a pequena que precisa de um milagre do senhor. Me dê sabedoria para agir. Sabedoria para falar. Amém!"
# como será essa conversa???
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O ACORDO
عاطفيةSINOPSE Um contrato pode gerar inúmeras mudanças e nem todas positivas. Comarc Senhor do Clã Rooco propõe um acordo a Hian Senhor do Clã Donald. Um casamento com sua filha. Comarc tem segredos, arrependimentos e está sem tempo para repara-los...