𝐑𝐨𝐨𝐦𝐦𝐚𝐭𝐞𝐬||

Chapter Twenty Eight - Secrets

Day 19 - 00:00

Harry não viu Louis pelo resto do dia. Ele não tentou procurá-lo para causar as intrigas de provocação que estava fazendo ultimamente, ele resolveu dar uma folga para o menino. Por duas razões específicas: 1º porque Harry já não fazia ideia do que podia realizar para causar um Louis eufórico e necessitado por ele, principalmente depois do que ele havia escutado no banheiro masculino. Aquilo tinha sido o ápice.

2º porque Louis estava quieto de uma forma que ninguém nunca havia visto antes. Era estranho ver o extrovertido e inquietante Tomlinson isolado em uma pedra enquanto divagava sobre a vida. Ele não aparentava triste ou chateado com algo, apenas estava na dele.

Harry pensou em um momento, enquanto estava jogando queimada com Asher, Cara e Selena, junto com outros garotos, em ir atrás do menino e perguntar o que estava acontecendo, mas Niall havia lhe dito que Louis era assim, e logo ele estaria com o seu sarcasmo e provocação á mil porcento de novo.

Styles acreditou na palavra do Horan, até porque o menino era o melhor amigo de Louis e sabia mais coisa dele que qualquer um ali. Harry queria conhecer Louis, mas conhecer de verdade. Ele sabia poucas coisas do menino, e sentia que Louis tinha tanta coisa escondida. Tanto problema guardado para si.

Portanto, Harry seguiu o conselho de Niall pela tarde, mas nada o impedia de conversar pela noite. Bom, nada se não fosse pelo sumiço de Louis, que jantou com todos eles antes de dizer que iria dar uma volta e sumir pelo local.

Naquele momento, Harry olhou para Niall em busca de respostas, ou uma preocupação do menino pelo melhor amigo. Mas Niall estava muito perdido em seu mundo apaixonado por Selena, a qual estava dando batatas fritas na boca do Horan quando Louis anunciou que iria sair. Ele até achava que Niall nem ao menos prestou atenção quando Louis se levantou ao seu lado, deixando apenas um vácuo na cadeira.

Derrotado, Styles apenas voltou para sua cabana e a de Louis, o toldo verde esperando para o cobrir no calar da noite e o acolher enquanto dormia. Mas Harry não conseguia dormir. Ele tinha perdido a conta de quantas vezes rolou pelo saco de dormir, murmurando coisas desconexas enquanto tentava pegar no sono. Porém, era muito difícil apagar enquanto seu colega de quarto, vulgo amigo colorido ou seja lá o que eles eram, estava perdido no meio dessas florestas por algumas horas.

Poxa, o jantar tinha sido ás oito e, mesmo que Harry não soubesse a hora exata no momento, ele sabia que já havia passado um grande tempo desde que Louis se retirou, sozinho, da mesa. Por isso, não aguentando mais esse suspense sem algum tipo de respostas, ele pegou um casaco da adidas que achou jogado em sua mochila, pegando seu celular e conferindo a hora. Meia noite em ponto.

Seria aterrorizante pensar que ele estava saindo bem no início da madrugada, o início de um novo dia, no breu das estrelas enquanto vagava por uma floresta escura, e cheia de bichos, atrás de um garoto irresponsável e completo perdido em seus pensamentos.

Ele odiava ter conhecido Louis. Odiava ainda mais por ter criado sentimentos tão nítidos pelo menino. Não é possível que ele não aprendeu com a regra de: "não se apaixonar por caras que podem quebrar o seu psicólogico." E o mais importante, a nova regra que Harry havia acabado de criar em sua cabeça: "E que sejam californianos". Qual é, ele morava em Nova York, deveria estar se apaixonando por um cara da cidade que não tenha um bronzeado chamativo e uma cara de surfista descontrolado. Mas, pelo visto, Harry tinha acabado de definir o tipo de garoto que ele se sentia atraído, porque nem todos os caras da cidade podiam fazer seu coração bater tão desregulado quanto Louis podia. E sim, era clichê de sua parte pensar aquilo, mas o que ele podia fazer se o Tomlinson o fazia agir de forma abusada e impulsiva, com certeza não era rebeldia de sua parte, e ele sabia disso.