CANCELADA |

Capítulo 22 - A festa

Caramba, a minha cama é tão confortável e a temperatura está muito agradável. Prefiro não abrir os olhos, meu corpo está tão dormente que sinto que posso dormir novamente.

Ouço algumas vozes do lado de fora e tento ignorá-las. Só preciso dormir mais um pouco.

— Acorda, piranha, que eu cheguei! — ouço a voz da minha amiga novaiorquina.

Emito um som incompreensível até para mim e cubro uma cabeça com um lençol, mas não é o suficiente para impedir a Lindsay de vir deitar por cima de mim.

— Feliz aniversário! Não quer ver seu presente?

— Sai de cima da garota, Lin. Vai sufocá-la.

Sinto o peso aliviar e então descubro o rosto, vendo o Cris, Lin e Damian me olhando enquanto eu bocejo.

— Nossa amiga, está precisando de um banho e de uma escova de dentes, por acaso foi atropelada por um caminhão? — Lin comenta fazendo os outros rirem.

— Eu não acredito que você me acordou!

— Eu disse para esperarmos! — O Cris comenta.

— Já são quase 10 horas, meu amor. Não é hora para estar dormindo não, e se prepara que vamos virar a noite.

Desisto de dormir e todos saem do meu quarto para eu começar a me arrumar. Vou até o guarda roupa e escolho uma roupa adequada para o frio que está fazendo.

Já debaixo do chuveiro começo a pensar. Estou fazendo 18 anos, eu deveria me sentir diferente? Na realidade, até agora, parece que nada mudou. Bem, o dia acabou de começar, então vamos ver.

Termino de me arrumar e desço para a cozinha. Meus amigos e meu irmão estão no quintal. Daqui eu vejo, através da porta aberta que eles estão jogando basquete. Faço meu chocolate quente e vou observá-los enquanto tento não congelar de frio.

— Cara, você é muito bom!

— Já fui melhor, Cris. — Meu irmão observa a bola laranja.

— Não desanima, Dam. Ainda existem esportes paraolímpicos! — Lin fala com ele e propõe que ele procure por algum grupo aqui no Canadá.

Acho que seria ótimo pro Dam encontrar algo assim. Praticar esportes era algo que lhe dava muito prazer. Meu irmão sem esportes, é como eu sem a música e o teatro, um vazio total.

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Encaro meu reflexo no espelho. Sempre me achei linda, mas hoje estou espetacular.

Eu mesma fiz uma maquiagem poderosa e a Lin fez babyliss no meu cabelo. Sem dúvida, o Castiel se dedicou na confecção do meu vestido, inspirado na Cheryl Blossom assim como pedi. Ele é vermelho feito de um tecido um tanto brilhante, parecendo cetim, mas não tenho certeza, minhas costas estão praticamente nuas, a não ser por algumas tiras de tecido que sustentam o vestido. Na frente, tem um pequeno decote em V e as alças são finas. Ele é longo e tem uma fenda no meu lado direito que vai até um pouco acima do joelho.

Para completar, pego um salto fino preto, ele não é tão alto e o detalhe da tira no calcanhar o deixa delicado.

Ao sair na porta de casa me deparo com uma limusine.

— Uau! Seu pai arrasou, amiga! — A Lin dá pulinhos de alegria.

Eu entro primeiro, a Lin senta ao meu lado, o Cris senta no outro banco e o motorista ajuda o Dam a entrar no carro. Eu não tenho certeza se a Amber vai, mas espero que nos encontre na festa.