023 - O experimento social

1.2K 145 594
                                    

       — AH NÃO

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— AH NÃO. VOCÊ NÃO! — A PARK diz, aparentando, tanto quanto eu, estar insatisfeita com a sua dupla.

       Dentre todas as pessoas que estão aqui esta noite, eu tinha que ficar justo com ela? Eu sei que disse antes que queria qualquer um menos Felix, mas eu admito que preferia ele a ela. A garota é arrogante, um pé no saco. Eu não sei o que eu fiz para merecer isso, mas eu prometo que vou tentar reparar os meus erros, universo. Eu vou ser uma boa garota, não vou correr atrás de encrenca, não vou fazer drama e não vou desistir.

       Resolvo aceitar o que sobrou para mim. Quanto mais rápido começarmos esse jogo, mais rápido acaba e nós poderemos voltar à festa.

       Outra vez, nossos celulares são notificados. Porém, agora com uma mensagem da outra anfitriã, NingNing.

"Uma capa sólida como a base de um bom relacionamento, folhas como as camadas de suas personalidades a serem descobertas, capítulos de momentos e palavras de amor, amizade e companheirismo. Está na hora de escrever uma linda história, sua história."

       — Nós temos que ir à biblioteca? — pergunto à garota.

       — Nossa, você é mesmo uma gênia. — ela profere, com ironia, seguido de um rolar de olhos. Eu nem tento corrigi-la, mas saber que "gênio" não é uma palavra, não me faz um. — Não podemos sair da casa. Eu sei onde nós temos que ir, me segue.

       Park Minju sai na frente, procurando pelo tal local, sem esperar uma resposta minha. O cômodo fica aqui mesmo no térreo, próximo aos fundos da casa. Ele não tem janela alguma, é um pouco quente e as paredes possuem isolamento acústico. Ah, enfim um pouco de paz e tranquilidade. Seria assim, se eu não estivesse com ela.

       Há grandes prateleiras repletas de livros preenchendo o local, um sofá espaçoso bem em frente à uma TV e ao lado de um frigobar. Wow, isso me faz querer um lugar assim também, para poder relaxar e me afastar do mundo real.

       Bem, de acordo com o texto, a nossa próxima dica deverá estar próximo ao livros. Notando isso também, Minju bate seus longos fios rosas no meu rosto outra vez, antes de sair em direção à uma das estantes.

       Por Deus, ela já está me estressando.

       Eu faço o mesmo — sem a parte da batida de cabelo, é claro — e passo a procurar no lado oposto ao dela, até que encontro um papel preso entre os exemplares dos clássicos: Alice no País das Maravilhas e Romeu e Julieta.

       — Eu achei algo. — conto.

"Romeu e Julieta, A república, Os três mosqueteiros, Os miseráveis, Orgulho e preconceito, Frankenstein, Alice no país das maravilhas...

O que torna algo um clássico?

Para mim, um clássico é algo antigo e marcante, que mesmo assim faz com que você ainda o queira.

𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄; 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅Onde histórias criam vida. Descubra agora