MAIS UMA VEZ, MINHA MENTE SE encontra repleta de pensamentos negativos. Volto ao nosso passeio entre amigos no parque de diversões, mas acabo pensando na única pessoa conosco que não era amiga e muito menos levou diversão ao nosso dia. Ouço a voz de Minju me perguntando sobre Kim Suhye, tenho calafrios.
Quando os pensamentos me atormentam, tento aliviar o estresse, resolvo ler. Eu optei por algo simples, um romance clichê e que já conheço a qualidade. Para Todos Os Garotos Que Já Amei.
Conheço bem os filmes, mas ainda não tinha lido os livros. Depois de tanto tempo, fiquei curiosa. Eu sou uma apreciadora da sétima arte, mas sou também fascinada por leitura, por mais que um filme te conte uma história de uma maneira extremamente envolvente, vívida e visual, os livros te mostram uma versão que não cabe nas telas, mais detalhada, completa e igualmente emocionante. Por isso resolvi comprar a trilogia para ler, mesmo depois de alguns anos após ter visto o filme. Creio que esta é uma mania que peguei da minha irmã, ver o filme antes de ler o livro, assim consigo assistir sem muitas expectativas e prejulgamentos, depois o livro ajuda a me aprofundar na história e não fico com a sensação no peito da fã que teve uma amada obra literária estragada por uma plataforma de streaming, tal qual aconteceu com Amor e Gelato.
Começo a leitura para afastar memórias ruins, e funciona, por volta das três da manhã quase acordo a casa em uma gargalhada ao ler sobre a suposta tatuagem com as iniciais de Genevive na bunda de Peter Kavinsky. É só quando o relógio bate as seis que paro, guardo o livro temporariamente na cabeceira, cubro-me com o edredom macio e me preparo para dormir. Demoro a pegar no sono, a luz que começa a entrar pela janela é um incômodo aos olhos, então tenho que sair da posição confortável em que estou para ficar de joelhos na cama e fechar as cortinas. Assim que toco no tecido lilás com pequenas falsas borboletas presas nas pontas, a porta do meu quarto é aberta repentinamente.
— Yumin? — é a minha mãe que fala. — Já está acordada? É cedo. — ela diz, confusa. — Bom-dia, querida!
Mamãe beija o topo da minha cabeça.
— Bom-dia, mãe! — respondo, como quem acaba de acordar, sendo que nem mesmo cheguei a dormir ainda. — Precisa de alguma coisa?
— Não. Está tudo bem. — ela diz, sentando na minha cama. — Eu passei aqui apenas para te ver antes do trabalho. Me surpreendeu hoje você já estar acordada.
A mim, surpreende as suas palavras.
Durante a parte que lembro da minha vida, minha mãe e eu nunca fomos tão próximas. Depois que completei sete anos, a presença dela já não foi mais uma constante. Nem a minha, para ser justa. Os meus dias se resumiam a ir do quarto para a estufa, então ao balanço e à escola. Quando pequena, eu acreditava que era ela quem não tinha tempo para mim, mas percebo hoje que eu gastava todo o meu me mantendo longe das nossas atividades em família. A nossa falta de aproximação também é parte culpa minha, eu confesso. É um pouco assustador conseguir perceber isso somente agora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄; 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅
Fanfiction› 💐 ᘒ : 𝓞𝗇𝖽𝖾 𝗸𝖺𝗇𝗀 𝘆𝗎𝗆𝗂𝗇 𝗍𝖾𝗇𝗍𝖺 𝗅𝗂𝖽𝖺𝗋 𝖼𝗈𝗆 𝗈𝗌 𝖽𝖾𝗌𝖺𝖿𝗂𝗈𝗌 𝖽𝖾 𝗍𝗈𝗋𝗇𝖺𝗋-𝗌𝖾 𝗎𝗆𝖺 𝗃𝗈𝗏𝖾𝗆 𝖺𝖽𝗎𝗅𝗍𝖺, 𝗮̀ 𝗺𝗲𝗱𝗶𝗱𝗮 𝗲𝗺 𝗾𝘂𝗲 𝗹𝘂𝘁𝗮 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗱𝗲𝗶𝘅𝗮𝗿 𝗼𝘀 𝘀𝗲𝘂𝘀 𝗺𝗲𝗱𝗼𝘀, 𝗶𝗻𝘀𝗲𝗴𝘂𝗿𝗮...