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AS MÃOS DE FELIX PRESSIONAM minha cintura, a trazendo pra mais perto de seu corpo, enquanto os seus lábios macios tomam os meus com vontade. Seu corpo prende o meu contra o carro. Meus braços se envolvem em seu pescoço e meus lábios saboreiam o doce sabor do seu beijo.
Acho que é isso que chamam de fazer as pazes.
O beijar assim é viciante, isso é uma droga. Seu carinho, seus toques, sua boca, eu preciso de tudo. Eu sei que disse que isso não aconteceria mais, mas como eu posso evitar? Sou humana, sou fraca.
— "Não vai rolar, Lee. Não se iluda". — Felix interrompe o nosso beijo, apenas para zombar de mim, ofegante e com um sorrisinho vitorioso.
— Felix, cala a boca e me beija. — eu ordeno. É claro que ele obedece, sem réplica.
É hora do meu intervalo para almoço. Eu deveria estar dentro do colégio ainda, estudando, mas estou aqui, o beijando, ao ar livre, no estacionamento de um restaurante próximo do colégio.
Desde o incidente da semana passada, Felix levou a sério o lance de ficar de olho em mim. Ele me pega no horário do almoço e me leva para almoçar, me manda mensagens para que eu coma algo nos horários de lanche e ainda me cobra foto, além de me buscar, levar para o cursinho e até acordar cedo para vir me deixar no colégio. Eu acho exagero, mas deixo.
— Eu preciso ir. — digo, me afastando minimamente dele. — Tenho aulas em breve.
— Por que você não mata aula e nós dois ficamos por aqui mesmo? — ele sugere, beijando o meu pescoço.
— Não é uma boa ideia. — digo. Não posso me acostumar a ficar perdendo aulas. Eu bem que gostaria de estar assim com ele por mais tempo, mas não posso, não posso mesmo.
— Com o outro você matou aula. — ele faz drama. Felix me larga e se afasta, fica do meu lado, de costas para o carro, com os braços cruzados. — Quer saber? Vai logo. 'Tô nem aí.
Eu não deixo de rir do seu ataque de inveja. Eu abro a porta do carro para pegar apenas o meu celular, já que a mochila deixei no colégio. Eu confiro como estou pelo espelho, preciso refazer o meu rabo de cavalo. Com tudo pronto, dou apenas um último beijinho no loiro.
— Eu te vejo mais tarde. — o dou um último selinho, então posso voltar aos estudos. Vou andando mesmo, estamos há poucos metros da instituição.
Eu respiro fundo, sorrindo meio boba.
Eu não sei o que estou fazendo, aonde estou indo com isso tudo. Desde que ele chegou, se tornou uma parte complicada da minha vida que eu não me sinto obrigada a consertar, até prefiro assim. Não sei se a nossa relação algum dia passe de beijos e carícias casuais, mas até que isso não me incomoda ainda. Eu não sei perfeitamente sobre o que sinto por Felix, mas por enquanto, posso assumir que gosto.