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ESTOU DE VOLTA AO COLÉGIO. Algumas semanas se passaram desde a discussão que Felix e eu tivemos na minha cozinha. O clima entre nós não está dos melhores, ele não anda falando comigo desde que precisei cancelar as aulas de taekwondo, eu fiz a minha escolha. Já não tenho mais as suas caronas, Yuna voltou a me buscar no colégio, ou meu pai, quando tem tempo.
Por incrível que pareça, é estranho não ter Felix me acompanhando na rotina. Não sei o motivo de me sentir assim, não é como se ele sempre fosse uma constante, ele chegou não tem muito tempo, eu não deveria sentir falta assim.
Ontem pensei em mandar uma mensagem, mas não consegui pensar em nenhum assunto, nem sei se ele me responderia. Então fico sem falar nada, sentindo sua falta, mas sentindo de longe.
— É assim que resolve, mas se você quiser simplificar, você só precisa encontrar dois números que, somados, é igual ao valor com o sinal invertido de B e que, esses mesmos números, quando multiplicados, é igual ao valor de C. — eu explico para Mina como resolver a equação do segundo grau que ela estava com dificuldade.
— Amiga, eu continuo não entendendo uma só palavra. — ela diz.
— Como não? Isso é conteúdo que a gente estudou três anos atrás. — eu lembro. — Eu vou te explicar novamente. — digo, me preparando para retomar a breve revisão que fazemos enquanto esperamos pela nossa carona. — Vou aplicar em uma equação simples.
— Tá, pode falar.
— Se temos x²-6x-16=0. Sabemos que A=1; B=-6; C=-16. O que a gente quer saber mesmo é quanto vale X, então é só aplicar fórmula de Bhaskara, ou, neste caso, fazer o macete que eu te ensinei. — volto a explicar. — Então a gente se pergunta, quais números multiplicados dão -16 e, esses mesmos números, somados, precisam dar +6? — eu questiono. — Os números só podem ser -2 e 8. Então X1= -2; X2=-16. Entendeu?
— Entendi. — ela diz, mas não parece ter entendido nada.
Se entendeu ou não, o problema agora é dela, porque a minha irmã logo chega, buzinando para nós. Eu adentro o carro e sento no banco de trás, junto da minha melhor amiga, que vem carregando seu caderno e estojo nos braços.
Enquanto Yuna dirige até o cursinho, eu vou conferindo se não há alguma mensagem importante, em outras palavras, se não há mensagens do Lee. Não encontro o que procurava, apenas algumas mensagens de Yeosang ainda sem serem visualizadas.
O Kang também é outro que já não vejo faz um tempo. Quando as minhas aulas voltaram, o curso de férias também acabou. Como nós dois não estudamos no mesmo colégio, não nos vimos mais. Ele me mandou mensagem já faz alguns dias, mas eu não vi, porque isso me distrairia.
— Chegamos. — Yuna diz, parando o carro em frente ao prédio do cursinho. — Quando terminar me manda mensagem e eu venho te buscar. Não pegue carona com ninguém, está tarde.