002 - Romances trágicos e a necessidade de sermos amados

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       AMANHEÇO DE BOM HUMOR

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       AMANHEÇO DE BOM HUMOR. Espreguiço-me na cama e fico encarando o teto, os adesivos de estrelas que brilham no escuro, os quais estão ali desde que passei a dormir sozinha. Eu fico de bobeira na cama, sem querer me levantar. Rolo de um lado para o outro, pego o celular na cabeceira e é então que percebo que são 14:00h.

       Praticamente salto do colchão. Como eu consegui dormir até tão tarde? Eu não sei.

       Eu costumo acordar razoavelmente cedo, às 08:00h. Levanto-me, bebo água, e, dependendo do dia, vou para a minha aula de taekwondo. Mas hoje, não entendo como dormi até às duas horas. Okay, talvez eu entenda um pouco.

       Eu estou exausta. Não paro um segundo, o tempo inteiro. Eu acordo cedo, estudo, luto, estudo e durmo tarde. Ontem ainda teve o jantar de noivado da minha irmã, voltei para casa de madrugada e ainda tirei mais uma hora para revisar um conteúdo do colégio — que devo lembrar, estou de férias. É natural que eu esteja tão cansada, a minha sorte é que esta manhã eu não tive aulas.

       Eu corro para dentro do banheiro, com tanta pressa que por pouco, bem pouco mesmo, não bati o dedo mindinho na quina da porta do banheiro. Só faltaria isso para melhorar o meu dia.

Depois do banho mais rápido que eu já tomei na vida, corro procurar algo para vestir. Não estou indo para o colégio, então não uso um uniforme. Eu pego a primeira roupa que vejo no guarda-roupas, um vestidinho simples, de manguinhas, acima do joelho, na cor creme. Calço os meus tênis brancos, depois das meias brancas que chegam até dois dedos depois do tornozelo e finalizo com a minha tiara grossa branca. Sem maquiagem, sem perfume, eu pego a minha mochila e corro para a sala.

— Mãe! — eu grito enquanto desço os degraus até a sala de estar. — Pai! — quando um não responde, chamo outro. — Unnie!

Não surpreendentemente, ninguém responde. Pelo horário, meus pais já devem estar trabalhando, já minha irmã eu não faço ideia, deveria estar em casa. Mas, mais estranho que isso, é chegar até a cozinha e me encontrar com... Felix?

Dou um passo para trás, surpresa e parcialmente assustada. O que ele faz aqui?

— Olá. — ele me cumprimenta, tranquilo, como se não fosse estranho ele estar dentro da minha casa, sozinho. — Sua irmã saiu, disse que não demora. — o loiro informa.

Ótimo, agora não tenho carona. Eu já perdi a primeira aula, agora sem ter com quem ir, também não vou chegar para a segunda. Começo a pensar no que fazer, talvez um táxi me ajude.

— Para onde você vai? — ele questiona, curioso. — Eu posso te levar.

— Obrigada, estranho. Mas, não. — eu recuso a sua oferta.

— Estranho? — ele parece ofendido. — Um estranho estaria sentado na bancada da cozinha, sozinho, enquanto a dona da casa vai ao mercado? — ele questiona, tem um bom ponto. — Você dançou comigo ontem. Além disso, sou praticamente da família já que os nossos irmãos irão se casar. — ele dá de ombros.

𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄; 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅Onde histórias criam vida. Descubra agora