Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
AMOR OU OBSESSÃO? QUANDO é que o que sentimos deixa de ser amor e passa a se tornar uma obsessão? Mas quando isso acontece, o amor realmente, algum dia, foi um sentimento presente? Até que ponto um dia ela me amou?
São muitas as dúvidas.
Desde o princípio, tudo pareceu errado. Não gosto de fazer comparações, mas já fazendo, com Minju nunca foi como com Yumin. Nunca pareceu real, não é real. Esta é uma relação completamente sem sentimentos, meus ou dela.
No meio das suas mentiras, ela me olhava nos olhos e dizia que ama somente a mim, mas eu sempre acabava descobrindo suas traições. Desde a primeira vez eu venho tentando novamente terminar, mas ela sempre usa da boa e velha pressão psicológica, eu cedo e acabo como o "corno manso" da história.
Eu não a entendo. Não houve uma vez que compreendi suas ações. Como ela pode chegar ao ponto de se machucar, para evitar que nos separemos, e ainda assim me trair descabida e descaradamente. Do que a nossa "relação" se trata para ela? Do que eu me trato para ela? Eu sou algum tipo de conquista pessoal? Um troféu? Quero muito entender.
Tenho passado mais de um ano assim, à sua mercê. Se estamos juntos ainda, é porque não quero ver ela se machucando por minha causa, ou por qualquer outra coisa. Todos os dias, eu me sacrifico pelo bem de alguém que, na maioria das vezes, nem me trata tão bem assim. Pensei que estava sendo altruísta, mas para as poucas pessoas a quem eu contei a minha situação, fui denominado bobo.
Mas ela não é sempre assim. Às vezes a Park parece ser duas pessoas diferentes. Tem dias em que ela é gentil, doce, me diz que eu deixo as coisas girando para ela, mas em outros, ela se irrita com tudo que faço, mesmo as coisas que são para agradá-la. Em alguns desses dias, ela disse que ainda estar comigo é um favor que me faz, que eu deveria agradecer por ter alguém que me queira, ela insiste na ideia de como minhas sardas são horríveis.
Durante toda a minha vida, eu nunca tive problemas sérios com a minha autoestima, mas ela começou a me fazer questionar sobre o que eu vejo no espelho. Isso, somado ao fato de que as sardas são uma herança do meu pai, que cometeu suicídio quando eu era mais novo e de quem eu sinto tanta falta e raiva que não consigo nem olhar para as suas fotos, me fizeram começar a tentar escondê-las melhor.
Quando ela se machucou pela primeira vez, eu a acolhi e logo em seguida insisti que ela começasse imediatamente o tratamento psicológico. A acompanhei nas primeiras seções, até ela dizer que preferia ir por conta própria. Eu respeitei o seu espaço pessoal, entendi que atender ao meu pedido já era um grande esforço e não queria fazer ela se sentir pressionada ou constrangida com a minha presença.
Por volta de três mêses depois, eu resolvi buscá-la no consultório, porque estava chovendo. Eu a esperei por mais de uma hora e, quando o paciente, que pensei ser ela, saiu da sala e outro foi chamado, percebi que Minju nem mesmo foi. Quando liguei para ela, disse-me que tinha acabado de sair da sua seção. Eu perguntei a secretária se Minju tinha mesmo aparecido e ela me contou que já fazia muito tempo que não a via por lá. Park não ia mais às seções e me frustrei ao perceber que nada que eu fizesse conseguiria mudar isso, porque ela sempre acabaria mentindo e fugindo.