028 - O inferno está cheio de boas intenções

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Atenção ⚠️
Este capítulo aborda temas delicados, como: suicídio, automutilação, pressão psicológica e etc.
Como sempre, eu tentarei seguir o tópico da maneira mais leve que eu conseguir, todavia, ainda pode servir de gatilho para alguns.
Quem optar por não ler, no próximo capítulo eu deixarei um breve resumo.
Se cuidem, o bem estar de vocês em primeiro lugar.

       A NOITE CHEGOU, TRAZENDO consigo uma das mais belas expressões de arte; a lua

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A NOITE CHEGOU, TRAZENDO consigo uma das mais belas expressões de arte; a lua. Sua luz, por sua vez, entra pela varanda, iluminando o meu rosto e as peças de roupas largadas na cama.

Como boa parte da minha mente funciona à base de imaginação, na minha mente, eu me imaginei aqui mesmo, na varanda, encostada na grade, bebendo um bom champagne enquanto contemplo a beleza do luar. E eu realmente estou de tal modo, exceto pela taça de champagne. É uma noite linda, o vento gelado agita as árvores do térreo, as estrelas brilham como eu jamais vi. Poderia ficar aqui para sempre, mas quando viro-me de costas à paisagem, ficando de cara com as vestes na cama, eu me dou conta de que chegarei atrasada. Logo, tão rápida quanto o flash, me arrumo. Quando termino, meu celular já notifica uma dezena de mensagens de Felix, me perguntado se eu demorarei. Não respondo nenhuma, só me custará mais tempo.

Assim que chego ao restaurante, cumprimento os outros três na mesa. Chan, quem eu estava vendo pela primeira vez desde que cheguei, não deixou de mencionar em como eu estou cada vez mais parecida com a minha irmã. E sabendo da maneira como ele a trata, a ama e a vê, eu considero isso como um grande elogio.

— Tudo parece delicioso, mas eu não consigo me decidir. — diz Felix.

— O que você acha do número 59: Ravioli com molho de cogumelo e ricota? — brinco. — Parece que foi feito para você!

— Você está engraçada hoje. — ele força um sorriso. — Por que você não come uma fatia dessa torta cremosa de nozes como sobremesa? — ele provoca de volta, mencionando minha intolerância à lactose.

— Que lindinho, eles se amam! — Chan diz na maior inocência e, graças a Deus, eu não morro sufocada no meu engasgo.

— Eu estou bem, só engasguei comigo mesma. — falo, depois de chamar toda a atenção para mim. Que ótimo!

Depois do papelão que fiz, bebo um gole de água e tento me esconder atrás da tela do celular. Tento, porque assim que ligo a tela, Yuna já está me mandando um "desliga essa merda", por mensagem.

Fazendo como a mais velha pede, eu deixo o celular sobre a mesa.

Como se a minha situação não pudesse piorar, junto com o vibrar na mesa, o celular notifica em alto e bom som uma chamada de Minho. Na notificação, ele e Yeosang cantam uma versão explícita e proibida em 54 países de uma música que é para ser inspirada em Harry Potter. Eu só preciso escutar a primeira parte para tentar desligar, mas me atrapalho e acaba saindo a versão completa. Os alecrins dourados personalizaram o chat deles sem que eu percebesse e agora está progamado para tocar isso quando algum dos dois me liga.

𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄; 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅Onde histórias criam vida. Descubra agora