006 - A rosa laranja

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       COMO TODO SER HUMANO, existem certas coisas no mundo que eu não compreendo

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COMO TODO SER HUMANO, existem certas coisas no mundo que eu não compreendo. Seja a origem da vida, por que coisas ruins acontecem com pessoas boas, como a justiça falha, por que o aquecimento global não é levado tão a sério, como é medido o valor do dólar, ou o que de tão ruim eu fiz no mundo para ser interrompida em um momento como este.

       Faltava quase nada, a distância entre nossas bocas era com certeza menor que um centímetro, eu conseguia sentir, então Felix chegou, em um timing perfeito.

       Yeosang e eu nos assustamos, o castanho dá praticamente um pulo para trás, ele coloca as mãos nos bolsos e olha em outra direção. Eu não sei se quero me esconder ou agarrar o pescoço do Lee com as mãos. Este que julgo dizer que parece até mesmo feliz por interromper, vou encarar o seu sorriso como uma provocação e com certeza não vai ficar barato.

       — Então é por isso que você não responde as minhas mensagens? — o loiro questiona, se aproximando de nós. — Te mandei umas vinte.

       — Não vi que você tinha me mandado mensagens, eu estava ocupada. — e queria estar ocupada agora também, beijando.

       O estraga prazeres, Lee Felix, depois de ouvir a minha resposta, para um pouco mais para frente, ele fica entre o meu acompanhante e eu, o encarando seriamente. Lee o analisa por completo, Yeosang parece um pouco incomodado com toda a situação, mas o encara de volta.

       — E quem é o seu amigo, não vai nos apresentar? — Lee pergunta.

       — Este é Kang Yeosang. — eu respondo, sem ânimo. — Yeosang, este é Lee Felix. — aponto para o australiano. — Intrometido, exibido e o irmão mais novo do meu cunhado.

       — Tsc... Você não vai me apresentar nem mesmo como amigo? — o dito-cujo pergunta.

       — Nós dois não somos amigos.

       Fuzilo Felix com o olhar, consigo me imaginar dando uma surra nele no taekwondo, ele merece. Ele não sabe quantas vezes eu imaginei aquele momento e hoje estive tão perto, para ele simplesmente chegar e estragar tudo.

       Eu gosto de Yeosang já faz um bom tempo, desde que o reencontrei no cursinho. Eu pensei em chamar ele para sair antes, mas nunca teria coragem. Quando ele finalmente me chamou para sair, eu explodi de felicidade, estávamos tendo um encontro excelente, só faltava uma coisa para ser perfeito.

       — Eu acho que já vou. — Yeosang diz, depois de alguns segundos em silêncio enquanto eu encaro o terceiro com um olhar mortal. — Tchau, Yumin. Te vejo depois. — ele diz. Sem saber como se despedir direito agora, ele apenas acena, um pouco desajeitado.

       — Tchau, Yeosang. Até amanhã. — digo, acenando de volta.

       Ele vai embora, eu fico apenas observando, com um biquinho nos lábios e o sentimento de derrota. Felix, você me paga.

𝐒𝐎𝐔𝐋𝐌𝐀𝐓𝐄; 𝗹𝗲𝗲 𝗳𝗲𝗹𝗶𝘅Onde histórias criam vida. Descubra agora