10. O encontro.

185 40 41
                                    

Como eu estava exausta, pedi para o menino ir dirigindo até a escola para buscar nossos irmãos.

— Você vai conseguir ler isso tudo em uma semana? — Ele disse espantado.

— Eu preciso conseguir. — Declarei encostando minha cabeça no banco do carro. — O professor falou que os assuntos de cada um se complementam. — Ele assentiu, surpreso.

Depois de uns quinze minutos, Luke parou o carro em frente a escola e saiu para buscar as crianças.

Me perguntava como eu iria trabalhar sentindo meu corpo cansado daquele jeito.

— Oi maninha. — Henry falou assim que chegamos no carro. — Que livros são esses?

— Não são para você. — Encarei o menino. — São livros da universidade.

— Que saco. – Cruzou os braços, desapontado.

— Oi tia. — Luna também entrou no carro um pouco confusa. — Você e meu irmão estudam juntos?

— Estudamos. — Declarei vendo ela sorrir.

— Nossa! Que coincidência!

— Realmente, é uma grande coincidência. — Declarei, sorrindo também. — Eu nem sabia que Luke tinha uma irmã.

— Ela é filha do meu padrasto, mas é minha maninha. — Ele bagunçou os cabelos da menina, me fazendo sorrir.

Era bom ver que o Luke carinhoso, protetor, amigável e gentil ainda habitava nele.

Ligou o carro novamente e voltou a estrada.

No meio do caminho, Luke e as crianças tentavam me convencer a ir em sua casa almoçar e rever sua mãe.

— Vamos! Ela vai ficar feliz em te ver. — Um bico se formou em seus lábios.

— Não quero Luke. Eu tenho trabalho.

— Ah irmã! Por favor. — Henry dizia.

— É tia! Vai ser divertido. — Foi a vez de Luna

— Nossa mas vocês são insuportáveis. Vou expulsar todo mundo do meu carro. — Cruzei os braços tentando ignorá-los.

— Maninha por favor! — Henry juntou as mãos uma na outra, implorando. — Não me faça cantar a música do Shawn Mendes. — Arqueei minha sobrancelha. — I'm saying baby
Please have mercy on me
Take it easy on my heart. — Comecei a gargalhar ao ouvir o garoto cantando "Mercy".

— Eu aceitaria só pela tentativa de cantar. — Luke me encarou, fazendo eu revirar os olhos com um sorriso no rosto.

— Tá bom! Mas com uma condição... — Fui interrompida por Henry.

Eu não tirarei
a vida do meu irmão
Ele poderá crescer
Pra escapar da maldição... — Ele cantarolava me deixando confusa por não saber que língua maia era aquela.

Se sasuke puder viver
Os uchihas a morte conhecerão. — Luna completou, fazendo Henry sorri.

— Você conhece esse rap do Itachi?! Achei que ninguém conhecia por ser em português. — Ele perguntou surpreso.

— Conheço sim! Meu irmão que me mostrou. — Encarei Luke, vendo ele sorri.

— Você está muito cantor hoje. — Declarei, encarando o menino.

— Eu tenho uma voz impecável. — Jogou seus cabelos imaginários, o que me fazendo rir.

Passei o resto do caminho ouvindo todos os três cantando o bendito rap do Itachi. Eu apenas arregalava os olhos ao ouvir o quanto eles desafinavam em certas partes ou então embolavam a letra por não saber o idioma.

O Amor Pode CurarOnde histórias criam vida. Descubra agora