Como eu estava exausta, pedi para o menino ir dirigindo até a escola para buscar nossos irmãos.
— Você vai conseguir ler isso tudo em uma semana? — Ele disse espantado.
— Eu preciso conseguir. — Declarei encostando minha cabeça no banco do carro. — O professor falou que os assuntos de cada um se complementam. — Ele assentiu, surpreso.
Depois de uns quinze minutos, Luke parou o carro em frente a escola e saiu para buscar as crianças.
Me perguntava como eu iria trabalhar sentindo meu corpo cansado daquele jeito.
— Oi maninha. — Henry falou assim que chegamos no carro. — Que livros são esses?
— Não são para você. — Encarei o menino. — São livros da universidade.
— Que saco. – Cruzou os braços, desapontado.
— Oi tia. — Luna também entrou no carro um pouco confusa. — Você e meu irmão estudam juntos?
— Estudamos. — Declarei vendo ela sorrir.
— Nossa! Que coincidência!
— Realmente, é uma grande coincidência. — Declarei, sorrindo também. — Eu nem sabia que Luke tinha uma irmã.
— Ela é filha do meu padrasto, mas é minha maninha. — Ele bagunçou os cabelos da menina, me fazendo sorrir.
Era bom ver que o Luke carinhoso, protetor, amigável e gentil ainda habitava nele.
Ligou o carro novamente e voltou a estrada.
No meio do caminho, Luke e as crianças tentavam me convencer a ir em sua casa almoçar e rever sua mãe.
— Vamos! Ela vai ficar feliz em te ver. — Um bico se formou em seus lábios.
— Não quero Luke. Eu tenho trabalho.
— Ah irmã! Por favor. — Henry dizia.
— É tia! Vai ser divertido. — Foi a vez de Luna
— Nossa mas vocês são insuportáveis. Vou expulsar todo mundo do meu carro. — Cruzei os braços tentando ignorá-los.
— Maninha por favor! — Henry juntou as mãos uma na outra, implorando. — Não me faça cantar a música do Shawn Mendes. — Arqueei minha sobrancelha. — I'm saying baby
Please have mercy on me
Take it easy on my heart. — Comecei a gargalhar ao ouvir o garoto cantando "Mercy".— Eu aceitaria só pela tentativa de cantar. — Luke me encarou, fazendo eu revirar os olhos com um sorriso no rosto.
— Tá bom! Mas com uma condição... — Fui interrompida por Henry.
— Eu não tirarei
a vida do meu irmão
Ele poderá crescer
Pra escapar da maldição... — Ele cantarolava me deixando confusa por não saber que língua maia era aquela.— Se sasuke puder viver
Os uchihas a morte conhecerão. — Luna completou, fazendo Henry sorri.— Você conhece esse rap do Itachi?! Achei que ninguém conhecia por ser em português. — Ele perguntou surpreso.
— Conheço sim! Meu irmão que me mostrou. — Encarei Luke, vendo ele sorri.
— Você está muito cantor hoje. — Declarei, encarando o menino.
— Eu tenho uma voz impecável. — Jogou seus cabelos imaginários, o que me fazendo rir.
Passei o resto do caminho ouvindo todos os três cantando o bendito rap do Itachi. Eu apenas arregalava os olhos ao ouvir o quanto eles desafinavam em certas partes ou então embolavam a letra por não saber o idioma.
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O Amor Pode Curar
RomanceLIVRO I DA DUOLOGIA "O AMOR PODE CURAR". O que fazer quando não conseguimos enfrentar algo para seguir em frente? O que fazer quando achamos que está tudo bem, mas a verdade é bem diferente? O que fazer quando te falta algo que você jurou ser inexis...