Epílogo: Especial de Natal.

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Cinco anos depois...

— Calma! A luz tá presa na minha perna, amor! — Henry gritou para Luna que puxava o pisca pisca que agarrou em sua perna.

— Quem foi que demorou para montar essa árvore, hein? — Luke declarou com a mão na testa, vendo o caos que estava a nossa sala.

— A Hannah! Como sempre! — Luna e Henry berraram, nos fazendo gargalhar.

Eu tinha um péssimo hábito de só montar a árvore um dia antes da véspera de Natal. Afinal, o Natal era só um dia. Não tinha porque montar antes.

— O Natal é só dia 24 e 25 gente! Vocês queriam montar bem antes disso! — Me defendi.

— Tá bom, tá bom. É claro que não devemos montar a árvore dia primeiro de novembro! Mas quem monta dia 23 de dezembro?! — Luna rebateu com um olhar incrédulo.

— Estão ouvindo isso? — Falei, assim que a menina acabou de reclamar. — É o som do "eu não ligo"! — Gargalhei, vendo Luna revirar os olhos.

— Como comediante você é uma ótima psicóloga. — Henry declarou, se sentando no chão para tirar o pisca pisca da sua perna.

Bob, o cachorro que Henry deu para Luna no primeiro ano de namoro deles, pulou em cima do garoto lambendo todo o seu rosto.

— Ah Bob! — Henry tentou se mexer para tirá-lo de cima dele, mas a árvore de Natal caiu conforme ele puxou o pisca pisca enrolado em seu pé. — O Natal já começou muito bem. — Ele bufou, jogando a árvore para o lado e ainda tentando se esquivar dos beijos de Bob.

— Vem filho. Papai tá ocupado e estressado nesse momento. — Luna pegou o cachorro no colo, que era um Cão Esquimó Americano, e o levou para outro cômodo da casa enquanto Henry ainda lutava para desembolar o pisca pisca.

— Por que vocês não vão enfeitando o resto da casa enquanto eu me viro com isso? — Henry falou, ao nos ver parados encarando ele.

— Estou afim de olhar essa sua cara feia, está incomodado? — Confesso que implicar com Henry era uma das minhas coisas favoritas. O menino não era feio, na verdade, ele se tornou um menino forte e bonito. Tenho muito orgulho do homem incrível que ele tem se tornado. Mas mesmo assim, eu amava implicar com ele.

— Se você continuar de palhaçada, eu juro que eu te deixo sem árvore de Natal pois ela irá parar do outro lado da rua. — Ele me encarou sério, me fazendo arregalar os olhos.

— É melhor eu enfeitar a outra parte da casa. — Puxei a mão de Luke e peguei a sacola com os enfeites de porta, janela e varanda.

— É melhor mesmo! — Ele disse, voltando a focar na árvore caída no chão.

Subi as escadas indo em direção ao meu quarto, que agora pertencia a Luke também. Não precisei fazer muitas mudanças quando ele veio morar comigo, já que eu já tinha uma cama de casal e um guarda roupa bem grande. Apenas minha rotina mudou um pouco pelo fato dele dormir bem tarde e agora precisarmos comprar alimento para três.

Antes de entrar pelas portas, pendurei uma guirlanda com sinos de natal no meio dela, encararando Luke com um sorriso ao ver como ficou.

Luke pegou um enfeite de bengala doce e pendurou na maçaneta da porta a abrindo logo depois.

— Agora sim essa casa está entrando em clima natalino! — Ele sorriu para mim, e se sentou em nossa cama. — O Natal é a minha época favorita do ano, depois do aniversário de namoro.

— Eu não era muito fã do Natal há alguns anos atrás. — Falei, indo em direção a janela para pendurar mais alguns enfeites. — O Natal é uma época em que as famílias se juntam para comemorar, e como eu não tinha uma família, eu passava o dia inteiro trancada no quarto. Era muito ruim ver todos animados e comemorando em uma perfeita harmonia, porque toda vez eu me perguntava se um dia teria algo assim. — Pendurei um festão nevado na janela. — E finalmente tenho agora.

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