Depois de juntar suprimentos para as próximas horas, Kara a conduziu para dentro, e Lena ficou ainda mais impressionada. A tenda era grande o suficiente para acomodar dez pessoas, e Kara conseguia ficar de pé dentro dela. O tecido da cor de areia era grosso e fresco, de perfeita isolação; as aberturas ficavam seladas quando fechadas e a ventilação era engenhosa.
Mas ainda estava quente. Muito quente. E a maior parte do calor estava sendo gerada por sua companheira brutamonte.
Ela tomou água e levantou o olhar, e encontrou Kara encarando-a com aqueles olhos que queimavam brandamente como carvões.
— Tire suas roupas.
Lena se assustou ao ouvir o murmúrio grave, com um jorro de sangue vindo de suas entranhas corando sua pele.
Kara baixou o olhar, como se procurasse a origem daquele fluxo que percorria o pescoço e as faces Lena
E isso foi antes de Kara acrescentar:
— Toda a roupa.
Lena a encarou, a primeira derrota desde que ela a conhecera. Essa era a última coisa que ela... Ela...
Então os lábios de Kara se crisparam, um canto arqueando-se maliciosamente e traindo a seriedade em sua voz quando elaborou:
— Se não tirar, você vai suar litros que não vai poder repor.
— Oh. Claro. — Lena mordeu o lábio inferior, meneando, dispersando o alarde ridículo e a tentação que a acometera.
O problema era que, em uma situação comum desse tipo, ela ficaria apenas com a roupa íntima, que se resumiria a um conservador biquíni. Mas, como estava usando apenas uma camisa masculina, ela ficaria apenas de short. E Lena não sabia o que a mortificava mais. Que Kara a visse de topless, ou que visse a quão ridícula ela ficaria neles.
Oh, certo. E isso era motivo para arriscar uma desidratação? Ela meneou a cabeça, bufando.
— Será que você podia se virar?
Kara lançou-lhe um olhar falsamente inocente.
— Por quê?
Então Kara começou a despir as poucas roupas que lhe restavam. Começou tirando as botas, e se endireitou para abrir o cinto. Os olhos de Lena acompanhavam cada movimento.
Quando ela percebeu que estava com a boca aberta e que seus olhos se baixavam, antecipando a grande revelação, ela sentiu a fúria surgir para extinguir sua mortificação e acordá-la do torpor.
Lena encarou desafiadoramente o olhar de sua mestra-carrasca, e então começou a despir-se. Se Kara pensava que ela desmaiaria ao ver seus dotes, que ela se viraria modestamente ou tentaria proteger a própria nudez com braços virginais, era melhor ela pensar duas vezes!
Enquanto Lena se preparava para tirar a camiseta, Kara ergueu os braços e manipulou algo no teto. Uma pesada partição de tecido despencou entre eles.
Lena congelou, encarando a superfície opaca a centímetros de seus olhos, até que a voz galhofeira do outro lado despertou.
— Sua... Sua... Traiçoeira!
Uma mistura de alívio e desgosto a invadiu enquanto ela arrancava o resto das roupas, ao som da risada de Kara. Ela atacou o fino colchão como se fosse ela
Mas, se Lena achava que iria se deitar e virar para o lado com Kara a alguns centímetros e com apenas um pano entre elas, ela estava enganada. Lena não sentira nada no instante em que se deitara, até sentir as carícias dela
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Como provocar uma princesa
FanfictionA princesa Kara Zor-El resgatou Lena Luthor, então refém da tribo rival de sua família, carregando-a em seus braços fortes. Porém, logo descobriu que havia muito mais do que imaginava por trás daquela beleza selvagem. Lena guardava uma importante in...