Capítulo 16

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Depois de juntar suprimentos para as próximas horas, Kara a conduziu para dentro, e Lena ficou ainda mais impressionada. A tenda era grande o suficiente para acomodar dez pessoas, e Kara conseguia ficar de pé dentro dela. O tecido da cor de areia era grosso e fresco, de perfeita isolação; as aberturas ficavam seladas quando fechadas e a ventilação era engenhosa.

Mas ainda estava quente. Muito quente. E a maior parte do calor estava sendo gerada por sua companheira brutamonte.

Ela tomou água e levantou o olhar, e encontrou Kara encarando-a com aqueles olhos que queimavam brandamente como carvões.

— Tire suas roupas.

Lena se assustou ao ouvir o murmúrio grave, com um jorro de sangue vindo de suas entranhas corando sua pele.

Kara baixou o olhar, como se procurasse a origem daquele fluxo que percorria o pescoço e as faces Lena

E isso foi antes de Kara acrescentar:

— Toda a roupa.

Lena a encarou, a primeira derrota desde que ela a conhecera. Essa era a última coisa que ela... Ela...

Então os lábios de Kara se crisparam, um canto arqueando-se maliciosamente e traindo a seriedade em sua voz quando elaborou:

— Se não tirar, você vai suar litros que não vai poder repor.

— Oh. Claro. — Lena mordeu o lábio inferior, meneando, dispersando o alarde ridículo e a tentação que a acometera.

O problema era que, em uma situação comum desse tipo, ela ficaria apenas com a roupa íntima, que se resumiria a um conservador biquíni. Mas, como estava usando apenas uma camisa masculina, ela ficaria apenas de short. E Lena não sabia o que a mortificava mais. Que Kara a visse de topless, ou que visse a quão ridícula ela ficaria neles.

Oh, certo. E isso era motivo para arriscar uma desidratação? Ela meneou a cabeça, bufando.

— Será que você podia se virar?

Kara lançou-lhe um olhar falsamente inocente.

— Por quê?

Então Kara começou a despir as poucas roupas que lhe restavam. Começou tirando as botas, e se endireitou para abrir o cinto. Os olhos de Lena acompanhavam cada movimento.

Quando ela percebeu que estava com a boca aberta e que seus olhos se baixavam, antecipando a grande revelação, ela sentiu a fúria surgir para extinguir sua mortificação e acordá-la do torpor.

Lena encarou desafiadoramente o olhar de sua mestra-carrasca, e então começou a despir-se. Se Kara pensava que ela desmaiaria ao ver seus dotes, que ela se viraria modestamente ou tentaria proteger a própria nudez com braços virginais, era melhor ela pensar duas vezes!

Enquanto Lena se preparava para tirar a camiseta, Kara ergueu os braços e manipulou algo no teto. Uma pesada partição de tecido despencou entre eles.

Lena congelou, encarando a superfície opaca a centímetros de seus olhos, até que a voz galhofeira do outro lado despertou.

— Sua... Sua... Traiçoeira!

Uma mistura de alívio e desgosto a invadiu enquanto ela arrancava o resto das roupas, ao som da risada de Kara. Ela atacou o fino colchão como se fosse ela

Mas, se Lena achava que iria se deitar e virar para o lado com Kara a alguns centímetros e com apenas um pano entre elas, ela estava enganada. Lena não sentira nada no instante em que se deitara, até sentir as carícias dela

Como provocar uma princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora