A volta de Lena à capital foi o total oposto de sua partida.
Voltar em um helicóptero real cercada por princesas era algo que ela certamente nem sonhara quando fora sequestrada, havia vinte dias. Mas estar ao lado de Kara conforme o mundo real se aproximava a fez perceber o peso do tempo que viveram juntas
Depois de aterrissarem no aeroporto privado, Lena trocou de roupa, vestindo as que Kara mandara serem entregues ali enquanto ela também se trocava, antes de irem para o palácio em limusines separadas.
Kara lhe dissera que elas não podiam aparecer juntas. Além daqueles que sabiam da verdade, todos pensavam que ela havia desaparecido em uma missão corriqueira. Mas os traidores no palácio saberiam do que se tratava aquela missão. Se ela fosse vista com Kara, descobririam sua verdadeira identidade. Assim, ela chegaria ao palácio como uma amiga de sua prima Carol. Ela fingiria se envolver com Lena, o que pareceria natural a todos.
Lena disse que iria retomar o contato com seu informante para obter o resto das informações. Mas Kara a proibiu. Ela não a poria em perigo de maneira alguma, nem mesmo se o reino estivesse em jogo. Kara acharia outra forma de descobrir a verdade.
Então, relutante em deixá-la, Kara lhe deu um celular para que elas se falassem até que pudessem voltar a se ver. O que ela pretendia fazer assim que possível.
Chegar ao palácio que se assemelhava ao Taj Mahal, só que bem maior foi á única coisa que a fez esquecer aquela situação e a desolação por estar longe de Kara
Quando pesquisara por Krypton antes de viajar, Lena descobriu que o palácio de meados do século XVII levara mais de três décadas para ser construído, e que precisou de milhares de artistas e artesãos. Mas uma coisa era olhar fotos detalhadas, independentemente do quão deslumbrante elas possam ser, e outra totalmente diferente é pisar no lugar com os próprios pés, sentindo a história e a grandeza que saturam as paredes e salões ao seu redor permearem seus sentidos.
E não importava o que Kara dissesse, Lena precisava fazer o que fosse possível para proteger aquele legado. Ainda que não tivesse se apaixonado por Kara. O reino todo estava imerso na paz e prosperidade. Ela fora preconceituosa ao pensar que eles estariam melhores sem a família real, que fizera tanto por eles.
Assim que Lena ligou para seu informante, reiniciando o contato, o telefone em sua mão criou vida.
— Tenho novidades, meu bem. As investigações e negociações que pedi para que minha família fizesse enquanto eu estava fora renderam frutos. Seu irmão será libertado. E não haverá outro julgamento. As acusações serão retiradas e ele receberá desculpas públicas em todos os jornais internacionais, e tudo mais o que ele exigir como compensação.
Dizer que ela estava abismada seria o mesmo que dizer que seu amor por Kara era algo passageiro. Lena começou a balbuciar seus agradecimentos, quando Kara continuou:
— Perdoe-me, meu bem, mas tenho outra coisa urgente. Ligarei assim que puder. Até lá, meus parabéns, meu girassol.
Lena encarou o telefone, pasma. Lex. Livre. Terminara. Calmamente terminara. Ela iria ter o irmão de volta. Ele teria sua vida de volta. Aquilo era demais para ela. Kara não contara que já estava trabalhando para exonerar Lex. Mas ela conseguira.
Ela deitou-se na cama e curvou-se em posição fetal. Sentiu que poderia explodir de tanto amor, alívio e gratidão.
Então ela entrou em um frenesi de determinação, e discou o número de seu informante. O número havia sido desabilitado. Ela tentou novamente, para ter certeza de que não discara o número errado. Deveria ser um número temporário, para que ele não fosse rastreado. Pensando da mesma forma, Lena entrou na internet e enviou-lhe um e-mail, listando seus números de telefone.
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Como provocar uma princesa
FanfictionA princesa Kara Zor-El resgatou Lena Luthor, então refém da tribo rival de sua família, carregando-a em seus braços fortes. Porém, logo descobriu que havia muito mais do que imaginava por trás daquela beleza selvagem. Lena guardava uma importante in...