Capítulo 8

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O sorriso de Lena era de condescendência e indignação.

— Sou um refrescante banho de ácido comparado a toda doçura artificial e pegajosa à qual você está acostumada, não é, sua tola mimada?

Kara colocou a mão sobre o lado ferido enquanto ria e gemia de dor ao mesmo tempo.

— Você é simplesmente hilariante, uma gata selvagem irreverente e destemida

— Não se atreva a me chamar assim de novo!

— Lena...

— E também não me chame assim. Sou L. Luthor. Não, doutora Luthor para você. Não, não sou nada para você. Então não me chame de nada! — Kara começou a dizer o nome dela novamente, mas ela a interrompeu. — E agora eu retiro tudo que disse sobre você. Você não é nada. Você é mais uma desses ditadores egoístas e criminosos. Espera aí: já que você foi enviada para me resgatar, você provavelmente está nos escalões mais inferiores, talvez até seja dispensável. Não que isso a torne melhor que seus superiores.

Kara ficou paralisada

— Você não sabe quem eu sou?

— Você é uma Zor-el — ela disse com desprezo. — É tudo que eu preciso saber.

Saber quem Kara realmente era mudaria a atitude dela? Para melhor? Kara esperava que sim. O antagonismo de Lena, que agora parecia definitivo, estava rapidamente perdendo seu charme.

— Não sou só uma Zor-el. Sou Kara

— É eu ouvi da primeira vez. Mas só Kara? Como Elvis ou algo do tipo?

— Por aqui? Eu diria Capitão Kirk. Você realmente não sabe do que está falando, sabe?

Lena estreitou os olhos.

— Então você é famosa?

Kara bufou, apagando os últimos traços de euforia.

— A terceira maior famosa, sim.

Kara observou a mente extremamente rápida dela chegar a uma conclusão. Lena ainda a encarava, esperando que ela dissesse algo que negasse aquela declaração e sua dedução.

Kara arqueou uma sobrancelha, instigando-a. Ela queria ver de uma vez a reação que sua identidade sempre causava, e terminar logo com isso.

Lena balançou a cabeça, confusa, seus lábios se abrindo e fechando em diversos surtos abortados, antes de finalmente conseguir dizer:

— Você é aquela Kara Zor-el?

— Quer dizer que há outras? E eu achando que era a única...

— E eu achando que o estereótipo da loira burra já havia desaparecido há muito tempo. Obviamente não em Krypton, se acha que vou cair nessa.

— Na verdade acho que você é superiormente inteligente e bem informada. Em geral. Mas, neste caso específico, acho que está sofrendo de um caso severo de desinformação - Kara falou

— Ótimo. Uma das características da inteligência superior é ter a mente aberta. Então eis aqui minha mente, tão vasta quanto o deserto, e pronta para as informações certas. O que a segunda filha do rei e adorado ministro do interior de Krypton está fazendo em uma missão de resgate?

— Viu só? Brilhante. Você vai direto à lógica de qualquer situação. E, como a pergunta é a única a ser feita, a resposta também é singular. Eu não podia confiar a mais ninguém esta missão. Tinha de vir pessoalmente. E agradeço que as circunstâncias tenham necessitado de minha presença.

Como provocar uma princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora