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Luiz Rodrigues

— Ela dormiu? — Levi pergunta me olhando pelo retrovisor.

— É o que parece — Respondo analisando Eloá deitada em meu colo de boca aberta.

— A quanto tempo que ela bebe assim? — Perguntou — Quando eu ainda estava aqui ela não encostava álcool na boca.

— Quando tu tava por perto né pô, porquê a Eloá sempre gostou de beber mais como tu não gostava ela não bebia em respeito a tu.

— Não, não tem nada a ver.

— Tenta lembrar de um momento que ela aceitou bebida do teu lado? — Questionei, ele ficou pensativo — Pois é, não tem porque ela só bebia quando tu não tava por perto.

— Nunca a proibi de beber — Se defendeu.

— To ligado nisso mais ela não bebia por escolha dela pô, só te acompanhava nas paradas — Respondo, ele balança a cabeça.

Quando chegamos em frente a nossa casa, acordei Eloá que ficou resmungando.

— A gente chegou na minha casa?

Ela perguntou sonolenta.

— Na casa dos nossos pais — Respondo.

— Não, a mãe vai falar pra mim.

Diz passando a mão no rosto.

— Pra tua sorte nossos pais não estão em casa, bora levanta ai — Mandei batendo no braço dela.

— Quero dormir — Resmungou.

— Quer que eu leve ela? tu abre a porta — Levi diz se metendo na conversa.

— Não! O Luiz me ajuda — Eloá diz, ela se levanta no pulo e na rapidez bate a cabeça no teto.

— Aiii — Fechou os olhos colocando a mão no local.

— Caralho, isso tudo pra não ficar perto de mim? — Levi perguntou em tom descontraído mais na real ele tava sentindo.

— Sim, vamo Luiz — Chamou abrindo a porta do carro.

— Aí valeu aí mano — Encaro meu ex cunhado que sorriu balançando a cabeça.

— Tamo ai pra qualquer coisa — Fez um toque comigo, eu desci do carro e fui ajudar a maluca que estava cambaleando.

Abri a porta da casa e ela já foi caindo se segurando na parede, fui guiando ela até o quarto e a filha da mãe não calava a porra da boca, falava pra caralho. Se nossos pais tivessem em casa certeza ela iria acordar eles.

— Luiz a água ta gelada cara, eu não quero — Resmungou — Eu vou dormir assim.

— Entra na porra da água logo, Eloá.

A puxei pelo braço e a empurrei pro chuveiro de roupa tudo, ela gritou me xingando pra caralho.

— Eu te odeio Luiz, te odeio.

Começou a chorar do nada.

— Ih ficou doidona — Soltei uma risada me encostando na parede.

— Para de rir de mim, para de ser contra mim seu chato — Resmungou jogando água em cima de mim.

— Não me molha, porra.

Dei um pulo pra trás.

— Pra você parar de ser um péssimo irmão mais novo — Diz, ela se encosta na parede e deixa a água gelada cair na metade do corpo — Eu odeio você por ter deixando aquele lá me trazer.

Futuro PrometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora