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Eloá Rodrigues

Ele está tão gostoso e cheiroso, minha nossa, porque ele precisa se perfumar tanto? Puta que pariu.

Estamos aqui andando pela rua das pedras conversando, Levi está me contando sobre seu trabalho e sua vida em São Paulo durante esses dois anos, achava lindo sua paixão pela advocacia e como ele ficava empolgado falando sobre isso.

— E o seu trabalho — Me olhou — Aquele pau no cu ainda ta te atormentando?

Solto uma risada de como ele referiu ao Cortez.

— Infelizmente, ele nunca vai me deixar em paz. A diversão dele é me infernizar na loja.

— Porque ainda não saiu de lá? — Perguntou, eu semicerro os olhos — Tu se formou em administração, queria montar um negócio até pensou em fazer parceria com a Moana. Porquê ainda não fez isso?

— Eu ainda sinto que não estou preparada, tipo tem muitas coisas pra fazer sabe e a Moana também então as coisas complicam — Dou de ombros — Apesar do Cortez ser um grande idiota eu gosto do meu trabalho e ganho bem.

— Hum, to ligado.

— Olha tem churros ali, vem — Chamo ele passando pelas pessoas, espero os dois homens comprarem depois peço dois um pra mim e outro pro Levi — Deixa que eu pago.

Aviso quando vejo ele tirar a carteira do bolso, ele para me olhando e eu sorrio.

— É só um churros — Digo pegando o dinheiro e entregando ao senhor que agradece.

Saímos caminhando e nos sentamos em um dos bancos que encontramos, estava ventando muito e meu cabelo voava, acabou acertando o rosto do Levi.

— Argh foi mal — Reclamo puxando meu cabelo todo pro lado.

— Relaxa, de boa.

— As vezes odeio meu cabelo cara, ele dar muito trabalho ainda mais longo desse jeito — Comento — To pensando em meter um corte ou alisar.

— Ih ta maluca? Teu cabelo é bonito, Eloá. Faz nada não — Negou — Tu já alisou, fica da hora mais nada ganha tu cacheada .

Foi impossível esconder o sorriso, elogiar meu cabelo mesmo eu criticando é como comprar centenas de chocolates quando estou com cólica.

— Obrigada, eu só acho que ele dá um pouquinho de trabalho - Dou de ombros, olhando pro cabelo.

— Sabe quem gosta do seu cabelo?

Perguntou com um sorriso no rosto, eu semicerro os olhos.

— Quem?

— A Ana Liz, ela acha teu cabelo muito bonito.

— Sua filha? — Pergunto só pra ter certeza — Ela me conhece?

Eu estava realmente surpresa.

— Claro, eu falo de você pra ela — Afirma — Ela gosta de ouvir a história da menininha que subiu em uma árvore pra pegar um gatinho, também a história do cachorrinho que a protegia do garoto que perturbava ela — Diz, eu solto uma risada — Uma das preferidas dela é da menina que ia pra escola toda sexta com uma fantasia diferente.

— Eu espero que não tenha contado as histórias de quando essa menininha aprontava.

— Eu a poupei disso, pra ela não repetir — Falou, eu gargalhei.

— Ai cara eu era uma peste, meu Deus — Balanço a cabeça.

— Era?

Me olhou.

Futuro PrometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora