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Eloá Rodrigues

— Eu nunca mais bebo — Digo zero convicta, sentindo minha cabeça doer como se fosse explodir.

— Você já falou isso quantas vezes depois de tomar um porre? — Levi perguntou colocando xícara de café na minha frente, solta um suspiro sentindo o cheiro maravilhoso adentrar minhas narinas como se fosse o perfume mais gostoso do mundo.

Eu amo café.

— Deveriam inventar álcool sem sintomas nenhum no dia seguinte, isso seria a melhor invenção do mundo.

Digo, ele solta uma risada.

— Impossível.

Tomo meu gole de café e pego um pão de queijo dando uma mordida, minha barriga estava roncando e eu comeria tudo o que tem na mesa. Levi adorava preparar o café da manhã, ele deixava várias opções pra mim e eu comia todas possíveis.

— Eu dormi de cabelo molhado, não era pra ter deixado isso acontecer — Murmuro sentindo meu cabelo ainda úmido, ele é difícil de secar e eu odiava dormir com ele assim.

— Você não me deixou secar, foi logo dormir.

— Antes do álcool te destruir, ele te humilha.

Suspiro pegando um pedaço do bolo de coco.

— Quer uma carona pra casa dos seus pais ou vai no seu carro?

— Vou no meu carro — Respondo após tomar um gole do café — Depois vou na casa do Renato encontrar a Moana.

— Beleza, vou dar uma volta com a Liz enquanto a faxineira dar uma geral aqui em casa - Diz.

— A festa foi uma loucura - Comento - Me divertir horrores, ainda bem que não passou em branco se não iria ficar remoendo até o meu próximo aniversário.

— Você odeia não comemorar seu aniversário desde criança. Lembro que no seu aniversário de dez anos tu ficou doente e mesmo assim pediu pro Vitor fazer a festa.

— Eu queria ganhar presentes e cantar parabéns ué.

— Tua mãe ficou puta da vida, quase te arrastou pra um hospital depois que tu vomitou. Eu também quase fui direcionado pra um porque te zoei - Comentou coçando a nuca.

— Você me perseguia, Gabriel. Eu não podia fazer nada que vinha me provocar.

— Era minha diversão preferida - Diz, eu semicerro os olhos balançando a cabeça em negação.

Quando éramos criança eu e o Levi vivíamos em pé de guerra, não podíamos nos triscar que parecia que levávamos choque. Nossos pais já cansaram de nos separar e ele como sempre gostava de debochar da minha cara e eu partia pra cima dele, era um tosco. Até que quando nos tornamos adolescentes ele foi parando de me importunar, foi ai que veio os primeiros flertes e as primeiras declarações.

— Vou tomar um banho - Digo me levantando - E ai vamos?

Estendo minha mão pra ele que rir.

— Você quer que eu te ajude a tomar banho, Eloá?

Semicerrou os olhos me olhando com malicia, eu soltei um suspiro deixando meu robe cair sobre os ombros deixando metade dos meus seios a mostra.

— Se não quiser não tem problema meu amor.

Dou as costas pra ele e caminho pra fora da cozinha até que ouço passos vindo atrás de mim, abro um sorriso sabendo que ele não resistiria, em segundos os braços do meu namorado estão em volta do meu corpo e seu rosto na curva do meu pescoço.

Futuro PrometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora