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Catarina Sorrano

— Eu ainda não acredito quê vocês estão juntos — Michel diz nos olhando — Ainda parece um brisa que bateu errada.

— Para de nos olhar assim, seu feio —Tento chuta-lo e ele desvia pegando de raspão.

— É que tu falava mal dele e tá ai sentada no colo do mano fingindo que nada aconteceu — Diz fazendo uma careta, eu o repreendo com o olhar.

— Sabia que falava mal de mim — Luiz belisca minha coxa, eu reclamo batendo na mão dele — Mais to ligado que isso tudo era amor incubado.

— Sempre falei isso, irmão — Michel aponta pra ele, os dois riem.

— E era na cara de pau pô, nem disfarçava.

— Para de caô — Bato em seu braço, ele explode na risada.

— Teve que dar uma chance né, cria? Mulher não saia do pé.

Michel diz, eu o encaro feio agora acertando um chute na sua canela.

— Ai caralho, doeu filha da puta — Xingou levando a mão no lugar doído.

— Bem feito.

— Ih tamo só zoando gata, relaxa — Luiz passa a mão na minha coxa, ele tenta vim beijar meu pescoço mais eu afasto.

— Eu vou enfiar a porrada nos dois — Aponto.

— Paramos, paramos — Michel levantou às mãos em rendição — Pra que tanta violência irmã?

Mostro o dedo do meio para ele que rir, em seguida leva a mão a perna passando no local que chutei.

Tomo o resto da minha cerveja depois como um pedaço dos petiscos que tínhamos pedido. Estamos aqui no bar do Zeca bebendo e batendo um papo furado, é sete da noite e o bar tá movimentado mas como sempre o Zeca tinha deixado nossa mesa do cantinho perto da porta reservada.

— Ai papo serio agora — Luiz falo se ajeitando na cadeira — Queria te falar uma parada.

Falou olhando pro Michel que franze o cenho confuso, eu encosto na cadeira já imaginando o que meu namorado iria falar.

— To te falando na moralzinha porque eu te considero, mas ontem rolou uma comemoração na família — Diz — A Eloá foi pedida em casamento, ta ligado?

Michel abre a boca e fecha novamente, não consigo o decifrar firmemente sua expressão, mas pelo olhar não vejo tanta surpresa.

— Ja imaginava — Riu — Relaxa cria, tá tudo certo.

— A gente só queria te falar isso porque sabemos que tu gostava dela.

— To ligado, mas eu e a Eloá nunca tivemos nada serio. Era uma amizade com benefícios e eu sabia aonde eu tava me metendo.

Ele diz, eu balanço a cabeça.

— Quando passamos noite juntos ela falava o nome dele, ali eu já sabia que o branquelo tinha o coração dela.

— É, ela sempre fala de noite — Luiz diz.

— É irmãozinho, fazer o que — Deu de ombros pegando uma batata frita no prato — Fico feliz pela Eloá, gosto de vê-la feliz.

A sinceridade no olhar e na voz me fazer abrir um sorriso, Michel estava sendo sincero e pelo jeito levou 'numa boa' considerando que ele ainda tem uma queda pela minha cunhada.

— Eu vou pegar mais cerveja — Aviso me levantado, arrumo short e sigo até a bancada, chamo uma das meninas que trabalha lá e peço uma cerveja.

Dou uma olhada no bar e como sempre chegando mais gente, os funcionários do seu Zeca colocando as meses de plástico do lado fora para as pessoas poderem se acomodarem, a praça também tava daquele jeito e eu sorrio vendo Brayan na rodinha com varias meninas.

Futuro PrometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora