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Eloá Rodrigues

Depois do lanche com Luiz levei ele pra casa e aproveitei pra ver meus pais, já que vivem reclamando que só me vêm final de semana, principalmente Mayara mô drama.

— Boa noite, gatinho — Abraço meu pai por trás, ele tava na cozinha preparando a comida.

— Aconteceu alguma parada contigo?

Ele perguntou me olhando por cima do ombro assim que afastei.

— Não, porque?

— Tu aparecendo aqui dia de semana, estranho — Eu rolo os olhos, ele soltou uma risada — E ai princesa, como tu ta?

— Bem, o que ta preparando aí?

Perguntei esticando o olhar pra ver, o cheiro tava ótimo.

— Jantar pra tua mãe, tu sabe que quando ela chega cansada é pra amassar a comida.

— Sim, ela ainda não chegou do escritório?

Perguntei me sentando em uma das cadeiras.

— Chegou e saiu de novo quando um dos clientes ligou, pelo que entendi alguém foi preso — Diz.

— Quem foi preso? Aí o cheiro tá gostozin coroa — Luiz falou entrando na cozinha já se metendo do lado do meu pai pra ver o que ele tava fazendo

— Coroa é meu pau, tu me respeita moleque — Olhou feião pro Luiz que riu.

— Bife acebolado do jeito que o pai gosta — Esfregou as mãos sorrindo.

— Tu acabou de comer, garoto.

— Eu lanchei pô, falta jantar né — Diz — Ai Pai, comi dois podrão e a Eloá que pagou pra mim.

— Sem câo, Ta falando serio mermo?— Olhou desacreditado pro Luiz que confirmou.

— Ai para, vocês são chatos demais pô.

— Fui até pegar minha carteira pra pagar meu lanche mais ai vi ela tirar o cartão pagando tudo, quase chorei — Luiz Gastou.

— Deve ser por isso que o céu ta nublado, vai chover — Papai diz olhando pra janela.

— Aargh que insuportáveis — Gruni, eles gargalharam.

— Colfoi tu é maior mão fechada pô, nós fica até surpreso — Meu irmão diz — Ainda mais pra mim.

— Eu não pago porque você também não paga pra mim — Rebato — Sempre reclama.

— Porque tu reclama.

— Ae sem discussão — Mandou desligando o fogo e se virando pra gente — Nós ta falando essa parada aí porque tu é mão fechada pra caraca, igual teu vô Nelson.

— Osh se vocês tem o dinheiro eu vou pagar pra que? É assim que se economiza — Dou de ombros.

— Pão dura do caralho mermo — Luiz resmunga, eu mostro o dedo do meio pra ele.

— Vai jantar aqui? — Meu pai me perguntou arrumando a mesa, eu apenas assenti me levantando pra ajudar ele.

— Ai to na maior larica, posso amassar logo? — Luiz perguntou.

— Come ai, nem sei que horas tua mãe vem — Diz olhando o horário em seu Rolex — Vou tomar um banho.

Avisou, eu balancei a cabeça arrumando o resto da mesa colocando talheres e pratos com as panelas em cima para nos servir.

Futuro PrometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora