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Catarina Sorrano
Encaro Luiz com curiosidade, observando inquieto e aflito, já tentei acalma-lo várias vezes mas nada funciona, to quase pra dar um sonífero pra ver se ele dorme.
Luiz tinha ligado pra Alicia assim que saímos da casa do Levi, tinha combinado de encontrar com ela na clínica. Combinei com o Luiz de deixar ela "escolher" a clinica, ai sim ela não vai desconfiar do nosso plano de tentar desmascara-la.
— Na moral eu ainda to bolado com essa história, como é que esse filho pode ser meu se eu usava camisinha o tempo todo? — Perguntou.
— As vezes falha — Comentei, ele me olhou.
— Caralho tu quer que esse filho seja meu?
— Não, ta maluco — Me levanto da calçada e vou até ele — Eu só comentei por alto, estou dizendo que acontece de falhar.
Digo tentando acama-lo, quem passava pela rua percebia que ele tava parecendo um maluco desesperado.
— Eu não transo sem camisinha, eu ainda aviso das paradas da pílula e acompanho essa parada certinho de ciclo.
Ele realmente era pirado nessas coisas, se cuidava e não deixava nada passar abatido, ele ta certo.
— Eu não quero ser pai, caralho.
Despejou, eu puxei ele para um abraço.
— Ta tudo bem, relaxa. Vai ficar tudo bem — Aliso suas costas, ele envolve seus braços em meu corpo e me aperta.
Seus músculos relaxam o que dá uma sensação que está se sentindo seguro, sentindo o apoio que eu estava dando a ele.
— Ah foi por isso que você terminou não é, Luis? — A voz da branquela entra no meu ouvido como pesadelo.
Nos se separamos e seguimos nosso olhar em direção a ela que estava me olhando como se fosse me matar ali, Deus me livre, vai quebrando toda essa maldição em cima de mim.
Um olhar daqueles eu sairia carregada daqui, só de coisa ruim que ela tava jogando pra mim em pensamentos.
— Você só queria uma desculpinha pra terminar comigo, não é Luiz? Era bem essa vagabunda colocando coisa na sua cabeça — Apontou pra mim — Sempre soube que ela queria dar pra você.
Respirei fundo e cruzei os braços sabendo que nada daquilo me atingia, já recebi xingamentos piores nega.
— Tu muito sinica, papo reto — Luiz bufou — Vamo fazer logo essa porra, to estressado já.
— Ela não entra — Bateu o pé.
— A clinica é tua caralho? — Luiz encarou ela furioso.
— Se ela for, eu não faço — Diz firme, eu reviro os olhos com a infantilidade.
— Vai tranquilo, vou ta aqui fora te esperando — Falo pro Luiz, que me olha ainda indignado com a ex — Quando mais rápido for, mais rápido a gente se livra dela.
Digo baixinho, ele rir fraco balançando a cabeça.
— Bora logo — Falou pra Alicia que se empinou toda e saiu andando na frente. Ela estava usando um vestido bem claro que era um pouco solto, não dava de perceber barriga nenhuma. Mas não podemos dizer que não tem bebê ali, até porque ela é magrinha e a barriga pode vim só depois.
Subi pra entrada da clinica e me sentei em um dos bancos perto dos seguranças que ficavam ali perto, não queria ficar sozinha lá fora na calçada. Peguei meu celular e fui avisar a Eloá o que ocorreu, aproveito pra mandar mensagem pra Mirella a enfermeira que vai nos ajudar.
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Futuro Prometido
Romance||+16|| "A maioria de nós entende que o futuro não nos é prometido. Ele é construído dia após dia, por meio das escolhas que você faz. O futuro é conquistado, pouco a pouco, através de muito trabalho duro e ação. Se você não agir de acordo, esse son...