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Poucos capítulos pro fim.

Levi Gabriel Menezes

— Eu não acredito que você fez isso, Levi. Que bobo! — Elane balançou a cabeça em negação.

— Bobo nada, isso foi estupidez — Marcela, amiga da Elane, a corrigiu me julgando mais ainda.

— Beleza, eu já sei, mandei muito mal mesmo. Mais eu não consigo levar a amizade deles a sério, pô o cara já se envolveu com ela e fica parecendo um idiota quando ela vai falar com ele.

— Mais não é preciso ir jogar a culpa nela.

— Eu não joguei a culpa nela — Nego — Apenas demonstrei minha insatisfação vendo ela conversar com ele.

— Pior ainda que foi na oficina do pai dela — Marcela recita, eu bufo ainda me maltratando mentalmente por ter feito aquilo — Mais a sua sorte é que ela louca por você, se não você tinha perdido a Eloá a muito tempo.

— Marcela tem razão. Então acho bom você ir atrás dela e concertar as coisas.

Elane mandou séria, eu franzo o cenho surpreso com sua atitude. Eu sei o que tivemos não foi nada com grandes sentimentos envolvidos, mas ela tinha um certo receio da Eloá e ela já verbalizou isso. Agora percebo que ela realmente superou isso.

— Não se preocupe com a Ana, ela passou o dia todo com você e não vai se importar se você ir agora — Elane fala olhando pra nossa filha que estava deitada no chão da sala pintando um desenho.

— Leva flores, mulheres adoram flores mesmo dizendo que não gostam — Marcela dá ideia.

— Cuida, vai logo.

— Ih já que estão me expulsando eu to indo — Levanto as mãos em rendição.

— Sem dramas.

— Impossível — Marcela negou. Eu mostro o dedo do meio, ela age como não a atingisse.

Me levanto da poltrona e caminho até minha filha, quando ela me ver se aproximando abre um sorriso.

— Oi princesa, tenho que ir pra casa mais amanhã o papai te pega de novo. Beleza?

— Beleza papai — Sorriu voltando a pintar.

— É isso? Cadê o beijo do papai? — Questionei, a pequena se levantou e veio até a mim beijando meu rosto.

— Até amanhã.

— Te amo.

— Amo você papaizinho — Ela apertou minha bochecha e beijou novamente meu rosto — Vou pintar os desenhos que a tia Marcela tlouxe, são lindinhos.

— Gostou da tia Marcela ter vindo né? — Perguntei passando a mão no seu cabelo.

— Sim, ela é muito legal — Sorriu, meu olhar vai imediatamente para Elane e Marcela que riam bebendo vinho, a mão da loira vai para a perna de Elane que não recua apenas rir tombando a cabeça pro lado.

Conheço a Marcela tem um ano, ela é advogada e trabalho comigo algumas vezes. Ela é daqui do Rio e quando ia pra São Paulo vivia com a Elane pra cima e pra baixo, as duas já se conheciam a mais tempo.

— To indo, juízo vocês ai — Aviso apontando para as duas, Elane sorriu envergonhada e Marcela revirou os olhos.

Saio do apartamento e aperto o botão do elevador, as portas metálicas se abrem e eu entro apertando o botão do hall. Pego meu celular no bolso e mando uma mensagem pra um amigo que tem uma Temakeria pedindo uma barca de sushi, ele respondeu que ficaria pronto em dez minutos. Entrei na conversa com Moana e mandei uma mensagem perguntando aonde ela estava.

Futuro PrometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora