Futuro Prometido

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Elane Willians

— Você tem certeza disso? — Marcela me olhou ao pararmos em frente ao salão que acontecia a festa.

— Sim, pra você está tudo bem?

— Claro.

Afirma, eu sorrio agarrando sua mão. Entramos na festa e como aqueles cenas de filme todas as pessoas se viraram para nos encarar, observando com curiosidade e por incrível que pareça aquilo não me incomodou como pensei que incomodaria.

Descemos as pequenas escadas e caminhamos pelas pessoas que fizeram o favor de pelo menos tentar disfarçar, cumprimentei alguns conhecidos até chegar perto do meu pai que nos olhava com curiosidade.

— Elane.

— Oi pai — Abro um sorriso, ele desce o olhar para minhas mãos entrelaçadas com a Marcela.

— Trouxe uma amiga — Diz.

— Na verdade ela é mais que uma amiga — Revelo, ele pisca algumas vezes e seu olhar vai pra loira ao meu lado.

— Marcela, um prazer lhe conhecer — Se apresenta estendendo a mão ao meu pai, ele por educação aperta.

— Fiquem a vontade — Ele diz apenas isso e sai andando.

— Ele não foi tão cruel como pensei que seria — Comentou.

— Estamos em público, ele odeia ser fofoca.

— Entendi — Riu fraco — Olha ali, vamos cumprimentar o Levi e a Eloá.

Apontou avistando ele em uma mesa afastada, seguimos até o casal que sorriram ao nos ver.

— A Liz dormiu? — Levi perguntou.

— Sim, antes mesmo que eu saísse ela capotou— Respondo — Ficou brincando a tarde inteira na piscina com meu pai.

— Seu pai ele pareceu tranquilo ali.

— Ele odeia fofocas, não iria causar ali — Suspiro.

— Ou talvez esteja tranquilo com isso.

— É o Elon Willians de quem estamos falando, Levi.

— Não senti olhar julgador dele sobre mim e olha que eu noto isso muito bem — Marcela comentou.

— Mais tarde com mais calma vocês podem conversar — Eloá diz, eu concordo com a cabeça.

Será que isso realmente foi bom a se fazer? Entrar com a Marcela de mãos dadas em público sem ao menos dizer ao meu pai, acho que fui radical demais. Poderia ter conversado com ele primeiro, acho que entenderia.

Meu pai odiava fofocas e o que eu fiz nesse momento foi uma cena pra gerar comentários com seu nome, senhor porque eu não pensei antes de agir? Meu pai deve estar me odiando por dentro, devo te-lo decepcionado muito.

— Eu vou ao banheiro — Me levanto deixando a taça em cima da mesa.

— Ok.

Marcela me olha por alguns segundos e eu saio dali, precisava ficar sozinha por alguns minutos. Encontro um banheiro privado e eu entro rapidamente fechando a porta, minha cabeça começa girar sem parar e eu me encosto na porta.

Respiro fundo contando até dez, tento pensar em outras coisas, coisas boas. Fecho os olhos lembrando dos momentos que passo com minha filha, brincando e rindo. Como ela me faz feliz com apenas coisas bobas, o jeito que ela adora me acordar toda manhã e quando passamos horas vestindo as bonecas fingindo que elas estão em um desfile.