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Eloá Rodrigues

Outubro

Os meses foram passando rápido, minha vida começou a ficar igual uma montanha russa, cheia de emoções. Tava fazendo muita coisa no trabalho e no novo projeto, eu e Moana conseguimos comprar o espaço para montarmos nossa loja, eu simplesmente investi tudo o que eu tinha, minha mãe tentou se meter pra me ajudar mais eu não quis porque eu sabia que dava conta, até porque eu tinha dinheiro guardado e outros investimentos que estava dando certo.

Eu praticamente saía do meu trabalho e ia direto pra loja, o bom que era perto da casa da minha família assim eu tinha tempo de descansar e comer. Mais tava dando tudo certo, graças a Deus, tudo caminhando bem pra conseguirmos nos tonarmos ótimas empresarias.

Nosso plano é fazer a inauguração da loja daqui uns dias, no dia 23 de Outubro, estava tudo organizado e nós estamos animada demais.

— Amiga, você tá precisando descansar serio — Cleo diz, me olhando preocupada. Essa é segunda vez que ela fala isso — Você tomou café hoje?

— Sim, comi uma salada de frutas. Eu só não tenho dormido direito — Digo.

Passo a mão nos olhos e foco minha atenção no computador vendo à planilha, a luz do computador me incomodava fazendo minha cabeça doer.

— Pede dois dia de folga, regula seu sono e volta a trabalhar.

— Não posso, peguei na semana que viajei e se eu tirar agora de novo, o Cortez irá infernizar minha vida.

Cleo bufou irritada, eu continuei fazendo meu trabalho.

— Falta apenas uma hora pra acabar nosso expediente, sairemos daqui direto para praça de alimentação.

— Isso eu não posso negar — Falo, ela assentiu.

— E aqui temos uma das vendedoras que fica de tempo de papo com a gerente, eu já tinha mandando avisos que andam bem relaxados por aqui — Cortez diz, chegando ao lado de um homem bem vestido, daquele estilo mauricinho com o cabelo penteado pro lado.

Cleo se levanta ficando parada, ela engole seco olhando para os dois.

— Você não deveria estar atendendo? A loja está movimentada — O homem diz, eu franzo o cenho não entendendo quem era ele.

— Boa tarde eu sou a Eloá, gerente da loja — Me apresento, estendo a mão pra ele que aperta me analisando.

— Alonso Guerra, herdeiro dessa joalheira — Responde em um tom amargo, ele é filho da chefe — A senhora Guerra está viajando e mandou eu dar uma olhada nas lojas dela, to vendo que aqui a problemas com alguns funcionários. O senhor Cortez me passou o relato de algumas coisas que andam acontecendo por aqui.

— Tenho certeza que está tudo sobre o controle, todo mês mando um relatório para sua mãe com acontecimentos da loja e dos funcionários — Digo.

— Mais você omite algumas coisas — O filho da puta falou, eu trinquei o maxilar — Já contei ao Alonso o que vem acontecendo.

— Eu...eu já estava voltando ao trabalho — Cleo gagueja — Só vim aqui falar com a gerente.

— Então aproveite pra acertar suas contas, já que gosta de ficar sem fazer nada é melhor ir pra casa — Ele diz rude, eu arregalo os olhos.

— O que? — Eu e Cleo dizemos juntas.

— Está demitida — Fala alto, ele me olha — Acerte tudo com ela e contrate outro funcionário.

Futuro PrometidoOnde histórias criam vida. Descubra agora