Eu não sei lidar

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Depois de chegarem ao ápice juntos, os dois permaneceram abraçados: os corpos suados unidos, os fluidos de ambos escorrendo pelas pernas entrelaçadas.

— Jimin.

Os corações acelerados, podiam sentir no peito um do outro, enquanto as respirações acalmavam aos poucos.

— Jimin!

O calor insuportável de a pouco se tornando um morno confortável que os embalou naquele abraço apaixonado.

— Jimin!!!

— Que quê é, caralho??!

— Olha a boca, porra!

— Puff!... — Bufou, irritado, girando na cadeira pra dar de cara com sua mãe parada na porta do seu quarto, fazendo pra ele uma carranca tão ameaçadora quanto os braços marcados de músculos bem treinados e o abdômen trincado, exposto pelo habitual top e calça de moletom cintura baixa. — Que foi, velha? — Sim, pra um filho de uma campeã de boxe feminino, Jimin era bem ousado.

— "Que foi" eu que pergunto: você não pára com esse "tec, tec, tec" nesse computador. Tá escrevendo um trabalho?

— Sim. — Respondeu, evasivo, fechando a tampa do pc só pra garantir.

— E a faculdade? Não vai hoje?

— Vou mais tarde.

— E o treino?

— Não teve treino hoje. — Olhou a hora no celular. "Mais tarde", na verdade perdeu foi a hora escrevendo, já estava atrasado. — Dei uma semana de folga pros meninos.

— Folga do quê?

— Eles perderam o campeonato, mãe. — Revirou os olhos, se levantando da escrivaninha pra arrumar a mochila. — Voltar pro treino logo depois da derrota seria um desastre.

— Você tá parecendo o seu pai.

— O papai não dá folga pros alunos dele.

— Não, mas ele é cheio dessas historinhas moles.

— Sei... — "Falou a aposentada", pensou consigo. — A propósito, tem como pedir pra ele parar de mandar os alunos dele virem encher meu saco? Eu não vou entrar pro clube de dança.

— Ele ainda tá tentando? — A mulher riu alto, cruzando os braços e encostando o ombro ao batente da porta. — Posso falar com ele, mas duvido que adiante. Sabe como é seu pai.

— Um pé no saco.

— Ó a boca!...

— Você chama ele de coisa pior, mãe.

— Mas eu posso, durmo com ele.

— Pff... — Jimin falhou em segurar uma risada, e a mãe riu junto. Ficou um tempo olhando o filho arrumar a mochila.

— Filho. — Então chamou. — Você não tem nada pra me contar?

Aquilo foi tão de repente que Jimin por pouco não tropeçou no próprio pé e deu uma cambalhota no tapete do quarto.

— Am, e- eu... — "Ela viu meus livros", foi o que lhe cruzou a cabeça. "Ela viu meus BL tudo, fudeu, fudeu demais. Não basta o Tae, agora a minha mãe." — Eu, am... vo-você tem algo pra me perguntar?

— Tô um pouco preocupada: você tá bem avoado esses dias.

— É... é só por isso?

— Por quê? — Ela levantou uma sobrancelha. — Tinha que ser por mais alguma coisa?

Cesta de 3 - VkookminOnde histórias criam vida. Descubra agora