Capítulo 02 - Os Riddle

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Era uma manhã comum na casa dos Riddles, podia-se até se escutar o som dos pássaros cantarolando numa árvore ao lado da casa, a janela é aberta e o vento invade o grande quarto de Amélia Riddle que acorda com o vento batendo contra suas bochechas rosadas e ao abrir os olhos azuis se assusta com um elfo doméstico parado ao seu lado.

— Droga Bret, eu já não mandei você bater na porta antes de entrar no meu quarto? — ela deixa escapar um grito de susto e de imediato seus dois irmão aparecem na porta de seu quarto.

— Aconteceu alguma coisa? — Mattheo pergunta

— Ouvimos você gritar, você está bem? — agora quem pergunta é Tom, seu irmão mais velho. Amy se levanta e caminha até os irmãos cruzando os braços e olhando feio para o elfo.

— Bret entrou no quarto sem permissão, de novo. — exclama em alto e bom tom e cerra o olhar para o elfo.

— Perdoe o Bret, milady, o milorde me mandou trazer café da manhã para a senhorita. Bret só estava seguindo ordens. — o elfo responde com a cabeça baixa, mas essas desculpas só serviram para deixá-la com mais raiva.

— O meu pai pode te dar ordens lá fora, aqui, no meu quarto que manda sou eu. — responde com a voz baixa quase que num sussurro, então ela levanta sua mão e vai caminhando até o elfo enquanto o faz flutuar.

— Se você ou qualquer outro empregado dessa casa entrar aqui novamente, meu pai será a menor preocupação de vocês, você me entendeu, Bret? — ela pergunta o colocando lentamente no chão e o mandando sair apenas com o olhar e ele obedece.

Mattheo e Tom entram no quarto e Amy com um balançar de mãos fecha a porta do quarto os dando privacidade dos ouvidos curiosos.

— Não pode evitá-lo para sempre, Amy. — Mattheo resmunga enquanto se senta na poltrona e usa sua varinha para levitar um livro, enquanto Tom observa tudo de braços cruzados no canto do quarto.

— Não use seus poderes em mim, Matt. — ela o encara com raiva e se senta em sua cama.

— Não acham isso estranho? Ele nos abandonou, deixou que fôssemos criados pelos empregados dele, e agora depois de anos ele resolve aparecer com essa conversa de que "sempre precisou de ajuda e agora finalmente ele pode reunir sua família", tem algo de muito errado com ele. — Tom finalmente sai do canto do quarto e diz o que tanto queria fazendo a atenção se voltar a ele.

— Tommy, eu também achei estranho ele voltar depois de todo esse tempo, mas ele ainda é nosso pai... devíamos dar uma chance a ele. — Amy responde depois de deixar um suspiro longo sair de sua boca, mas sua resposta não parece ser de agrado ao seus irmãos.

— O que você acha, Tommy? Você o conhece a mais tempo do que nós. Quando ele foi embora eu nem tinha três anos ainda e Amy era um bebê. — Mattheo encara o irmão como se estivesse tentando entender o que se passa em sua cabeça.
Mattheo nunca consegue ler a mente de Tom, toda vez que tentou Tom usou sua empatia contra ele.

— Eu também não me lembro de muita coisa Matt, eu tinha três anos quando ele... quando ele foi embora. — Tom ainda guarda muito ódio do pai por ele ter sumido, mas mesmo com todo o ódio que ele sente, seu pai é a única pessoa que ele teme. — Vocês acham que podemos confiar nele? — Amy pergunta.

— Ele está vindo. — Mattheo avisa segundos antes da porta ser aberta e eles verem pela segunda vez em anos o seu pai. Um homem alto, loiro, de olhos claros e uma aparência incrivelmente boa para quem ficou desaparecido por anos.

— Acho que está na hora de uma reunião de família, não acham? — pergunta, abrindo um sorriso largo e convidativo em seu rosto. Os irmãos se olham e então se levantam e o encaram.

as três maldições (em pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora