𝗽𝗼𝗻𝘁𝗼 𝗱𝗲 𝘃𝗶𝘀𝘁𝗮 ∙ 𝘀𝗲𝘂 𝗻𝗼𝗺𝗲
{⚡}quase quatro da manhã, e eu não conseguia dormir. suspirei pesado, olhando Filipe dormindo de bruços, com seu rosto virado para mim.
me levanto na maior delicadeza do mundo, e saio de nosso quarto, no corredor do mesmo, no final para ser mais específica;
havia uma grande janela, onde dava visão das ruas do catete, me sento devagar na poltrona que tinha ali, observando alguns carros passando, e observando o céu;
que naquele noite estava bem estrelado, e com uma linda lua minguante. suspiro apoiando, meu rosto em minha mão.
o motivo de eu estar sem sono algum, é algo que estou escondendo de meu namorado.
medo de ser "cedo", por mais que estejamos quatro anos juntos, e três convivendo na mesma casa.
medo de acabar atrapalhando meu trabalho, e o de Filipe, medo de não ser capaz o suficiente.
relaxo meu corpo na poltrona fechando meus olhos.
— sn? — escuto a voz de Filipe, me assustando.
— porra... — falo baixo, por conta de meu pequeno susto.
— amor? — percebo tenção em sua voz.
— tô aqui meu bem — falo, e Filipe suspira aliviado, e escuto seus passos.
— aconteceu algo? tá tudo bem? — sorri com sua preocupação. balanço minha cabeça em um sinal de negação, enquanto ele se sentava na outra poltrona, sem tirar seus olhos de mim — então o que tá acontecendo? conversa comigo...
suspirei, olhando para a janela novamente.
— amor...
— eu tô escondendo algo, e isso tá me afetando — continuo meu olhar na janela.
— me explica, é algo sério? — ele diz, pegando em minha mão.
— sim — olho para nossas mãos juntas, e depois para ele. sinto um bolo se formar em minha garganta, e meus olhos arderem — eu tô com medo... — falo sentindo meu rosto molhar.
— ei, amor, o que tá rolando? desabafa comigo — ele se levanta, pegando em minhas duas mãos;
como se quisesse, que eu levantasse, e assim eu fiz. Filipe se senta novamente, me puxando para seu colo.
— aconteceu Filipe... — passo as costas de minha mão, em meu olho.
— o que princesa? — ele se mantia calmo, fazendo carinho em meu rosto.
olho para o lado tomando coragem, de dizer algo que escondia a três meses.
— eu estou grávida — minha voz sai falha, e sinto Filipe travar e não dizer nada, me desesperando um pouco — fala alguma coisa — fungo meu nariz, ele pisca diversas vezes, como se estivesse voltando a realidade.
— calma... isso é sério?! — diz e sorri me abraçando forte — vamos ter um filho... — diz e sinto meu pescoço molhar.
— Filipe — sorri em meio as lágrimas, passando minha mão pelo seu cabelo.
— vamos ter um filho... — fala chorando, e ri fraco no final — obrigado, obrigado, obrigado! eu te amo tanto vida.
— eu também te amo muito — falo sorrindo, ele separar nosso abraço pegando em meu rosto, com suas duas mão, me olhando com os olhos cheios de lágrimas.
— eu não tô acreditando — sorri e me da um selinho.
nos abraçamos novamente, nos acalmamos e seguimos para nosso quarto novamente.
— tá de quantos meses? — disse acariciando minha barriga, que não tinha nenhum volume, ainda.
— três... — sussurro, e Filipe me olha surpreso.
— três? — pergunta.
— uhum... eu descobri com um mês, mas fiquei com medo de te contar — ele suspira e beija minha testa.
— por que? — perguntou baixo.
— medo de não ser capaz de dar tudo o que essa criança merece, medo de não ser o suficiente... medo de atrapalhar nossas vidas... eu tô com medo por N motivos — falo, e coloco minha mão por cima de Filipe.
— não vou ser um sem noção e dizer que te entendo, pois eu não faço a mínima ideia de como deve ser difícil, e o peso que você tá carregando em suas costas. mas você não fez por si só, então vamos carregar essa responsabilidade juntos, vamos aprender e saber lidar juntos! — eu sorri sentindo meus olhos arderem novamente, malditos hormônios — eu te amo muito, e obrigado por me dar meu maior sonho, meu maior presente.
— eu também te amo muito, obrigada por tudo... — sorri assim como Filipe que acariciou meu rosto, me dando um selinho demorado.
— agora somos, eu, você e nosso bebê — fala sorrindo.
— 𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗮 𝗴𝗼𝘀𝘁𝗮𝗱𝗼 —
{🌟 - 💬}𝘁𝗮́ 𝗱𝗲𝗰𝗹𝗮𝗿𝗮𝗱𝗼, 𝗺𝗲𝘂 𝗜𝗺𝗮𝗴𝗶𝗻𝗲 𝗳𝗮𝘃𝗼𝗿𝗶𝘁𝗼