Capítulo 6

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Draco ficou no chuveiro, cabeça inclinada para trás, olhos e boca bem fechados, para deixar a água quente derramar em seu rosto. Ele sonhou a noite toda com a forma como Hermione estava em seu colo no clube. O calor de sua perna sob sua palma, o calor de seu cabelo ao redor de seus dedos, o cheiro de sua pele.

Segurando-a tão perto, ele não foi capaz de ignorar o perfume que ela escolheu. Profundo e almiscarado, uma nota primária de âmbar. Ele reconheceu a mistura, uma de suas favoritas ao longo da vida, embora a pequena nota adicionada de canela dissesse que eles mudaram ligeiramente a fórmula desde que ele era um adolescente.

Canecas de cidra quente, cerâmica quente em seus dedos gelados. A risada profunda de Blaise e a risada aguda de Daphne. Uma fatia de laranja flutuando na superfície da cidra. Os olhos verdes de Pansy brilhando à luz do fogo enquanto ela lambia a cidra de um pau de canela. Um beijo roubado e uma oferta sussurrada. Um doce para tirar o fumo do hálito. Flocos de neve em seu cabelo escuro, mantos cobrindo o chão sob uma árvore, as mãos em seus quadris, estômago e seios. A dor em seus olhos mudando para um prazer repentino e surpreso quando ela o olhou. Suas unhas cravaram em seus ombros quando ela se arqueou sob ele.

Draco inclinou-se para frente e encostou a testa no azulejo frio para encarar a poça d'água em volta de seus pés. Aquele perfume o havia chamado, lembrado de um momento de pura alegria. Isso o levou a ignorar o motivo pelo qual ele e Hermione estavam no clube. Por alguns minutos, ele tentou apagar isso de sua mente para que pudesse esquecer que Hermione estava desempenhando um papel e ele pudesse se permitir explorá-la.

Ele se deteve naquele terceiro toque final porque não queria fazer isso. Ele não queria lembrar a ela, ou a si mesmo, que não era real. Cada toque de seus lábios em sua garganta, cada movimento de suas pernas ao redor dele, tinha sido inebriante para ele. Ele ignorou sua atribuição e sua atuação deliberadamente. Ele queria que ela fizesse o que tinha feito, montado em seu colo e chupar sua garganta, arrastar as mãos sobre seu peito. Ele queria que ela fizesse muito mais.

O estreito espaço entre suas clavículas implorava por sua língua. O traço de sua coluna clamava por seus lábios. Ele queria correr as mãos sobre cada centímetro de seu corpo e segui-lo com a boca, deixando para trás seu próprio cheiro nela como uma marca. Ele queria ver seus olhos se arregalarem de prazer quando ele empurrasse dentro dela, sentir suas unhas em suas costas enquanto ele se movia dentro dela, ouvi-la chamar seu nome.

Ele baixou a mão para o pênis, o prepúcio deslizando suavemente pela cabeça, o polegar roçando a glande. Já meio duro de pensar nela, ele fechou os olhos e recordou a noite anterior com detalhes completos e gloriosos.

A reação dela ao apelido rapidamente escolhido de 'Submissa', a forte luxúria em sua voz quando ela mordeu sua orelha e o chamou de 'Senhor'. Suas coxas abertas em suas pernas, sua língua em seu pescoço. O lento arrastar de seus dedos em seu estômago. A pulsação em seu pênis quando ele agarrou seu pulso. A luta dentro de si mesmo, afastar a mão dela ou empurrá-la mais para baixo. Sua vontade súbita e desesperada de pegá-la, jogá-la por cima do ombro e carregá-la escada acima para sua suíte.

Ele apoiou o braço direito na parede do chuveiro e encostou a cabeça nele. Ele se concentrou no peso dela em seu colo e no toque de suas unhas em seu estômago, nos sons suaves que ela fez ao beijá-lo.

Ele acariciou-se lentamente, ouvindo o som da respiração dela em sua memória, sentindo o cheiro de jasmim em seu cabelo, sentindo sua boca em sua garganta. Sentindo os dentes dela contra seu pescoço.

Deixe-o de joelhos  - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora