Capítulo 9

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Eles fizeram pouco progresso no caso nos três dias desde que Gwen Morgan foi identificada. Hermione olhou para um arquivo, as palavras se misturando enquanto sua cabeça começava a afundar. O arquivo desapareceu e uma xícara fumegante de chá apareceu em seu lugar. Hermione piscou e se sentou em sua cadeira na mesa de conferência.

- Ah - ela disse. - Obrigada, Draco. Mas eu estava lendo isso.

- Você estava cochilando com isso - Draco disse. - Seus olhos estavam fechados. Tome um chá, faça uma pausa na leitura. Você ficou até tarde para me ajudar, mas isso não significa que você tem que se desgastar no processo.

Hermione considerou protestar, mas um bocejo a deteve. Enrugando o nariz para o sorriso rápido de Draco, ela se recostou na cadeira do escritório e embalou a caneca com as duas mãos. Ela observou Draco se mover ao longo do quadro de evidências que ele e os aurores haviam montado, ocasionalmente movendo uma nota para um local diferente e dando um passo para trás para examiná-la novamente.

- A família dela veio recolher seus restos mortais? - Hermione perguntou quando Draco parou na frente da seção da quarta vítima, Gwen.

Ele balançou sua cabeça.

- Há alguns problemas em trazê-los para cá. Acho que eles vão ter que assinar uma autorização para o namorado dela levá-la, e então ele pode transferi-la para eles. O Escritório de Ligação dos Trouxas está cuidando de tudo isso.

Ele tirou o pingente de rosa de uma tachinha embaixo da fotografia de Gwen e passou a corrente entre os dedos enquanto considerava o quadro novamente.

- O que eu não posso determinar, - ele disse - é como ele está escolhendo suas vítimas. A única coisa física que elas têm em comum é que elas são todas mulheres. Eu pensei que poderia ser a localização, mas... - ele apontou para a foto de Gwen. - Ela foi encontrada em Gwithian, bem na Cornualha. Mesmo com aparatação, isso é uma distância infernal dos outros. Se a área ao redor de Leeds é a zona primária do meu assassino, o que ele estava fazendo lá?

- Talvez ele quisesse ver Tintagel - Hermione ofereceu. - Pode ser um fã da lenda arturiana. Ou Penzance está por perto. Ele pode amar Gilbert e Sullivan.

Draco olhou por cima do ombro para ela. Sua expressão estava tão confusa que ela não pôde deixar de rir.

- Gilbert e Sullivan escreveram óperas cômicas no século XIX. Uma delas é sobre piratas que na verdade são nobres. São de Penzance.

Dando de ombros, Draco escreveu em um pequeno quadrado de papel. 'Penzance. Tintagel', ele o adicionou ao quadro.

- Eu estava brincando, Draco! - Hermione colocou o chá de lado e foi até o quadro para pegar o bilhete. - Não coloque isso aí. Eu estava inventando ideias de porque ele pode estar tão fora de sua zona, não teorizando seriamente.

- Qualquer ideia vale a pena neste momento - Draco pegou o pulso dela e arrancou a nota de seus dedos. Ele alisou o papel e o recolocou no quadro. - Mesmo uma sugestão absurda pode ser valiosa. Não vamos eliminá-la ainda.

- É ridículo. Não há justificativa para dizer que ele poderia ter ido para qualquer lugar.

- E não há nada que diga que ele não pode. Eu tenho muito pouco sobre ele, Granger. Eu aceito qualquer coisa. Tudo que eu sei é, um: ele amarra mulheres, as mata, despeja seus corpos, e dois, há um cheiro deixado para trás. Em todos eles. Isso não é útil para ninguém além de mim, realmente. Duvido que teria sido notado se eu não estivesse no caso - ele ergueu o colar. - E três, há um desses em cada vítima. Isso não é muito para continuar. Eu não posso nem dizer com certeza que ele é um ele. Poderia ser uma mulher, pelo que sei, embora seja improvável. A maioria das mulheres não tem força para estrangular alguém.

Deixe-o de joelhos  - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora