Capítulo 7

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O jantar após o funeral foi tranquilo. Draco e Harry trocaram histórias sobre Mitchell e todos levantaram um copo em sua memória. Depois que a refeição acabou, Harry se desculpou com um olhar solene e Pansy foi com ele.

Hermione brincou com sua taça de vinho.

- Hora da nossa conversa - disse ela.

Draco assentiu, olhando para o teto.

- Vamos para o jardim. Dê a esses dois um pouco de privacidade - ele liderou o caminho até a porta nos fundos da casa e seguiu Hermione até o jardim, abaixando-se sob as glicínias que cobriam a saliência curta.

- Eu não mencionei isso antes - disse ele, pegando a mão dela. - Mas eu sempre gostei de você de azul.

Hermione olhou para baixo. A mão dele envolveu completamente a dela, dedos fortes ao redor de sua palma.

- Eu pensei que verde era sua cor favorita.

- É. Azul está ficando em segundo lugar - ele passou o polegar pelos dedos dela e a soltou, afastando-se. - Seus olhos brilham quando você o usa.

Ele parecia calmo, mas ela estava começando a se perguntar o quanto aquilo era uma encenação. Ela sentiu um tremor em seus dedos, mais frio do que o normal, quando ele beijou seus dedos antes de empurrá-la para se sentar no banco sem ele. Aquele mesmo tremor gelado estava em suas mãos quando ele ficou preso em sua memória no restaurante de Pansy.

Pouco antes de soltá-la, ela sentiu novamente. O menor arrepio em sua mão, o menor calafrio em seus dedos.

- Você não precisa fingir agora, Draco. Nós não temos uma audiência.

- Não, mas... - ele se sentou no sofá largo e acolchoado que envolvia a fogueira e esticou as pernas. - Pensei nisso e precisamos nos sentir mais à vontade com toques simples. Coisas pequenas. Estamos indo bem até agora quando há pessoas que podem nos ver. O restaurante, o funeral de Mitchell, coisas assim. Mas acho que devemos continuar, mesmo quando não estamos necessariamente sendo observados.

Hermione parou na ponta do banco e raspou o lábio inferior com os dentes.

- Você quer que ajamos como um casal, mesmo se estivermos sozinhos - disse ela.

Draco inclinou a cabeça para trás no banco e fechou os olhos.

- Eu não estou dizendo que eu quero isso, Granger. Mas se nós estamos apenas atuando enquanto estamos em público, quanto tempo levaria até que algo estrague tudo? Se nós não estivermos completamente confortáveis ​​um com o outro, também ou um de nós poderia entregá-lo. Deveríamos estar acostumados a nos tocar sem motivo, como um casal de verdade estaria.

Hermione estendeu a mão e passou os dedos ao redor da curva de sua orelha. Draco estremeceu, a cabeça afastando-se da mão dela.

- Assim, você quer dizer - disse ela. - Eu não sei se você se afastou porque não gostou disso ou se isso te assustou ou...

- Sensível - disse ele. - Você fez muito leve. E sim, é isso que quero dizer - ele esticou um braço sobre as costas do banco e olhou para o assento ao lado dele.

Hermione sentou-se, alisando a saia sobre os joelhos, e se inclinou contra o lado dele. Ele enrolou a mão ao redor do ombro dela, dedos acariciando o lado de fora de seu braço.

Seu batimento cardíaco estava estável sob sua cabeça, seu peito subindo lentamente enquanto respirava. Hermione fechou os olhos e deixou o som do coração dele afundar nela. Ela estendeu a mão para pegar a mão dele e puxá-la em seu colo, entrelaçando os dedos ao redor dos dele.

Deixe-o de joelhos  - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora