Capítulo 12

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Pansy e Hermione tinham acabado de se sentar em um banco do lado de fora de uma loja no Beco Diagonal quando o veado prateado ganhou vida na frente delas. Galhadas altas, narinas dilatadas, olhou para eles.

- Venha para casa - disse na voz de Harry, tensa com alguma emoção que Hermione não conseguiu identificar. -Venha para casa agora. Ele precisa de você.

Hermione e Pansy trocaram olhares rápidos e assustados, então saltaram do banco. Pansy pegou sacolas de compras; Hermione pegou sua pilha de livros. Eles giraram no mesmo momento, ambas pousando no jardim dos fundos da casa. Elas correram pela cozinha juntas, bolsas e livros jogados sobre a mesa, e pelo corredor até a sala da frente.

Harry estava com as duas mãos nos ombros de Draco, segurando-o em sua cadeira enorme. Os olhos de Draco estavam fechados e seu rosto estava branco. Não pálido como de costume, mas branco. Seu cabelo estava desgrenhado; suas mãos tremiam visivelmente.

Harry olhou por cima do ombro e o olhar de alívio que cruzou seu rosto era quase assustador.

- Obrigado, porra, você está aqui.

Ele se virou para Draco.

- Malfoy! Ela está aqui. Ela está aqui, caramba!

Draco abriu os olhos.

Hermione não tinha certeza se ela ou Pansy fez o suspiro horrorizado. As pupilas de Draco estavam completamente dilatadas, seus olhos pretos sem sequer um anel cinza. Hermione o observou olhar ao redor sem ver nenhum deles.

- Meu Senhor - ele murmurou. - Eu falhei com você. Eu não sabia que era ela.

- Malfoy - Harry disse novamente. - Ela... você poderia vir aqui? - ele estendeu a mão e agarrou o braço de Hermione, puxando-a pelo pulso para ficar na frente de Draco.

- Eu? - ela disse. Quando Harry disse 'ela está aqui', ela assumiu que ele quis dizer Pansy. A amiga mais antiga de Draco, a pessoa que o conhecia melhor. - O que está havendo...

A cabeça de Draco se ergueu com a voz dela. Ele se moveu mais rápido do que Hermione poderia reagir, avançando para envolvê-la com os dois braços. Ele a arrastou em seu colo e enterrou seu rosto em seu cabelo, seu aperto tão forte que ela mal conseguia respirar.

- Ele queria você - disse Harry. - Ordenou-me para levá-lo para você. Tentei convencê-lo a ir para o hospital em vez disso e ele me derrubou - ele apontou para um hematoma arroxeado em sua mandíbula, que parecia do tamanho e formato do punho de Draco.

- O que aconteceu, Harry? - Hermione exigiu, tentando afrouxar o aperto de Draco para que ela pudesse se virar. Mesmo através de sua camisa, suas mãos estavam congelando, seus dedos tão frios que ela não ficaria surpresa se ele estivesse segurando gelo. Ele se agarrou a ela, respirando quente e rápido contra seu pescoço, longas e profundas inalações e exalações rápidas como se estivesse tentando absorver cada molécula de seu cheiro.

- Eu não sei. Sua investigação foi esta tarde. Deu... deu errado. Eu não sei o que diabos aconteceu, mas nada disso deveria acontecer. Isso não era procedimento, nunca foi assim antes. Algo está errado e eu vou descobrir exatamente o que é. - Harry virou-se para Pansy. - Eu tenho que voltar para o Ministério. Todo mundo vai fazer hora extra hoje à noite. Mande uma coruja para Narcissa, diga a ela que Malfoy e...

Ele olhou para Hermione e passou uma mão pelo cabelo.

- Diga algo a ela. Só não a verdade - ele xingou em língua de cobra.

Hermione gritou quando o aperto de Draco aumentou, seu corpo inteiro tremendo debaixo dela. Ela pressionou a mão no peito dele e seu coração batia forte sob sua palma.

Deixe-o de joelhos  - TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora