Acidentes

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Pov Anne

O dia não estava dos melhores, o ar parecia estar pesado, estava com um mau pressentimento desde que acordei.

Corria pelas ruas apressada, já que estava atrasada para as aulas, meu celular toca pela terceira vez, paro na rua, decidindo atender dessa vez.

__ oi Jack. Digo vendo o nome na tela.

__ Anne... Sou eu Andy... Colega de trabalho do Jack. Disse uma voz feminina.

__ Andy?! Jack está bem? Aconteceu alguma coisa? Pergunto e meu coração já estava a mil, talvez por estar correndo ou não...

__ sim... Ele estava em um chamado... O teto desabou sobre nós... Eu sinto muito. Disse ela, nesse momento tudo parecia estar em câmera lenta.

__ aonde... Aonde ele está? Ele está vivo? Perguntei temendo as respostas.

__ no hospital... Vou lhe mandar o endereço. Disse ela, e desliguei a chamada, recendo a localização.

Por sorte era a duas quadras de onde eu estava, sai correndo até lá, o tempo parecia estar parado, eu nãos sentia minhas pernas, mas continuei correndo.

Entrando no lugar desesperada, empurro as portas, me levando a sala de espera, vi um grupo de bombeiros, vir em minha direção.

__ ele... Como ele está? Perguntei a mulher, que presumi ser Andy, a mesma abriu a boca para falar, mas uma médica entrou na sala.

__ acompanhantes de Jack Gibson? Perguntou ela olhando em volta, corri em sua direção.

__ eu sou a... Filha dele... Posso vê-lo? Perguntei com a voz falhando.

__ sim... Me acompanhe. Disse ela me guiando até um corredor, com várias portas, e janelas de vidro, paramos em frente a uma sala.

__ ele vai acordar não é? Perguntei vendo Jack pálido, deitado naquelas camas de hospital, e com tubos enfiados na garganta.

__ as máquinas são a única coisa que o mantém respirando... Você é a única parente... Então é sua decisão... Começou ela, mas eu a interrompi.

__ decidir se desligo as máquinas... Certo? Pergunto e ela concorda com um olhar de pena.

__ ele é doador... Talvez... Começou ela, mas a interrompi de novo

__ pode me deixar sozinha com ele? Pergunto e a doutora concorda, saindo da sala e fechando a porta.

Puxo uma cadeira para o lado da cama, e me sento na mesma, fazendo carinho nos cabelos do homem a minha frente.

__ ei Jack... Você não pode me deixar... Lembra somos família... Você é minha única família... Você prometeu que iríamos fazer aquela viagem... E eu disse que não iria... Mas eu prometo que vou... Você tem que acordar.... Por favor... Não me deixa. Digo soluçando, lágrimas escorriam por meu rosto, eu me sentia um pouco tonta.

Encostei minha cabeça no espaço que sobrava na cama, e fiquei lá, sem mexer, só chorando, não conseguia parar.

Até que olhei para a janela de vidro, que dava no corredor, e vi Johnny Lawrence com uma expressão pálida e cara de choro, e com as mãos na cabeça.

__ Johnny?! O chamei abrindo a porta do quarto, o homem me olha, eu nunca havia o visto daquela forma __ aconteceu algo? Pergunto sentindo uma pontada no peito.

__ Miguel... Ele sofreu um acidente. Disse gaguejando um pouco.

__ o que? Como ele está? Perguntou, e nesse momento médicos e enfermeiras passam correndo pelo corredor com um carinho de ressuscitação.

Cobra Kai- Robby keeneOnde histórias criam vida. Descubra agora