capítulo 1

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Noivado

Eda Yildiz 

Era difícil dizer como o amor torna as pessoas bobas, era lindo ver como ele se derretia ao ver ela sorrindo, ou quando ela arrumava o cabelo o prendendo devido ao calor, seus olhos cintilavam e sua pupila dilatava a qualquer coisa que ela fazia; meu irmão Sinan era completamente apaixonado por Ella, era algo irrevogável já que o mesmo estava prestes a propor em casamento e ela nem se quer saber disso. Meu irmão se enchendo de coragem se levanta chamando à atenção dela para si, então começa a dizendo.

- Ella, você pode me dar a sua mão? - ele pergunta.

- Claro - vira já fazendo o quê ele pediu, já que a mesma estava conversando com minha mãe Gül Hanım que também já estava sabendo de tudo.

Com uma mão ele segura a dela e com a outra, ele põe dentro do bolso lateral da calça que ele usava; de lá, ele tira uma caixinha na cor azul-marinho e se ajoelha em frente a ela e começa a discursar, eu, por outro lado, já estava aos prantos como se o pedido fosse para mim, então ele inicia a sua fala.

- Ella, meu amor você para mim foi a melhor coisa que já me aconteceu, desde o dia em que te vi pela primeira vez, com seus cabelos ruivos, sorriso estonteante e com curvas mais lindas já que pude ver, meu coração deu um salto dentro do meu peito, e a partir daquele instante eu sabia que tinha perdido ele para você - ele ri.

- ruivinha eu tentei de tudo para chamar a sua atenção, nada adiantava, até que um dia vi você dormindo no refeitório da empresa, iríamos iniciar as férias de inverno para os funcionários e ali vi uma oportunidade de falar com você; mas como sempre deu errado, você acordou tão brava que a sua primeira reação foi me chamar de idiota - ele ri mais uma vez e também chora, é uma mistura dos dois.

- então eu continuei a te observar, até que tive a brilhante ideia de usar meu melhor amigo que veio passar o natal conosco, pedi a ele para me surrar, a princípio ele me chamou de louco mais mesmo assim o fez, e diferente das outras vezes, você me notou e se importou comigo, não vou negar doeu para cacete; serkan é lutador de box por esporte, os socos que ele me deu me deixaram traumatizado, foi tão fofo como você me defendeu, até ficou com raiva dele, mais foi desse jeito que você me notou e me deixou entrar em sua vida, sou grato ao meu melhor amigo que até agora não apareceu - ele ri outra vez, e eu, por outro lado, sinto borboletas no estômago só de pensar que o verei, depois de tanto tempo.

— A pergunta é, depois dessa enrolação toda, quero te perguntar algo que há muito tempo venho querendo perguntar. - Ele olha para ela.

- Ella, você aceita casar comigo? - Ele estende o anel de diamante dezoito quilates corte princesa deixando-o de frente para ela. 

Ele espera sua resposta, e eu já estou quase tendo uma síncope com todo esse suspense.

Então ela olha dentro dos olhos dele e responde dando um grito.

- Sim, sim, eu me caso com você. - Ella conclui em meio a gritos de pura euforia.

E todos que estavam ali na varanda da fazenda de meus pais, de onde viemos passar o final de semana, ovacionam o casal de noivos com muita empolgação e começam todos a se aglomerarem em braços e beijos no rosto.

Tiro minha atenção do casal e de toda a bagunça feita a minutos atrás, quando avisto a figura dele, sempre lindo, bem-arrumado, cheio de músculos, forte, viril, com aquele cabelo bem-arrumado, e barba por fazer. Não vou negar que sempre imaginei como seria estar com ele dentro de mim, me fazendo sentir o quão fundo ele pode ir. Só de imaginá-lo assim sinto um calor no meio de minhas pernas, tenho que me controlar. 

Eda, ele não tem olhos para você. - eu mesma me repreendo por achar que um dia isso possa acontecer.

Sempre fui apaixonada por ele, desde os meus dez anos e mesmo ele tendo quinze, mantive meus olhos nele, parece maluquice ou até mesmo paixonite de criança, mas toda vez que ele vinha a minha casa e ficava com o meu irmão, ele sempre falava comigo e sorria quando meu irmão não estava vendo, ele passava a mão em meus cabelos o bagunçado. Eu já o enxergava como meu futuro esposo e pais dos meus dois filhos.

Quando tinha quinze anos e ele vinte, tive minha primeira decepção com ele; Serkan tinha ido a minha casa com uma garota, sua primeira namorada, ver os dois juntos foi o pior dia da minha vida, não sabia como los encara, corri e me tranquei no quarto chorei até não poder mais, dei febre emocional, ele estava aqui e mesmo assim não veio me ver, preferiu ficar com sua namorada, aquilo me feriu tanto, mais tanto, que não quis mais vê-lo, guardei o que sentia a sete chaves já que ele não me enxergava como mulher e sim como a irmãzinha de seu melhor amigo.

Anos se passaram e mesmo assim o que eu sentia por ele não diminuiu, muito menos passou, pelo contrário permaneceu intacto e imutável. É frustrante saber que ele não se sente da mesma maneira. 

Eu ainda estou com os olhos nele, quando de repente ele se vira e me pega o analisando, e isso faz com que ele venha até mim com aquele maldito sorrio. Que fez a minha calcinha automaticamente encharcar.

- Eda, como você está linda - ele chega perto de onde eu estou bagunçado meu cabelo. - ódio me define.

- Obrigada, você também está lindo. - O respondo com um tom meio zangado por ele ter a audiência de bagunçar o meu cabelo. Será que ele não vê que eu não sou mais criança? - Ele ri da minha expressão.

- Quando você chegou? - pergunto ao ruivo a minha frente.

- Cheguei a pouco tempo. - responde me analisando. Chega até ser engraçado, ele deve está surpreso ao ver que cresci.

- Como foi voltar a sua cidade natal depois de tanto tempo? - pergunto querendo que ele fique aqui conversando comigo.

- Foi um tanto surpreendente. - responde sorrindo - visto que eu não esperava que seu irmão fosse pedir a Ella em casamento, ele não me falou nada.

- Foi meio que de última hora. - respondo - não tinha como avisar.

- Fico muito feliz pelo meu amigo, ele é apaixonado por ela feito um louco. - Me olha sorrindo.

- Bom, vou ali cumprimenta o resto da família. - Até depois Eda - ele se vai me dando tchau e uma piscadinha com olho direito.

Eu me sinto tão pequenina e com uma vontade enorme de sumir.

Idiota, idiota como ele pode ser tão idiota? Ele nem se quer falar nada, não perguntou nada sobre mim.

Isso é broxante, pode ser que ele nunca me enxergue com outros olhos, a não ser como a irmãzinha do seu melhor amigo.

Espero que gostem do capítulo, a narrativa está grande? Sim, 

Motivo, fazer vocês entenderem o contexto da história.

Eda e Serkan ainda vão se amar muito as escondidas.

Beijos até mais...

Nunca Tirei Os Olhos De Você ( Corrigindo)Onde histórias criam vida. Descubra agora