Capítulo 19

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Noite no pub

Narrador

20:00...

Se Serkan estava pensando que Eda faria suas malas e esperaria por ele como uma boa menina, ele não poderia estar mais enganado. Assim que ele chegasse ao apartamento, ela lhe diria tudo o que estava pensando. Só porque eles teriam gêmeos não significava que ele era dono dela.
Eda caminhou em sua sala e olhou com raiva para a porta.

Eda Yildiz

21:00...

Fala sério! Ele nem mesmo conseguia chegar a tempo para pegar o fardo e levar para casa, feito um bárbaro! Será que significava tão pouco assim para ele? Nada doía mais do que ser esquecida. A vida toda ela foi invisível, não só para Serkan, mas para todo mundo. Como uma ‘‘rata de biblioteca’’ feito ela, não poderia competir com seu irmão maior em tudo na vida? Ela nunca seria uma administradora de uma rede de joias da família de seus pais, ou teria um grande amor casando-se com ele. Ela não tinha brilho.

Ela jurou que, assim que Serkan tivesse dignidade de aparecer à sua porta, nada a impediria de dizer tudo que estivesse em sua mente sobre os seis dias que faltavam.
Ok, talvez estivesse indo de um estremo ao outro, como uma louca, mas Serkan poderia pelo menos ter o respeito de chegar uma hora a menos de atraso para destruir sua vida.

22:00...

A cada minuto que passava, a raiva justificada de Eda ficava cada vez mais forte, até que, às 22 horas chegou ao limite. E foi aí que a ficha caiu: alguma coisa estava errada. Serkan mostrara tão firme com relação a controlar a vida dela pela manhã que não podia ter desistido de tudo em apenas algumas horas depois. Principalmente porque ele é o tipo de homem que não desistia de nada.

E se ele estivesse machucado? E se estivesse precisando de ajuda enquanto ela desperdiçava um tempo precioso em seu apartamento? Pensando em coisas horríveis sobre ele?

Ninguém pensaria em ligar para ela caso acontecesse alguma coisa com ele. Ninguém sabia o quão importante ele era para ela, que ele era pai dos filhos dela.

Eda não tinha carro, já que era muito mais fácil alugar um toda vez que precisava. Mas a empresa de aluguel não tinha nenhum disponível nessa noite e, uma vez que ela não sabia bem o horário ônibus, levou mais tempo que precisava para chegar à casa dele. Quando viu todas as luzes apagadas e ele não atendeu a porta. Ligou para o pub. O bartender disse que Serkan estava lá, mas no meio de uma emergência, e não poderia atender o telefone.

Vince e cinco minutos e dois ônibus depois, Eda praticamente invadiu o pub, empurrando uma multidão de universitários, sem dar a mínima ao fato de nitidamente acharem que ela fosse louca.

- Cadê o Serkan? – Ela quase puxou a camisa do bartender para conseguir a atenção dele. O homem mal-humorado olhou-a do mesmo jeito que os universitários: como se ela devesse está no manicômio.

- Lá atrás.

A última coisa que esperava ver era Serkan oferecendo um lenço de papel a uma jovem de cabelo rosa e azul. A garota assou o nariz bem alto no mento em que Eda viu que havia outras pessoas na sala. O casal era mais velho que Serkan. Velhos o suficiente para serem pais da garota.

Ela parou de repente, mas não a tempo de impedir de Serkan a visse.

- Eda! – Ele disse alguma coisa para o casal, então se levantou e foi até ela. Passou a ponta dos dedos sobre a pele dela enquanto tirava uma mecha de seus cabelos de seu rosto. - Está tarde sabe o que a médica disse sobre o descanso deveria estar dormindo.

Nunca Tirei Os Olhos De Você ( Corrigindo)Onde histórias criam vida. Descubra agora